terça-feira, 21 de agosto de 2012

POR QUE AS TOURADAS SÃO FUNDAMENTAIS !

A PROMOÇÃO PELA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA PELO GOVERNO E PELA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA DA CULTURA DA VIOLÊNCIA EM PORTUGAL É DEVERAS IMPORTANTE:

1. - É fundamental que haja touradas no nosso país! Se não fossem as touradas qualquer dia nem haveria violência doméstica

 nem a prática do "bullying" nas escolas, uma desgraça que poderia até chegar ao ponto de conotar os portugueses como amigos dos animais!

2.- Por isso deve haver liberdade de torturar o animal touro (a lei 92/95 até nem considera o touro um animal)!


3.- E embora o touro tenha cérebro, sistema nervoso e órgãos sensoriais como nós, tudo isso é "desligado" antes de o touro entrar na arena, de tal forma que cada ferro espetado no seu dorso se transforma num acto festivo do próprio touro! 


4.- A liberdade é fundamental:

      *  deve haver liberdade de torturar violentamente os animais e provocar-lhe lesões graves, para nosso divertimento (por isso é que a lei 92/95 aprova todas as execpções à protecção dos animais!);


      *  deve haver liberdade de explorar de forma selvagem os trabalhadores (zero direito para esses anormais voluntários da servidão humana);


      *  deve haver liberdade para destruir a natureza: no final vamos todos para Marte!

Força aficionados e promotores das touradas, promovam a cultura da violência e recebam como prenda chorudos subsídios dos impostos dos cidadãos europeus através da UE. E bem merecidos pois promover a cultura da violência dá trabalho!


UM BEM HAJA A TODOS OS PODERES PÚBLICOS E ÀS TELEVISÕES POR PROMOVEREM A CULTURA DA VIOLÊNCIA (SOBRE OS OUTROS CLARO!) NAS CRIANÇAS COM MAIS DE SEIS ANOS DE IDADE! 


Como seria possível os filhos uma vez adultos, exercerem violência sobre os seus "velhotes" se não lhes fosse inculcada deste tenra idade a cultura da violência?


Portanto está explicado por que o espectáculo da tourada, no qual um animal indefeso é torturado de forma violenta e sangrenta até á sua exaustão total e morte, é mesmo fundamental! 

A abolição das touradas significaria promover um país e um povo pacífico, amigo dos animais humanos e não humanos e amigo da natureza. Ora isso seria de todo impensável num povo que preza o seu hino que os manda  "contra os canhões marchar marchar"!

Por isso a Comissão Europeia, a Unesco, as autoridades públicas portuguesas, todos têm razão em apoiar a cultura da violência patente nas touradas: neste mundo violento em que as nações mais poderosas económica e militarmente cilindram e colonizam os países que têm o azar de possuírem recursos naturais valiosos (como o petróleo) , se a cultura da violência não fosse praticada e incentivada, como poderia por exemplo ter acontecido a invasão unilateral dos EUA à bomba ao Iraque?  E como poderia a China ter e manter sequestrado o país da cultura budista (ainda por cima pacifista!) que é o Tibete?

Aliás se pensarmos um bocado, até concluiremos com facilidade que andamos todos a ser toureados pela GALP, pela EDP, pela PT, Águas (?), CTT (?), Aeroportos, as  quais  não param de fazer subir os seus preços de monopólio  em Portugal com a cumplicidade do Governo (contribuindo dessa forma para afundar ainda mais a economia portuguesa)!


Aliás o  Governo PSD/CDS  assimilou por excelência essa cultura da violência, é só assistirmos estarrecidos à sua violência anticonstitucional e até com revestimento NAZI (a perseguição aos grisalhos!) o que  está fazendo aos idosos portugueses reformados!
 

A UE do barroso e do Gaspar, e o FMI e o Goldeman Sacks do António Borges, aplaudem este massacre aos direitos de quem trabalha e já trabalhou, pois para eles  o fundamental é haver um capitalismo selvagem em Portugal , sendo que a parte chata é que os toureados somos mesmo nós, e não nos largam as costas, é ferro atrás de ferro, ou seja imposto atrás de imposto até à exaustão final!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

TOURADAS: que festa é esta amigos ?

Para compreendermos bem os diferentes pontos de vista, deveremos talvez situar bem os respectivos sujeitos intervenientes. 

Na tourada temos de um lado os promotores das mesmas, os quais obviamente têm interesses particulares a defenderem.


 Procuram ganhar dinheiro com as touradas (empresários e grandes proprietários) e estão dispostos a movimentarem influências para que assim aconteça (defendendo o inimaginável: que o animal touro não sofre, que a tourada é a festa do touro; que a tourada é um espectáculo cultural -e é mas da cultura da violência , ...). Será ingenuidade de facto esperar que quem luta por conseguir mais lucros (e subsídios) com as touradas, vá defender o fim das mesmas.

Outros sujeitos serão os espectadores entre os quais se encontrarão os mais e os menos aficionados a esse espectáculo de violência cruel sobre o animal touro. Temos de convir que entre os espectadores haverá sempre uma determinada percentagem que será capaz de pensar pela sua cabeça, e de chegar à conclusão que se trata de um espectáculo de violência gratuita sem a mínima finalidade defensável. E podem chegar a essa conclusão através da maturação da sua consciência de que não é legítimo fazer sofrer um animal para conseguir lucros ...

Os espectadores mais aficionados, "fundamentalistas" digamos, dificilmente caminharão no caminho da maturação interior, e tenderão a defender que sim é a festa do touro, é a tradição, o touro não sofre, etc etc ...e até alinharão em movimentos de defesa das touradas (promovidos pelos interessados monetariamente nas mesmas).

Obviamente que entre os não espectadores é que se encontrará a maioria dos cidadãos que defendem que os animais merecem ser tratados com toda a dignidade, e que os seres humanos não podem olhar para os animais como meras coisas, como meros instrumentos para a sua satisfação moral ou material. Ao difundirem valores éticos não só humanistas mas universais, esses amigos dos animais tenderão a consciencializar os não espectadores habituais das touradas , que de facto é criminoso fazer sofrer cruelmente um animal (no caso o animal touro) que sabemos possui cérebro sistema nervoso e órgãos sensoriais tal como nós seres humanos, apenas por mera diversão e lucro.

Também podemos entrar com a óptica do legislador, o qual ao elaborar a lei 92/95 de protecção dos animais da violência e crueldade, acabou por ceder (deixar-se corromper) pelos interesses económicos em jogo, e exclui o touro da sua animalidade!!!! (Torna-se fundamental a acção dos animalistas para chamarem à razão o legislador corrupto, o qual para permitir o lucro resultante da exploração dos animais, os considera à face da lei como meras coisas).

Um trabalho fundamental para combater a tourada ( espectáculo degradante e de violência cruel sobre o animal touro,)  será conseguir o isolamento internacional dos seus promotores. Para isso nada melhor que desmascarar perante a UNESCO  a verdadeira face da tourada, a qual não consiste num espectáculo de manifestação da cultura tradicional portuguesa, mas uma manifestação de sadismo sangrento, que inflige uma violência  sem limites e despropositada sobre o animal touro indefeso, e lhe provoca danos físicos e psíquicos irreversíveis.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

CARTA DE UM ANIMAL TOURO AO PRESIDENTE DA CÂMARA DA FIGUEIRA DA FOZ!

Olá caro Ataíde!

Olha nos meus olhos, quando falo contigo, pois esta conversa é muito séria: é a minha vida que está em jogo!

Tu como presidente da Câmara da Figueira da Foz, tens demonstrado   não ter coragem para declarares a proibição dos degradantes  espectáculos da tourada, as quais fazem incidir  tortura sangrenta , sobre o meu corpo e sobre  a minha dignidade animal: é-me imposto estar na arena, onde me são espetados ferros atrás de ferros no meu dorso ensanguentado, até eu cair de exaustão  psico-física total!

Será que és algum aficionado das práticas da tortura da GESTAPO no tempo do nazismo?

Será que és algum saudosista das práticas de tortura levadas a cabo pela Igreja Católica, nos tempos pré-históricos da inquisição?

Mas que confissão queres afinal obter de mim?

Como tu e os teus amigos sádicos de sangue bem sabem, eu sou um animal (nem percebo ainda como fui excluído da lei 92/95, mas tu como és magistrado podes ajudar-me a esclarecer-me) !

Como tu, tenho cérebro, sistema nervoso e órgãos sensoriais, por  isso sou um ser senciente, sofro quando me fazem sofrer, e sou feliz quando me deixam em paz no meu habitat natural dos campos, na companhia das fêmeas touras!

Não cometi nenhum crime que eu saiba, além de ter nascido animal touro: não roubei, não matei, e apenas me limito a comer erva e a saborear os prazeres  da intimidade com as minhas namoradas tourinhas!

Afinal explica-me lá oh Ataíde, qual a razão por que pactuas com os promotores das touradas para liquidares  irreversivelmente a minha integridade psico-física? Achas que isso para mim é alguma festa? Eles perseguem o lucro, os patrocínios das câmaras municipais  e os subsídios estatais e europeus, apostados no incentivo da cultura da violência! Mas tu Ataíde que ganhas em permitires essa cultura da violência? Queres aumentar os índices de violência doméstica e de crimes de "bullying" na Figueira da Foz?

Sabes bem que estás a prestar um mau serviço ao turismo de qualidade da Figueira da Foz: eu não sou da Figueira da Foz, nem da Figueira da Foz são os aficionados sádicos que querem gozar com o meu sofrimento atroz e com a destruição total do meu ser!

Fica sabendo Ataíde que tenho bons amigos cidadãos da Figueira da Foz, que prezam o respeito pela minha dignidade animal, como de todos os outros animais, e que ficam profundamente ofendidos na sua dignidade humana, por tu permitires touradas na Figueira da Foz, que repito são espectáculos bárbaros e degradantes, que se baseiam na violência gratuita cometida contra a minha dignidade de animal senciente, e me provocam lesões graves que levam ao extermínio da minha vida!

Por tudo isso Ataíde, peço-te na minha humildade de animal touro, que não te deixes envolver pelos Moitas Flores,  e Miguéis Tavares, arvorados em  criminosos sádicos do animal touro deste país. Revela a tua dignidade de magistrado, mostra a tua coragem para defender a dignidade humana de todos os cidadãos da Figueira da Foz, a qual é ofendida sempre que alguém pretende infligir-me maus tratos continuados, até à minha morte cruel, e tudo isso só por "trinta dinheiros"!

Ao invés de seres cúmplice, decreta pois a proibição na cidade da Figueira da Foz desses espectáculos bárbaros, que arrastam turistas sádicos de sangue para a tua cidade, e que incentivam a cultura da violência sangrenta quer sobre mim animal touro, quer sobre os outros animais, e promovem a violência doméstica e  o crime de bullying nas escolas!

Do fundo da minha dignidade de animal touro,  peço-te que não laves as mãos como Pilatos, e saibas respeitar a minha senciência animal em pleno! 

O DISCURSO INFANTIL DE PASSOS COELHO!


DISCURSO EM CIRCUITO FECHADO DO 1º MINISTRO

Passos Coelho não consegue sair da armadilha com que tramou a economia portuguesa, as PME, os trabalhadores e demais cidadãos, e a própria soberania nacional.
Já não fala abertamente em mais austeridade, pois sabe que chegamos à "exaustão fiscal":  quaisquer aumentos de austeridade traduz-se em quebra de receitas fiscais  do Governo, para além dos efeitos colaterais já conhecidos de toda a gente: mais recessão, mais insolvências de PME, ainda mais desemprego.

No entanto não resistiu à tentação infantil de se querer vingar do Tribunal Constitucional, despejando  uma ameaça  sobre todos os cidadãos: o TC portou-se mal mas vocês vão pagar a fava!
A TROIKA pode ter um papel muito positivo se obrigar o Governo a suspender os contratos fraudulentos e criminosos das PPP, e as rendas milionárias da EDP . Dessa forma Passos Coelho poria de lado as suas birrices infantis e todos os contribuintes começariam a respirar de alívio.

E se a TROIKA obrigasse o Governo a "despejar" os baronetes dos gabinetes ministeriais, obrigasse os partidos a reduzirem em pelo menos 50% o nº de deputados, de autarcas, de Municípios, de empresas municipais fantasma, de observatórios , de associações dos amigos, ..., então a economia poderia respirar ainda mais aliviada e até teria recursos para investimentos públicos de alavanca ao investimento privado, e dessa forma surgirem projectos de investimento adequados na terra, no mar, na indústria de exportações e de substituição de importações.!

E se o Governo quisesse ser honesto e impusesse aos monopólios (EDP, GALP, ...) que os seus preços não poderiam ultrapassar os preços médios da UE, então as PME ficariam mais folgadas e até poderiam pagar um salário mínimo acima do limiar da pobreza.

Mas para inverter o caminho da recessão, é necessário tomar ainda uma medida essencial: descer o IVA (por que não uma taxa única de 18%), e aliviar os impostos aos cidadãos trabalhadores, nomeadamente dando um tratamento ao IRS análogo ao tratamento que é dado ao IRC: dedução dos custos de habitação, alimentação , saúde e educação ao rendimento colectável dos cidadãos (só assim a CRP seria respeitada).

Enquanto não for reposto minimamente o poder de compra dos cidadãos, ninguém se atreverá a investir, e logo não haverá criação de novos postos de trabalho (investir para vender a quem?).

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

GALP E GOVERNO: CARRASCOS DA ECONOMIA PORTUGUESA E DOS PORTUGUESES !

A GALP :

- está inserida num mercado de oligopólio (poucos produtores muitos consumidores), beneficia da cumplicidade do Governo para praticar os preços de combustíveis que bem lhes apetece.

- sobe os preços dos combustíveis  quando o dólar sobe em relação ao euro, quando as cotações bolsistas do petróleo sobem, quando há furacões, quando há crises no Médio oriente (se não há inventa-se). Mas o movimento contrário não se verifica, se o EURO sobe em relação ao dólar a gasolina não desce!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

- a GALP subir os preços dos combustíveis  significa que todos os bens vão ser afectados com aumentos de preços para o consumidor, logo o aumento de preços dos combustíveis contribui para a recessão económica, e em tempos de crise e de desemprego esses preços elevados reforçam a crise e reforçam o desemprego, pois mais PME vão para a insolvência.

- a GALP é um monopólio privado, e como movimenta os preços para cima a seu bel prazer, e conta com a cumplicidade criminosa do Governo, os seus lucros não param de aumentar, pois há sempre uma percentagem rígida de consumo, mesmo com preços elevados (caso das empresas de transportes por exemplo).

- a entidade reguladora dos preços nada faz nem nada pode fazer, e a autoridade da concorrência é como se não existisse, para além de que o mercado dos combustíveis não está em concorrência, pois se estivesse os preços seriam muito menores.

PERGUNTAS:

    1. Num país com salários mínimos de miséria justifica-se de alguma maneira que os portugueses estejam a pagar os combustíveis aos preços mais elevados da Europa?

   2. O Luxemburgo por exemplo que tem um salário mínimo mais de seis vezes superior ao salário mínimo português, e tem combustíveis mais baratos!

  3. E em Espanha a GALP pratica preços mais baixos (menos 20 cêntimos em média)!

 4. Como acabar com esta roubalheira da GALP à economia e aos portugueses?

Uma solução poderá consistir em fazer o que  foi feito para os medicamentos: "em momento algum os preços dos combustíveis poderão superar o preço médio praticado na  UE". 

-

terça-feira, 7 de agosto de 2012

MÁXIMO LUCRO VERSUS DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL!

Todos nós (empregados, desempregados, jovens licenciados ou sem formação literária, jovens técnicos e jovens sem formação profissional) já sabemos que, por que não há poder de compra dos cidadãos em geral (que são os tais empregados, desempregados, jovens, ...) as empresas retraem a sua produção, e enquanto a animação do lado da procura (do lado dos cidadãos) não se verificar, tudo irá continuar no mesmo marasmo ou piorar.

A economia é a rainha das ciências sociais, por isso deve procurar soluções económico-sociais e não meramente economicistas.

Mas a economia não tem a ver com a moral, com a religião, o que não quer dizer que não saiba integrar nos seus modelos de análise a ética da responsabilidade social, nomeadamente quando a ética se torna um valor material a não desconsiderar na realidade económico-social em causa.

É o caso da vertente ecológica, a qual se não tida em devida conta pode já sujeitar as empresas a multas pesadíssimas ou à própria inviabilidade económica. E à medida que a ecologia se vai assumindo como vertente incontornável do desenvolvimento sustentável, e ditando dessa forma e socialmente as "práticas de excelência", maior tenderá a ser o seu peso como variável presente nos modelos de análise económica visando o desenvolvimento económico-social sustentável.  

Será cada vez mais o caso da vertente "direitos dos animais", à medida que se vai tornando incontornável nas sociedades em geral,  que os animais têm, tal como nós seres humanos, uma identidade natural específica: são seres sencientes (pois se têm cérebro, sistema nervoso e órgãos sensoriais tal como nós seres humanos), e como tal se vai tornando insuportável que não tenham direitos a terem direitos nomeadamente de personalidade jurídica. A lei 92/95 que estabelece os parâmetros da protecção animal, vai nesse sentido, embora os "interesses económicos instalados" ainda consigam corromper o legislador (a Assembleia da República e o Governo), no sentido de considerar excepções a essa lei. É o caso vergonhoso para o nosso país das touradas (o animal touro é de facto sujeito a práticas de violência cruel que lhe produzem lesões irreversíveis) e o caso do tiro aos pombos. Em ambos estes casos o legislador evidenciou a sua capacidade de ser corrompido pelos interesses instalados, levando-o a elaborar leis gerais e uniformes que depois se transformam em leis à medida desses interesses!

O facto indesmentível é que nas actuais economias de mercado, estas se caracterizam pela apropriação privada da riqueza produzida socialmente, e por essa via as empresas seguem inflexivelmente as leis da maximização do lucro para o accionista, (que de acordo com o sistema vai procurar acumular e concentrar ao máximo, visando o maior poder económico possível - o qual passa também pela subordinação do poder político sem o qual os monopólios não poderiam funcionar em pleno).

A maximização do lucro como objectivo central das economias de mercado, implica que os modelos de análise económica fiquem truncados na sua vertente economicista, desprezando enquanto possível em geral quer a vertente humana, quer a vertente dos equilíbrios ecológicos, quer a vertente animal. Isto é, só a força material dos valores éticos (na área da responsabilidade social -equidade e justiça social; na área eco-ambiental - equilíbrios ecológicos; e na área animal - respeito integral pela senciência dos animais) plasmados nas leis da sociedade (sejam leis da AR, do Governo ou Regulamentos/Directivas da UE) obrigarão a ciência económica, nas economias de mercado, a contemplar nos respectivos modelos de análise as variáveis relativas á natureza e aos animais, com o seu peso adequado e relativo.

Por isso a economia de mercado convive bem com o desemprego (mais de vinte milhões de desempregados só na UE), convive bem com os lucros obtidos à custa da crueldade cometida contra os animais (não só não lhes reconhece direitos, como os considera como meras "coisas móveis") e não respeita os equilíbrios ecológicos (a natureza é agredida selvaticamente em nome do lucro e da sua maximização).

E as ditas forças liberais (neo-liberais) da economia de mercado defendem sempre mais flexibilidade nas leis laborais (querem 100% de liberdade de despedimento dos trabalhadores ao mínimo custo, o que equivale a zerar os direitos destes), defendem que os animais são meras "coisas" e como tal não têm direitos, e que os equilíbrios ecológicos têm de ser subordinados ao "crescimento económico". E poderíamos acrescentar que as forças neo-liberais são coerentes com o funcionamento da economia de mercado, e com o seu objectivo central de maximização do lucro.

Os movimentos (forças) sindicais, os movimentos (forças) ecológicos, e os movimentos (forças)"animalistas", conduziram paulatinamente ao conceito de "desenvolvimento sustentável": doravante os modelos de análise económica devem contemplar as variáveis ligadas à felicidade e ao bem estar social e familiar dos cidadãos, variáveis ligadas ao respeito pelos habitat dos animais, à sua felicidade e ao seu direito à dignidade,  inseparável do reconhecimento científico da sua senciência, e variáveis ligadas à sustentabilidade dos recursos naturais, dos equilíbrios ecológicos e ao bem estar do eco-sistema.

Todas essas variáveis (humanas, animalistas e ecologistas) ligadas ao desenvolvimento sustentável, são grãos de areia na engrenagem do "maximo lucro" perseguido pelas economias de mercado, e como tal são contestadas pelas ditas forças políticas neo-liberais, as quais não perdem a oportunidade de lhes retirar força legal (a tal luta pela desregulação da economia  a todos os níveis, ou seja a luta pelo "laisser faire, laisser passer") sempre que conquistam o poder político.

A conclusão é óbvia: só as forças políticas sociais democratas (verdadeiramente social-democratas e não apenas assim tituladas, como acontece no caso português) e socialistas, aliadas aos movimentos (forças) sindicais, animalistas e ecologistas) serão capazes de lutar coerentemente pelos objectivos ligados ao desenvolvimento sustentável, o qual contempla obrigatoriamente uma economia solidária, perseguindo os objectivos do pleno emprego e do equilíbrio populacional, amiga dos direitos dos animais e respeitadora da sua senciência, e amiga da Natureza e respeitadora dos equilíbrios do eco-sistema natural. Falar-se-ia então em Economia Social de Mercado, para marcar a valoração, com força legal, dos objectivos relativos à equidade social, aos direitos dos animais e ao eco-sistema.

Como é óbvio o jogo da democracia tende a pôr no poder de forma alternativa ora as forças políticas defensoras do desenvolvimento sustentável (as quais plasmam na medida do possível em leis os valores éticos ligados à equidade social, aos direitos dos animais e ao respeito pelo meio ambiente), ora as forças defensoras da "desregulamentação" (neo-liberais) amigas da economia de mercado pura e dura, sem contemplações com os direitos dos trabalhadores, dos animais e dos eco-sistemas, ou seja contempladora da única lei que serve essas economias de mercado: a lei  do máximo lucro e da sua maximização possível (procurando efectuar o retrocesso legal alcançado nas áreas dos direitos sociais de quem trabalha, dos direitos dos animais e da natureza).

O VOTO É SEU POR ISSO SE DEFENDE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NAS SUAS VERTENTES HUMANA, ANIMALISTA E ECO-AMBIENTAL, ENTÃO VOTE BEM!