segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O NOVO PARADIGMA : A TOMADA DO PODER PELOS ELEITORES!

A apropriação privada da riqueza socialmente produzida, é a marca essencial do modo de produção capitalista.
A acumulação e concentração dessa riqueza em poucas mãos, os acionistas das maiores multinacionais dos diferentes subsetores produtivos, arrasta consigo o poder político, e o resultado é que a democracia representativa é "tomada" por esse poder económico, em favorecimento do qual o poder legislativo "democrático" opera, sendo que a estrutura jurídica fica conformada de acordo com os interesses económicos particulares em detrimento do bem comum e do interesse geral. Aliás opera-se uma difusão da ideologia "neo-liberal" a qual tende a afirmar nas sociedades que o interesse geral se confunde afinal com o bem dos grandes interesses económicos particulares.
A exponencial concentração do dinheiro em poucas mãos, o "capital financeiro, contribuiu para facilitar a globalização do grande poder económico capitalista, e a busca incessante do "máximo lucro" e de maiores taxas de lucro, levou à multiplicação da criação da moeda, de forma fictícia, desligada da própria produção real da economia, arrastou para a ribalta os designados "produtos derivados", em que já não são jogados apenas as expetativas de preços de produtos reais , mas também de produtos meramente imaginados pelo próprio setor financeiro.
Ora as "pirâmides financeiras" deixadas à solta (os detentores do capital financeiro tornaram-se nos novos senhores do mundo)  por exigência dos neo-liberais (ao serviço do capitalismo assuma este a forma que assumir) geraram a produção da riqueza sem criação de riqueza, uma riqueza fictícia, que esboroou com a crise do "subprime", a qual se espalhou por toda a europa, e atingiu em cheio a economia real, da qual viviam empresários e trabalhadores dedicados à produção dos tais bens transacionáveis, implicando ajustamentos que castigam invariavelmente quem está na base da criação da riqueza, favorecendo em contra partida os grandes detentores do poder económico ...
A verdade é que o sistema capitalista de produção, uma vez que se baseia na premissa fundamental, da apropriação privada da riqueza socialmente produzida, é socialmente  imoral, e só perdura por que os detentores do poder económico dominam efetivamente os pilares do poder legislativo inerente ao funcionamento das democracias de poder representativo.
Mudar esse sistema, implica não só a educação permanente para o desenvolvimento sustentável, nos seus parámetros económico, social, do respeito pelo habitat animal e dos equilíbrios dos ecossistemas, da evolução sócio cultural no sentida da solidariedade, da fraternidade e da equidade social, mas também implica uma "tomada do poder político" pelos eleitores!
Essa tomada do poder político pelos eleitores será mesmo a única forma de obrigar de fato os políticos eleitos a seguirem o interesse geral e não a favorecerem os grandes interesses económicos particulares.
Essa tomada do poder político pelos eleitores consubstanciar-se-á no aprofundamento da democracia participativa, nomeadamente o fim da domocracia representativa, a qual consagra um dia de democracia de quatro em quatro anos, e que por isso submete os eleitores à ditadura do poder democrático dos políticos eleitos, os quais são facilmenta manietados pelo grande poder económico e financeiro.
A democracia política participada, a "demarquia", terá de seguir os passos da democracia semi-direta, pela qual os eleitores passarão a deter o poder de revogar as decisões políticas fraudulentas e atentatórias contra o interesse geral, nomeadamente através do referendo popular autónomo de todos os poderes políticos instituídos (como já é praticado por exemplo na Suíça e no Uruguai).  
Mas deveré evoluir para a democracia direta, na qua o controlo dos eleitores sobre o poder político, não permitirá o assenhoreamento deste pelo poder económico e financeiro , e fará vingar naturalmente o governo em prole do bem comum e do interesse geral da sociedade. 
A partir daí, da demarquia, será possível construir uma nova sociedade baseada nos valores da fraternidade da equidade social e do desenvolvimento sustentável, em benefício de tudo e de todos.

sexta-feira, 29 de março de 2013

DISSOLUÇÃO DA AR: depois de dois orçamentos inconstitucionais sucessivos qual a alternativa?

Os deputados do PSD/CDS demonstraram em dois anos sucessivos, que a sua arrogãncia e cega obediência aos ditâmes do Governo evidencia a sua  incapacidade para legislarem de acordo com a CRP,  e daí a necessidade da dissolução da AR pelo PR respectivo (temos PR ?).  

O parecer do TC revelou e acentuou  a desorientação do Governo PSD/CDS, da maioria dos deputados que docilmente integram essa maioria ao dispor do PSD/CDS, e do próprio Cavaco Silva, que com a sua atitude displicente de não solicitar o parecer preventivo do TC ao orçamento 2013, também contribuíu para a desorientação geral da governação do país.
Perante a insistência doentia dos deputados do PSD e do CDS em permitirem e colaborarem com orçamentos inconstitucionais, a medida mais correcta seria inequivocamente a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas.
No entanto a vida democrática portuguesa tem andado enviesada devido ao percurso sinuoso de Cavaco Silva, o qual ao invés de cumprir e fazer cumprir a CRP parece apostado em manter custe o que custar este des-Governo do PSD/CSDS ao leme do país. 

É curioso ver o posicionamento : dos partidos políticos:


- Os partidos parlamentares PCP, PS, Os Verdes, denunciam o caminho errado do Governo, sabem (todos sabemos) que o país e os portugueses estão a ser arrastados para o holocausto, mas só agora parecem ter acordado para a necessidade imperiosa da demissão deste desgoverno (depois de mais de novos  trezentos mil desempregados)!


Dos partidos não parlamentares mais votados (os quais por atingirem 1% dos votos (têm direito a subsídio de dinheiros públicos dos nossos impostos !!!!!!):
- do MRPP nem se ouve um pio;
- do PAN  não se vê iniciativa política de exigir  a demissão deste Governo. Os apelos à meditação como solução para todos os problemas de Portugal e da Humanidade, continuam, mas estranhamente não se sentem quaisquer efeitos positivos, pois a situação tem piorado dia a dia;

Em cada dia que passa  ficamos sempre pior: mais dívida, menores receitas fiscais, ..., mais austeridade imbecil do Gaspar/Coelho e sua comitiva ao serviço do neo-liberalismo que apenas serve os interesses da banca internacional , tutelados pelo PPE da UE onde estão integrados o PSD de Coelho  (e o CDS de Portas) e o Partido Conservador Alemão da Srª Merkel!

A lucidez do Conselho Económico Social, que considera fundamental impor á TROIKA a imediata renegociação da Dívida e dos seus juros excessivos, pois sem este problema estar bem resolvido e bem negociado, não é possível resolver nenhum outro problema, (pois os juros da dívida absorvem  toda a margem orçamental) apenas está a ser seguida de forma coerente  pelos apelos nesse sentido pelo PS e pela liderança de Seguro.

No entanto como referido de forma coerente e lógica pelo BE, a dívida soberana tem uma parte especulativa, a qual tal como os 75% dos juros devem ser anulados (não podemos nós contribuintes pagar juros a 4%, quando os Bancos vão buscar o dinheiro ao BCE a 1%: isso seria consentir no enriquecimento ilícito dos Bancos nacionais e internacionais, à custa do esmagamento dos contribuintes e do Estado Social (da educação e saúde pública nomeadamente).

Errar é humano, mas é demais permitir que este desgoverno PSD/CDS continue a querer repetir o erro,  ao insistir em medidas de austeridade que não resolvem os problemas do défice orçamental nem da dívida e seus juros excessivos, e que só agravam a ruína económica do país, e promovem desempregados ás centenas de milhar, para além de ao mesmo tempo que são alienadas as melhores empresas públicas, a dívida soberana aumenta (já vai nos 123% do PIB, ou seja está no ponto da insolvência do país!

Decretar o fim deste Governo  do PSD/CDS  (Coelho, Portas e Gaspar) é já um dever patriótico que não pode ser ignorado pelo PR, pela AR, pelo Conselho Económico-Social: este desgoverno PSD/CDS não pode continuar de forma totalitária a impor a sua ditadura TRI-Pessoal ao País, conduzindo-o em cada dia que passa para o holocausto económico social e financeiro!

É fundamental sair das novas eleições um mandato popular que dê força ao novo governo para impôr à TROIKA , à UE e FMI o interesse nacional e dos portugueses, e de responsabilizarmos a UE/FMI pela ruína económica, social e financeira do país, se não for imediatamente anulada a dívida soberana e os juros especulativos que esmagam actualmente a economia poprtuguesa! 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

PARECER DO TC E ALTERNATIVAS À INCOMPETÊNCIA DE COELHO E GASPAR!

I - IMPLICAÇÕES DA DECISÃO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

Obviamente que a decisão do TC foi honesta, e limitou-se a impedir o abuso do poder deste des-governo PSD/CDS, o qual se habituou a não respeitar os portugueses que vivem do seu trabalho, e que enveredou por uma política económica e social afrontadora da CRP e da DUDH.
A decisão do TC seria ainda mais honesta se tivesse banido a taxa de solidariedade extraordinária, aplicada aos reformados, pois estes são sobrecarregados pela imbecilidade de Gaspar, e  injustificadamente, na sua carga fiscal, relativamente aos trabalhadores do activo.

O desvio de receita provocado pelo abusivo comportamento anti-constitucional do governo PSD/CDS e aprovado pelos deputados dependentes desses partidos, de cerca de 1,5 mil milhões de euros, pode ser facilmente corrigido pelo governo: basta que este anule as PPP fraudulentas (assim consideradas pelo Tribunal de Contas), ou que reduza substancialmente as rendas milionárias para a EDP (Mexia encaixou mais de 3 milhões de rendimentos pessoais em 2012, á custa do aumento dos preços da electricidade aos consumidores), ou até que exproprie as fortunas existentes nos off shores, pertencentes aos barões militantes do PSD que fizeram a fraude no BPN.

Mas Cavaco Silva, não pode persistir na sua covardia de considerar que o facto de existir uma maioria do PSD/CDS na AR pode justificar a permissão da continuação da destruição da economia portuguesa e do nosso país, por este des-governo do  PSD/CDS.
Os deputados já revelaram a sua dependência partidária, ao aprovarem estupidamente e de forma autista, dois orçamentos com inconstitucionalidades graves, demonstrando dessa forma que a função fiscalizadora da AR não está a funcionar, e logo não está assegurada de facto  a separação de poderes entre o poder executivo e o poder legislativo. estando ambos sequestrados pelos partidos do poder.

Cavaco Silva sai muito mal desta história se não revelar o mínimo de coragem para:
-dissolver  a AR, ou
-empossar um novo Governo da área do PSD/CDS, mas liderado por quem tenha uma visão estratégica para o desenvolvimento sustentável do país, tal como parametrizado pelo Conselho Económico Social, ou seja que revele capacidade para uma renegociação prévia e prioritária da dívida soberana e dos juros da mesma, como forma de viabilizar a recuperação da economia portuguesa, e dessa forma permitir o real cumprimento da dívida soberana.


Obviamente que em cima da mesa tem de estar sempre a anulação da componente meramente especulativa da dívida soberana (juros de juros) e ainda a redução da taxa de juro para o nível máximo da taxa de juro do BCE, pois de outra forma a carga financeira dificilmente permitirá o reequilíbrio orçamental. 


II- A covardia de Cavaco Silva versus a incompetência deste des-governo PSD/CDS

Cavaco Silva tem acompanhado, virado espantalho,  a destruição da economia portuguesa, por este governo de impostores, o qual não tendo uma estratégia endógena para o desenvolvimento económico-social sustentável  do país, se agarrou religiosamente  ao programa  da TROIKA, aplicando sadicamente inclusive, o dobro da austeridade nesse programa prevista, fazendo incidir catastroficamente essa austeridade sobre os rendimentos do trabalho, como se esses rendimentos não estivessem já em demasia esmagados no nosso país (menos de 40% da riqueza nacional vão para o trabalho em Portugal, enquanto na UE pelo contrário a regra é a distribuição da riqueza para o trabalho ser superior a 50%).
Ao invés de ter apostado desde logo numa reforma séria e estrutural do Estado, que levasse nomeadamente ao encolhimento significativo do despesismo parasitante da classe política (por exemplo cortando em 50% o nº de deputados e de autarcas, obrigando a que os candidatos quer a deputados quer a autarcas tenham obrigatoriamente formação técnica superior na área da Economia  da Gestão e do Direito, por forma a evitar a má governação e a abusiva contratação de assessores técnicos), o governo PSD/CDS assentou as suas baterias na redução do poder de compra dos cidadãos, promovendo um brutal aumento de impostos, o qual apenas tem servido para provocar o caos económico-social no país.
Cavaco Silva em vez de intervir, fazendo cumprir a CRP, tem-se  afinal comportado como um fiel cúmplice de uma política económica e financeira inconsequente levada a cabo pelo Ministro Gaspar, a qual apenas tem servido para ficarmos sem as melhores empresas públicas, e para o país e os portugueses ficarem mais pobres e com um desemprego monstruoso. O défice orçamental continua e a dívida soberana aumenta, e não temos a mínima possibilidade de pagarmos sequer os juros excessivos da dívida.  


III - Urge impedir que a UE , FMI e a  ALEMANHA , destruam a soberania económica portuguesa!

 UE  e o FMI , falam da necessidade de promover o crescimento económico, e depois enviam-nos uns técnicos com a missão específica de provocar mais recessão económica, mais falências e mais desemprego!

E foi isso que foi praticado com a Grécia e levou a grécia e os gregos ao holocausto financeiro e económico-social!


E é isso que vem sendo praticado e imposto ao nosso país e aos portugueses, e tem conduzido o país para a ruína económica, para a falência e insolvência de PME e famílias e para um desemprego galopante, sem que seja resolvido o problema da consolidação orçamental e o problema da dívida soberana, a qual pelo contrário aumenta como nunca visto!

Já o Conselho Económico Social tinha avisado o Governo a propósito dos orçamentos de 2012 e 2013,   de que,  sem a renegociação séria da dívida e dos juros da dívida nenhum problema poderia ser resolvido, e tudo pioraria!

Ao pretender espoliar as pessoas que vivem dos rendimentos de trabalho, este Governo PSD/CDS, está a a revelar o seu desprezo para com os cidadãos que realmente criam a riqueza nacional, da qual são espoliados pelos grandes interesses económicos.

Estupidamente este Governo PSD/CDS lá vai tapando as suas asneiradas com as vendas das melhores empresas públicas ao capital estrangeiro, alienando a soberania económica nacional. No entanto isso para nada serve, pois os juros da dívida soberana impedem o equilíbrio das contas públicas e aumentam a dívida soberana. António José Seguro ao responsabilizar directamente os mentores da política de austeridade, ou seja Barroso, Dragui, Laguarde, Merkel, deu uma lição de Mestre:

- em primeiro lugar ao Presidente da República, que o deixou de ser há muito tempo, mas que nem sequer tem coragem para resignar ao cargo, e também já nem tem coragem para sequer se dizer honesto depois de conhecidas publicamente as vigarices das mais valias do BPN;

-em segundo lugar ao Governo PSD/CDS, a Gaspar, Coelho e Portas, os quais se têm comportado como bobos da corte e como vendilhões da soberania nacional ao capital estrangeiro, ao mesmo tempo que provocam o holocausto financeiro e económico social dentro do país.

 
Como é possível a CGTP e a UGT permitirem que este Governo ponha na miséria dezenas de milhares de famílias de portugueses, ponha no desemprego centenas de milhares de trabalhadores, entregue ao capital estrangeiro os recursos naturais soberanos, promova o maior aumento de impostos de que há memória, ao mesmo tempo que aumenta o défice orçamental e a dívida soberana? Por que não decretam uma greve geral ilimitada, exigindo a demissão imediata deste des-governo?. 

Se a UE e o FMI querem que o nosso país e os portugueses vão para o holocausto, pois que o assumam! Caso contrário façam aquilo que sabem que têm de fazer sem demora: promovam uma anulação  parcial da dívida soberana (a meramente especulativa) e reescalonem o seu pagamento, e reduzam as taxas de juro para níveis não superiores ás do BCE.  

Este Governo PSD/CDS e este Presidente da República, que já demonstraram demais a sua insensibilidade e a sua incompetência para a gestão eficiente da vida pública e para respeitarem a CRP,  não merecem estar nem mais um dia à frente dos destinos do nosso país!




sábado, 16 de fevereiro de 2013

ONDE A CORDA DO GOVERNO PASSOS COELHO PODE PARTIR !

Passos Coelho revelou  a sua práxis política: esticar a corda ao máximo, mas sem a partir!
Em primeiro lugar vejamos do que está Passos Coelho a falar, isto é quais os interesses que Passos Coelho está a defender e quais os interesses, que em benefício dos interesses defendidos por Passos Coelho, estão a ser esticados. 

Uma vez que desde que tomou posse o Governo PSD/CDS, as suas medidas foram invariavelmente no sentido de beneficiar os interesses do capital estrangeiro, dos banqueiros e dos grandes grupos económicos, adoptando para esse efeito medidas que visaram a retirada de direitos a quem trabalha, a baixa do custo do trabalho, a retirada de rendimento disponível aos trabalhadores e reformados, e para conseguir tudo isso não hesitou em lançar o país na recessão económica crescente e contínua, mandar para a insolvência milhares de PME, e promover o desemprego galopante e um exército de desempregados permanente, como forma de pressionar a baixa contínua dos salários nas empresas privadas, para depois com base nesses baixos salários serem "abaixados" os salários da função pública.

Portanto de um lado da corda, estão os interesses que comandam a política económica do governo:capital estrangeiro  (o qual  tem abocanhado as melhores empresas públicas); os banqueiros (os quais têm feito um negócio da "china" ao ganharem centenas de milhões de euros, à custa do diferencial de taxas do BCE -aonde vão buscar o dinheiro a 1% - e as taxas da dívida soberana -emprestam esse dinheiro a mais de 4% ao Estado); os grupos económicos  monopolistas, como a GALP, a EDP (os quais praticam preços de monopólio - preços acima dos preços da concorrência se ela existisse de facto).

Do outro lado da corda estão os interesses de quem tem de trabalhar (ou já trabalhou) para assegurar a sua sobrevivência, de tal forma que esteja apto no "dia seguinte" a continuar a trabalhar.

Vejamos então o que Passos Coelho quer dizer ao referir que não vai deixar a corda partir, ou por outras palavras, não vai matar as "galinhas de ovos de ouro", ou ainda, não vai deixar que "o burro morra por falta de alimento". Trata-se afinal de assegurar o mais baixo custo de trabalho possível a quem trabalha, e de retirar todos os direitos aos trabalhadores, mas sem que estes se tornem 100% escravos, pois que isso obrigaria os interessados (capital estrangeiro, banqueiros, grupos económicos) a assegurar a sua alimentação, saúde e educação, o que estes não querem de facto - e por isso pôem a sede das suas empresas em paraísos fiscais, ou fazem reverter os lucros para as suas SGPS, as quais antes foram isentas de impostos por "leis apropriadas"!

Que significa "não partir a corda" no que se refere aos reformados?

Os reformados são vistos como uma varável negativa do modelo económico financeiro de Passos Coelho e Gaspar, logo são uma variável a eliminar. Aqui o Governo na prática quer mesmo partir a corda!
Portanto o Governo de Passos Coelho no caso dos reformados, adopta uma práxis política NAZI sem qualquer disfarce: espolia-os progressivamente dos rendimentos das suas reformas, de tal forma que possam morrer mais depressa, e nunca é demais fazer-lhes saber que estão a mais na sociedade.  Para além do mais o seu trabalho passado enriqueceu o país, o que é contrário aos objectivos do governo Passos Coelho que assume até explicitamente querer o seu empobrecimento.
Os reformados estão para o Governo de Passos Coelho assim como os judeus estavam para o Governo de Hitler, por isso o desígnio é o mesmo: que morram e quanro mais depressa melhor!


Que significa "não partir a corda" no caso dos trabalhadores?

Em primeiro lugar o Governo de passos Coelho faz questão em  que eles saibam que se sobrevivem é por que o capital estrangeiro, os banqueiros e os grupos económicos, toleram a sua sobrevivência, por isso devem revelar total submissão a esses senhores e não devem ambicionar ter quaisquer direitos sócio-laborais: por isso retira-lhes progressivamente todos os direitos conquistados (das 8 horas, das horas extraordinárias, dos feriados, do direito a manter o emprego).

Tudo isso é efectuado com a benção das associações "patronais", e com o colaboracionismo esforçado da central UGT dita dos trabalhadores, mas só e efectivamente para melhor permitir que sejam "lixados" em favor dos donos do negócio.

Com um exército crescente de desempregados promovido deliberadamente pelo governo de Passos Coelho, fica assegurada a baixa contínua dos salários, e instala-se o "salve-se quem puder" entre todos os trabalhadores no activo e no desemprego; os mais espertos correm para a emigração, o que é também um objectivo de passos Coelho, nomeadamente se remeterem para cá os seus rendimentos de trabalho de emigrantes (não esquecer que um trabalhador lá fora ganha numa semana o que um trabalhador ganha cá dentro num mês!).

Partir a corda no caso dos trabalhadores seria na óptica do governo de Passos Coelho, que os mesmos assumissem que de facto são escravos e portanto começassem a exigir aos seus donos esclavagistas que lhes dessem alimentação, habitação, saúde e educação!
Não faltava mais nada! Se a escravatura  fosse mais rentável para os donos do negócio, nunca teria sido abolida!

Por isso é importante para o Governo de Passos Coelho que os trabalhadores acreditem na CGTP e que esta central sindical que sempre pôs os trabalhadores a correr atrás da inflação (a CGTP está ao serviço da estratégia política  do PCP e não ao serviço da luta por melhores salários dos trabalhadores)   fique satisfeita por ter mais trabalhadores descontentes nas suas manifestações, e que claro saiba domestica-los! O PCP é que sabe, e como é um partido perdedor em termos do poder político, os trabalhadores são também perdedores.
A CGTP e o PCP, bem como o BE  só seriam ameaças se conquistassem o poder político, mas os "media" ao serviço dos donos do negócio, encarregam-se de assegurar que os eleitores tenham a cabeça ocupada com o futebol e com Fátima, e que na hora certa votem como lhes é aconselhado pelos próprios "media", com a conivência dos dirigentes do futebol e da igreja , os quais aliás beneficiam de elevados benefícios fiscais ...por isso mesmo!

Ao mesmo tempo difunde-se a ideia entre os que ousam abrir os olhos e denunciarem a corrupção do sistema (tornado cleptocrático) que o melhor é não votarem, para não caucionarem este sistema corrupto. Resultado só votam os fundamentalistas do futebol e de Fátima e nos mesmos (PS/PSD/CDS): uma maravilha pois estes partidos sabem comer na mão do dono (ou seja do capital estrangeiro, dos banqueiros e dos grupos económicos monopolistas).


Em suma não partir a corda para o governo de Passos Coelho:

- será  saber manter o PR encurralado no seu palácio presidencial, com medo do povo e com medo do seu passado de cidadão cavaco Slva, ligado às mais valias do BPN;
- será manter em su sítio o PCP, o BE e a CGTP, por forma a estes manterem os trabalhadores o quanto baste "domesticados", e a aceitarem ser tratados como escravos no trabalho, mas sem assumirem que são escravos (uma questão de rentabilidade, pois os escravos ficariam mais caros);

- manter os trabalhadores super explorados, sem direitos laborais, mas com força suficiente para se levantarem e irem de novo e de forma quotidiana, enriquecer os seus senhores (os donos do negócio);
- que a Igreja Católica mantenha uma influência relevante sobre a vontade divina de que haja pobres por um lado e ricos cada vez mais ricos á custa desses pobres, mas que seja o convincente suficiente para fazer acreditar esses pobres. de que terão á sua espera o reino dos céus (ao qual os ricos, não terão acesso, por que já têm o céu na terra, oferecido pelo Deus Dinheiro). 

Mas para o Governo passos Coelho a corda já pode partir:

- ao nível dos Reformados, os quais deveriam era assumir o suicídio, e se  não ganharem vergonha na cara (se começarem a protestar) até ficam obrigados a usar um dístico no peito a identifica-los: "REFORMADO";
- ao nível dos Desempregados, os quais devem assumir que estão a mais no nosso país e devem mesmo emigrar (nomeadamente os Jovens), e não se esquecerem de enviar para cá as suas remessas de emigrantes, pois isso dá geito à balança de pagamentos; Os desempregados já nos 50 e com desemprego em longa duração (ou seja sem hipótese de arranjarem trabalho de novo) devem ser considerados descartáveis tal como os reformados: todos "judeus";
- as Famílias, já são descartáveis pois afinal também só serviriam para aumentar ainda mais o exército de desempregados, os quais dessa forma poderiam ficar mesmo loucos e começarem a invadir as empresas ...para arranjarem trabalho por uma sopita. Famílias só para os donos do negócio, pois quem trabalha nem para si próprio ganha quanto mais para ter família!














     

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

OS SRS. VILÕES E A FÍSICA QUÂNTICA!

Cada macaco em seu galho: o pequeno vilão do pequeno roubo, para comer ou para dar de comer à família, nem vilão chega a ser, é um ladrãozeco, e o seu lugar é na cadeia, com um julgamento rápido e sumário!

Outra coisa, são os srs. Vilões esses sim, portadores de grande massa cinzenta, têm de estudar muito bem os seus golpes, por vezes têm mesmo de se fazerem passar por militantes de um partido político, daqueles que de vez em quando se empoleiram no poder, e até têm de se disfarçar de governantes!

Claro que fazem asneira da grossa, dão cabo do país, arruinam a economia, fazem valentes negociatas nos bastidores com a vendagem das empresas públicas aos capitalistas estrangeiros (já no futebol é a mesma mania, só negoceiam com jogadores estrangeiros! será por que assim o dinheiro fica logo nos offshores?).

Portanto tanta massa cinzenta, tanto estágio profissional (na Goldeman Sacks, no FMI, nos labirintos burocratas da UE, no Banco de Portugal, nos Gabinetes dos ministros, nas Sociedades de Advogados, na AR, ...) só pode dar negócio de milhares de milhões, caso contrário nem valia a pena mandar dinheiro para os off-shores!

E está tudo previsto, razão por que em Portugal nenhum sr. vilão que se preze é preso: as leis são pré-encomendadas para terem um significado e o seu contrário (condenam e perdoam ao mesmo tempo o Sr. Vilão) como sucede por exemplo nos mandatos dos autarcas: aplica-se e não se aplica, conforme as conveniências do partido que está no poder!

Se algo corre mal, bem aí haverá sempre um Teixeira dos Santos para nos dizer que para evitar um risco sistémico (ou seja o risco de acabar com a vilanagem) o BPN, ...tem de ser nacionalizado, isto é, como o Sr. Vilão já tem o dinheiro ao fresco, então terão de ser os contribuintes (o zé trabalhador e o zé reformado claro, até por que já aguentaram tanto pontapé, que estão sempre prontos a aguentar mais -o banqueiro tem toda a razão, claro). Claro que o Teixeira dos Santos não se engana no recado: só se nacionaliza o buraco da fraude, o bem bom da SLN (proprietária do BPN esburacado) essa continua em boas mãos (dos Srs. Vilões tá-se mesmo a ver!).

E para não haver dúvidas nos imbecis dos eleitores, para saberem em quem de facto devem votar, então os Juristas, Economistas, Gestores, (tudo vilõezinhos ao serviço dos srs. vilões) que trabalharam duramente, e penosamente silenciaram essas  meritórias fraudes  para que os Srs. Vilões tivessem todo o êxito, nada melhor que serem postos a governarem os que afinal tiveram de pagar as fraudes que os governantes fizeram em seu nome (pois os eleitors antes já tinham votado neles ...e no seu amigo (deles) Cavaco!

Nada mais bonito que ver um 1º Ministro (que tanto teve de lutar para conseguir uns chorudos contratos de formação ao seu amigo Relvas) a nomear  pa Secretário de Estado pessoas tão competentes (se o não fossem não teriam sido contratados pelos srs. Vilões) e também é adorável ver um Presidente da República a dar posse atais celebridades, pois isso demonstra que não esquece quem lhe proporcionou boas mais valias, propiciadas pela buraqueira do tal BPN!

É assim a vida dos Srs. vilões em Portugal, passam pelo Governo, passam pelos bancos, voltam ao Governo, onde conseguem distribuir milhares de milhões aos bancos, ....

Tudo isto é aliás muito parecido com a "física quântica": do nada aparece um Vilão, que se torna tudo, e depois de causar o buraco negro anti vilão, lá reaparece nas funções de soberania!

Isso demonstra de sobra o quão científicos e elaborados são esses Srs. Vilões e os eleitores não fazem nenhum favor em votar neles, e em pagarem alegremente os seus buracões! 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

POVO MARAVILHOSAMENTE ESTÚPIDO!


O povo português é um povo maravilhoso!
Gosta de ser governado só por aldrabões,
Partido mais votado terá de ser  mafioso!
Um povo desgovernado e aos trambolhões!

Finge acreditar nas promessas eleitorais,
Militantes com provas dadas na vigarice,
Dizem: connosco impostos novos, jamais!
Ganham as eleições: era tudo aldrabice!

Os militantes dos partidos dos governos,
O presenteia com uma  fraude colossal,
Logo o eleitor os considera fraternos,
E vota neles para remediarem o mal!

Elege um presidente cheio de mais valias!
Que noutro país nem se poderia candidatar,
Quem por baixo assinou contas "esguias",
Para secretário de estado toca a nomear!

Povo maravilhoso de imbecis eleitores,
Gostam de votar em políticos corruptos!
"São impostos" meus queridos amores, 
Povo maravilhoso aguentai estes frutos!  
     

domingo, 27 de janeiro de 2013

REGRESSEI AO MERCADO: tenho um novo cartão de crédito! Vou emigrar!

Ir ao mercado é  o que fazemos quotidianamente quando nos vamos abastecer de bens alimentares essenciais á nossa sobrevivência nos respectivos super e hiper mercados.
Compramos a dinheiro (quando o temos) ou com cartão de crédito (quando o temos, e enquanto  esse cartão tem plafond de crédito disponível). Os super e hiper mercados recebem o dinheiro de imediato, mas nós beneficiamos de crédito concedido pelo banco.

Mas se nós não pagarmos as prestações de crédito utilizadas, o banco corta-nos o crédito, para além de nos meter em tribunal e penhorar os nossos bens. E isso acontece quando por exemplo ficamos sem os rendimentos do trabalho, por a empresa ter declarado a insolvência, ou por termos sido despedidos, e  por não termos rendimentos alternativos.
Também deixamos de cumprir quando o Governo resolve expropriar parte dos nossos rendimentos, seja de forma directa (corte de subsídios de natal e de férias), seja por nos impor um enorme aumento de impostos (dizendo com humor negro que somos um povo maravilhoso sempre disposto a mais sacrifícios).
Como depois dessa expropriação pública dos nossos rendimentos do trabalho e da reforma, o nosso rendimento disponível passa a ser insuficiente: para pagar a prestação da casa, as propinas do ensino público, os passes do transporte, a alimentação, a saúde, ..., algo vai ficar para trás. Em geral começamos por entregar a casa ao banco, mas cedo chegamos á conclusão que temos é de emigrar com filhos e tudo, e dizer mesmo adeus pátria (até por que a pátria agora tem novos donos, anónimos, accionistas das grandes multinacionais, que até podem ser grandes traficantes da droga, seja farmacêutica, seja da outra (que é vendida a peso de ouro, por ser de venda proibida).
Mas se formos ao Banco e dissermos que temos um avalista, que em caso de ficarmos desempregados, ou mesmo totalmente insolventes, ele assumirá a nossa dívida, então o banco pode dar-nos um novo cartão de crédito, ou aumentar o plafond de crédito anterior.
A isso chama-se ir de novo ao mercado do crédito! Uma festa, pois apesar de ficarmos mais endividados, e de continuarmos a não imaginar sequer como vamos pagar os juros da dívida anterior (a nova dívida só pode ser mesmo para esquecer) , acabamos por ganhar uma grande vantagem nova: a de nos endividarmos mais!
O nosso Governo faz o mesmo, e o avalista chama-se BCE.
Ora se o Governo faz o mesmo, então é por que a economia portuguesa vai começar a enriquecer , em vez de milhares de novas falências, iremos ter novas PME resultantes de novo investimento, como isso representa mais negócio, então os nossos salários irão aumentar, pois caso contrário as novas PME iriam de novo á falência pois não teriam a quem vender, e com isso, o estado irá ter mais receitas fiscais, podendo afinal até baixar os impostos, o que irá propiciar ainda mais negócios novos, empregos novos, mais rendimento disponível nos nossos bolsos, logo até poderemos afinal começar a livrar-nos dos cartões de crédito ...
Mas e se a política de austeridade, quer dizer de expropriação pública dos nossos rendimentos de trabalho e de reforma continuarem? Lá irão as falências das PME continuar, o desemprego a disparar, os rendimentos a mingarem, ...
Não há problema, se o Estado está falido e ainda lhe dão crédito novo para ficar cada vez mais falido (o crédito novo começa a ser insuficiente para pagar sequer os juros do crédito velho), então por que haveria de ser diferente para nós trabalhadores e reformados? Além do mais já percebemos que neste país "dos outros" (do capital estrangeiro) já não nos safamos: salários de miséria, trabalho precário, impostos a comerem a prestação da casa .... Ora se vamos emigrar para que queremos os tarecos: os bancos que fiquem com eles, e que lhes faça bom proveito!
Azar azar seria mesmo alguém de nós, sobretudo ainda adulto jovem e com uma licenciatura para piorar, conseguir por cá um trabalho precário, mal pago, que nem para a renda de aluguer do quartito dá! 

Adeus pátria nem que seja para a Irlanda onde numa semana esse cidadão jovem português, ganhará numa semana o que em Portugal ganharia num mês, isso se tivesse o azar de conseguir esse trabalho escravo em Portugal!   

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A IMBECILIDADE DOS ELEITORES: AINDA NÃO PERCEBERAM QUE VOTAREM NOS PARTIDOS DA TROIKA, É VOTAR CONTRA ELES PRÓPRIOS !

Os eleitores portugueses habituaram-se a votar nos partidos do "arco do poder" : PS  ou PSD/CDS.

Esses partidos, tornaram-se cliente-lares: os interesses económicos dominantes instalaram-se nesses partidos, para usufruírem de favores políticos, traduzidos em benesses económicas.

Ou seja o orçamento de estado tem sido gerido por esses partidos, quando no poder, como uma vaca, com inúmeras mamas, cada uma das quais tem servido para os interesses cliente-lares mamarem à custa do leite dos impostos.

Por isso o orçamento começou a ficar curto perante tanta corrupção, e por isso é que os impostos têm estado constantemente a subir: os interesses cliente-lares estão viciados na mama orçamental, e como o orçamento não estica, o Zé Trabalhador é que vai pagando as favas.

Não será tempo de os eleitores abrirem os olhos e constatarem que esses "partidos do arco do poder" nos conduziram e conduzem de facto ao défice orçamental, provocado pela mama da corrupção cliente-lar instalada nesses partidos?

Por isso os eleitores devem abrir os olhos e constatar que os partidos do arco do poder, são de facto os partidos do "arco da TROIKA"?

Que soluções podem oferecer de facto esses partidos TROIKIANOS?

O PSD/CDS ama a TROIKA, e faz conluio com a TROIKA para tramar quem vive dos seus rendimentos de trabalho, e para fazer fretes aos grandes interesses económicos:
     - as PPP fraudulentas , denunciadas pelo tribunal de Contas continuam a mamar milhares de milhões de euros dos nossos impostos ;
    -as fraudes gigantescas do BPN feita pelos barões do PSD, amigos de Cavaco Silva, continuam a mamar milhões de euros dos nossos impostos;
    - as rendas milionárias da EDP continuam a mamar milhares de milhões dos nossos impostos;
    - e a TROIKA continua a mamar milhares de milhões só de juros, dos nossos impostos!

Mas o PSD/CDS chupam-nos com mais e mais impostos, ao mesmo tempo que cortam nos serviços, dizendo-nos que para os manter, teriam de aumentar ainda mais os impostos! Por isso o PSD/CDS está definitivamente virado para transformar Portugal num colonato de mão de obra barata, sem direitos, sem PME,  e com um enorme exército de desempregados.

E o PS ?

Protesta contra esta política imbecil de austeridade, que só serve para empobrecer o país, não resolve nenhum problema, e põe-nos de cócoras perante os nossos credores (perante a TROIKA).
Mas o que faz o PS?
Procura apenas capitalizar o descontentamento geral dos portugueses, tornados indigentes por esta política de capitalismo selvagem do chamado PSD/CDS!

E os partidos fora do arco da governação TROIKIANA?

O PCP lá vai agitando as hostes sindicais da CGTP, fazendo greves, fazendo manifestações, constata se há ou não maior nº de pessoas descontentes, dispara o seu discurso e ...tudo continua como dantes (ou seja pior e a piorar em cada dia seguinte).
 O PCP/CGTP  acabam por ter a mesma estratégia do PS: procurar capitalizar o descontentamento popular, mas como as sondagens não lhe são favoráveis, acaba por pensar: as chicotadas que estes Zés trabalhadores têm levado ainda não chegaram para aprenderem que devem votar no  PCP ...e pactuam com a política do empobrecimento e da retirada de direitos ao Zé Trabalhador ... promovida abnegadamente pelo PSD/CDS.

O BE tem demonstrado coerência e aponta o caminho correcto a seguir:
    - demissão imediata deste governo de impostores;
    - negociação imediata e prioritária da dívida soberana e dos seus juros excessivos, os quais conduzem ao falhanço toda e qualquer política de austeridade, por mais violenta que seja;
   - vencer a TROIKA, isto é obrigar a TROIKA não só a negociar a dívida e os juros, mas também impor que a TROKA permita uma política de desenvolvimento económico-social sustentável, que seja compatível com a dignidade sócio-laboral e com o combate ao desemprego.

Só que os eleitores estão ainda demasiado imbecilizados pelos "media" e não ousam pensar em votar fora dos partidos do arco da "troika" ! Azar o deles e o nosso, pois por causa dessa imbecilidade dos eleitores, estamos a caminho do holocausto grego, sem tirar nem pôr (o que é negado a pés juntos, por quem nos empurra todos os dias para esse holocausto)!

E os demais partidos não parlamentares?  Quais?

O PAN está virado para o "bem de tudo e de todos" ou seja não põe em causa os grandes interesses económicos que determinam a corrupção política e a miséria económico-social de quem vive dos rendimentos de trabalho. É certo que o PAN deseja também o bem dos animais e da natureza, colocando-se para além dos valores humanistas, mas fá-lo numa óptica global de atingir o pleno: o bem estar dos humanos, animais e natureza , numa  só causa (tridimensional)!  Ou seja o PAN acaba com essa práxis política, por ter ausência de práxis política no terreno, e nem trata dos humanos (pois não combate as causas determinantes da sociedade da exploração do homem pelo homem), nem trata dos problemas concretos dos animais nem da natureza (já que os mesmos fazem parte do objectivo uno e pleno do "bem de tudo e de todos" ) pois considera que tratar de  problemas menores, é  típico de quem vê a árvore mas não vê a floresta. Por isso o PAN tem sido um partido da meditação (e continuará a ser, enquanto os "animalistas" não derem uma volta á filosofia da sua práxis política).

Também há o MRPP, o qual aparece sempre a concorrer em eleições, para ver se consegue 1% dos votos para poder beneficiar do dinheiro dos nossos impostos, (vergonhosamente vertidos no carnaval das campanhas eleitorais). O MRPP defende os trabalhadores, mas só os portugueses! Mesmo assim estes não vão na conversa!    

Conclusão: os eleitores, nomeadamente os que vivem dos rendimentos do seu trabalho e os reformados, devem virar-se para os partidos que realmente defendem os seus interesses, acima das suas estratégias partidárias. Talvez perguntar-se primeiro:

- Quem defende as PME, os trabalhadores, os reformados e os desempregados, sem procurar capitalizar o seu descontentamento e miséria causada pelos partidos troikianos?
- Quem defende o aprofundamento da  UE, mas com uma práxis concreta de solidariedade e coesão económico-social, entre os estados membros?
- Quem defende mais poderes para os eleitores, uma democracia directa e participada, com poderes pós-eleitorais nas mãos dos eleitores?  

Depois decida, mas não insista no erro! Para insistir no erro, e nos arrastar para o abismo,  já nos basta este desgoverno do PSD/CDS!

domingo, 13 de janeiro de 2013

O PARTIDO QUE MELHOR DEFENDE OS INTERESSES DO PAÍS E DOS PORTUGUESES !

Nós eleitores portugueses, estamos confrontados com um Governo PSD/CDS saído de uma  campanha eleitoral fraudulenta: Passos Coelho e Paulo Portas  enganaram-nos  redondamente, para terem  o nosso voto esconderam as suas reais intenções, prometeram não subir impostos nem cortar rendimentos, mas uma vez no poder, demonstram apenas saber fazer o contrário do que prometeram.

E o Governo PSD/CDS já demonstrou estar apenas interessado em empobrecer o País, e em destruir a economia  interna, arrastando nesse propósito deliberado, as famílias portuguesas para o desemprego galopante e para a miséria económico-social: os adultos jovens e menos jovens são empurrados para a emigração forçada, e os que ficam têm de se submeter à "sopa dos pobres", promovida pelo próprio Governo PSD/CDS, que entrega às IPSS (próximas da igreja católica) mais de mil milhões de euros/ano, dos nossos impostos, para esse efeito ( por isso a hierarquia da igreja católica está politicamente anestesiada, e não reage ao enorme retrocesso social que está a ser imposto por este Governo).

O orçamento 2013 demonstrou que o Governo PSD/CDS apenas se propõe aprofundar a via da política económica ruinosa para o país, já adoptada em 2012: diminuição drástica do poder de compra de quem vive dos rendimentos do trabalho, com as consequências bem conhecidas: falência das PME por não conseguirem escoar os seus produtos, desemprego galopante, menores receitas fiscais, ...=> mais necessidade de aumento de impostos ...(é a espiral denunciada por Cavaco Silva, que nada faz para a travar, já que não demite o Governo preferindo ver a "Nau Catrineta" a afundar, dizendo, tarde demais, que "bem tinha avisado"! - temos portanto um PR que é um sábio, mas paraplégico no âmbito das suas funções constitucionais).

 O Conselho Económico e Social apontou o caminho da saída da crise ao Governo: renegociar prioritariamente a dívida soberana e seus juros sucessivos, pois sem isso, para nada adiantam as medidas de austeridade adoptadas, pelo contrário tudo piora: o país fica mais pobre, com menos capacidade de atacar o défice orçamental e a dívida soberana, e quanto mais tarde fizer o que já deveria ter feito (a renegociação da dívida) mais de joelhos ficaremos perante a TROIKA (tal e qual o caminho da Grécia).

Pelo contrário este Governo mostra-se inflexível no caminho que nos conduz ao abismo económico, e instrumentaliza inclusive a TROIKA para esse objectvo, como o demonstra a cumplicidade evidenciada pelo relatório da TROIKA, construído com base nos dados fornecidos por este Governo, que visa o desmantelamento do Ensino e Saúde Públicos, através de um corte de mais de 4 mil milhões de euros (metade do buraco fraudulento feito pelos barões do PSD no BPN, e que nós contribuintes imbecilmente estamos a pagar!).

E depois de tantos impostos (já somos o país da UE com salários mais miseráveis, e com os maiores impostos) o que sucede? Pois, como estamos cada vez mais pobres, não temos capacidade de pagar os milhares de milhões de juros da dívida soberana, a qual aumenta relativamente ao PIB. Idem aspas para o défice orçamental, pois as receitas fiscais vão pelo cano abaixo devido à ruinosa política de austeridade. Estamos então no "holocausto grego": sem empresas públicas que estão já em poder do capital estrangeiro, com a economia arrasada, com as famílias dos trabalhadores sem condições de sobrevivência, e totalmente dependentes e à mercê da TROIKA (tal como estão os trabalhadores e reformados Gregos há mais de dois anos).

Então põe-se a questão: que fazermos  perante o abismo económico-social para onde estamos a ser deliberadamente arrastados por este Governo PSD/CDS?

O Governo e o Parlamento estão dominados por Passos Coelho e Paulo Portas (os seus deputados fazem-lhes as vontades, mesmo sabendo que estão a destruir a economia do país). O PR não tem coragem de intervir , só vai avisando, que estamos cada vez mais no abismo, mas nem se atreve a invocar o parecer do Conselho Económico-Social.

O PCP (com a CGTP manietada pela sua estratégia partidária) procura capitalizar o descontentamento da desgraça de quem trabalha ou trabalhava, faz manifestações e greves inconsequentes, e continua tudo na mesma e cada vez pior, e o caminho do PCP é a contínua derrota dos trabalhadores e reformados que vão ficando sempre pior!

O PS só pensa em ser o partido mais votado. face à derrota eleitoral do PSD / CDS provocada pelo descontentamento dos eleitores, mas nada mais: não obstaculiza efectivamente esta política económica e social desastrosa para o país, para a economia  e para as famílias portuguesas, levada a cabo pelo PSD/CDS.

O BE parece ser efectivamente o único partido político preocupado a sério em parar de imediato esta política de empobrecimento do país e de enorme retrocesso social para as famílias trabalhadoras , assumida deliberadamente por este Governo PSD/CDS que, custe o que custar, nos está a conduzir ao holocausto grego (não fora as medidas adoptadas pelo BCE, que baixaram os juros dos mercados financeiros, e já estaríamos a arder no inferno!), agravando ao mesmo tempo todos os problemas: défice orçamental, dívida soberana, desemprego galopante!

O BE tem defendido a aplicação dos pareceres do Conselho Económico-Social para a prioridade da imediata renegociação da dívida soberana , e para além disso o BE é também (ao contrário do PCP) um partido político europeísta, no sentido em que considera positiva a nossa presença na UE, mas exigindo a prática consequente pela UE da solidariedade e de medidas concretas de  coesão económico-social em favor dos países de economia mais débil na UE, como é o caso de Portugal.


De facto o Bloco de Esquerda insiste numa solução consonante com a defendida pelo Conselho Económico-Social, a qual passa pela renegociação da dívida e pela promoção do crescimento, reduzindo a "asfixia" fiscal, salientando que o rumo actual " com passos mais lentos ou mais rápidos, é o caminho para o precipício".


Então começa a ser tempo de nós eleitores começarmos a reconhecer que a verdadeira alternativa a esta política económica de desastre total para o nosso país é de facto assumida exclusivamente  pelo BE, partido que tem demonstrado pôr os interesses do país e dos portugueses acima dos seus interesses e da sua estratégia partidária. É importante que os eleitores comecem a dar sinais de que reconhecem a real alternativa do BE, como aquela que de facto defende melhor e efectivamente os seus interesses, seja ao nível interno do nosso País, seja ao nível da UE.

Caberá ao BE a necessidade de evidenciar junto do eleitorado, quer as suas opções de desenvolvimento sustentável para o nosso país, quer as suas opções de uma política europeia que consagre de facto a solidariedade e as políticas concretas de coesão económico-social entre os Estados membros, e demonstrar aos eleitores  que também defende e quer praticar uma democracia directa e participada, com a definição concreta de poderes pós eleitorais dos eleitores, única forma de ser parada a corrupção política, seja no Governo seja no Parlamento.
           

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

ESTE GOVERNO PRECISA DE LEVAR UMA "PATADA"!

 Se temos um jardim à beira mal plantado, com muitas ervas daninhas as quais prejudicam crescentemente o desenvolvimento das flores, a opção é eliminar essas flores, e essas ervas daninhas , e partir para uma nova sementeira? Ou será retirar as ervas daninhas, tomar medidas para impedir o seu ressurgimento, e acarinhar as flores dando-lhes boas condições que eram sugadas pelas ditas ervas daninhas?

A solução de passos Coelho, da refundação do Estado,parte de um raciocínio destruidor da realidade existente, para partir para uma realidade delineada por si, não se trata de reformar para inovar no sentido construtivo, trata-se de pôr a sociedade de pernas para o ar. Passos Coelho defende que  para fazer uma sociedade à sua medida, temos de refundar tudo, para partir do zero, por isso tem e vai continuar a retirar todos os direitos aos trabalhadores,  retirar-lhes o poder de compra,  enche-los de medo, de tal forma que ao ficarem zerados como cidadãos, irão então aceitar todas as medidas de refundação que lhes quer impor ...(a isto Manuela Ferreira Leite não tem dúvidas em referir, que os objectivos deste PSD/CDS serão conseguidos quando estivermos todos mortos!).


Devemos ser fatalistas  , como se os desígnios de Passos Coelho e seus amigos da Goldaman Sacks, fossem divinos, tipo : "...queiramos ou não , é para lá que estamos a ser empurrados" ?


A atitude que é necessária é a contrária , é de luta pela queda imediata deste Governo, que está sustentado numa percentagem de cerca de 30% dos eleitores portugueses, enganados fraudulentamente por este PSD/CDS, e sustentado pela paralisia doentia de um PR que não o é!


Se este Governo está, desde que tomou posse,  zerar os direitos dos trabalhadores, as centrais sindicais ao invés de colaborarem nessa via suicida, devem exigir ambas, a queda imediata do Governo, a sua substituição por um Governo que cumpra as orientações do conselho Económico Social as quais preconizam um caminho contrário ao do actual desgoverno: primeiro a renegociação da dívida, depois racionalizar planeadamente o Estado. É que com os milhares de milhões de euros a pagar pelos juros da dívida não há refundação que salve o país, e seguir por aí, sem renegociar a dívida e seus juros, apenas significa, como tem acontecido, continuar a destruir a economia e as famílias.


A refundação absolutamente necessária diz respeito prioritariamente à dívida soberana, e é isso que o Governo tem de impor ao FMI/UE, e não como está fazendo, a  usar o FMI e conluiado com o FMI/UE a procurar  destruir o país, a sua economia, as suas PME, as suas famílias!


Cabe-nos a nós cidadãos eleitores, cabe às associações sindicais, cabe aos movimentos cívicos, sairmos á rua massivamente, durante uma semana inteira se necessário, com tendas de campismo, e exigirmos a queda imediata deste desgoverno, que quer estrangular os reformados e os trabalhadores, quer arrastar para a insolvência as PME ainda resistentes, quer obrigar os portugueses jovens e adultos a dizerem "adeus pátria", querem continuar a entregar os recursos nacionais soberanos ao capital estrangeiro, quer pôr o país de pernas para o ar e de bandeira invertida!


É necessário termos de imediato um Governo que imponha ao FMI/UE a renegociação da dívida e seus juros excessivos que estão a esmagar  o orçamento, e não como o está fazendo o Governo, destruir o estado social para depois continuar sem solução, enquanto não renegociar a dívida e os juros excessivos (os quais este ano são superiores a 9 mil milhões de euros).

E o novo Governo deve anular de imediato as PPP fraudulentas denunciadas pelo tribunal de Contas, deve parar de imediato com as rendas milionárias para a EDP, deve de imediato confiscar os bens e as fortunas dos que fizeram o buraco fraudulento do BPN, deve de imediato obrigar a uma auditoria independente do Banif antes que se torne no novo BPN, e deve obrigar ao corte imediato das gorduras do estado relativas aos pareceres milionários das sociedades de advogados, da contratação dos jovens baronetes para os gabinetes ministeriais, ..., e nesses consumos intermédios sem controlo, encontrará por certo muitos milhares de milhões com cheiro a corrupção que poderão ser eliminados da despesa orçamental. 

sábado, 5 de janeiro de 2013

LUTAR CONTRA E IMPEDIR O "BEM" DE UNS POUCOS À CUSTA DA CRUELDADE E VIOLÊNCIA SOBRE OS ANIMAIS E A NATUREZA!

 Unir numa causa só a trilogia: humanos, não humanos e natureza, será saudável? Nós humanos temos sido "predadores" quer do planeta quer dos animais. Não será essa causa única um negócio leonino pensado por humanos, a favor dos humanos? Até que ponto os animais selvagens desejarão a nossa proximidade? Talvez pretendam é que os deixemos sossegados no seu habitat natural ...

É necessário lutar sem tréguas CONTRA os interesses económicos dos SERES HUMANOS donos dos circos, que não hesitam em retirar animais selvagens do seu habitat natural, para os colocarem em jaulas minúsculas nos seus camiões! O BEM dos empresários do circo, quando fazem essa crueldade CONTRA os animais selvagens é contrário do bem desses animais, e deve ser combatido, e esses cidadãos que fazem negócio à custa dessa crueldade (das mais violentas que há pois condena-se um animal a viver preso toda a vida, só para render 30 dinheiros) devem ser obrigados a parar com essa actividade criminosa.


O caso dos circos e das touradas são dois exemplos que marcam a necessidade de lutarmos pelo BEM dos animais selvagens, defendendo esse bem CONTRA os interesses desses seres humanos que querem ganhar dinheiro á custa dessa crueldade !


Os seres humanos explorados, que depois de uma jornada de trabalho de oito horas, não ganham o suficiente para pagarem a casa, a saúde, a educação e a alimentação da sua família, e no entanto estão numa situação potestativa, que os obriga a trabalhar para sobreviver, compreendem perfeitamente e são solidários na luta CONTRA os interesses económicos dos seres humanos que impõem o sofrimento do animal touro (que igualmente é colocado numa situação potestativa que o submete ao sofrimento e crueldade para garantir riqueza AOS SERES HUMANOS que beneficiam dessa crueldade), e compreendem perfeitamente e são solidários na luta CONTRA os interesses económicos que impõem o sofrimento dos animais selvagens tornados prisioneiros perpétuos em jaulas minúsculas nos camiões dos circos, apenas para garantirem riqueza aos SERES HUMANOS empresários do circo. Compreendem e são solidários nas lutas concretas CONTRA a indignidade cometida por alguns seres humanos, contra esses animais vítimas de crueldade em nome do lucro que proporcionam aos donos desses negócios, assim como compreendem e são solidários na luta CONTRA os interesses dos seres humanos que exploram e incentivam as redes de exploração sexual de seres humanos, que fazem riqueza com esses actos criminosos face à lei civil e face à lei natural.


O BEM e a solidariedade activa concreta dos seres humanos, para com o bem estar dos animais e da natureza, pressupõe a luta CONTRA os interesses dos seres humanos que querem e não hesitam em querer sempre ganhar mais riqueza á custa dessa crueldade, manipulando e corrompendo o poder político para elaborar leis favoráveis a essa corrupção.


Como tal pressupõe também a solidariedade e a luta pela DEMOCRACIA DIRECTA E PARTICIPADA, por forma a evitar a corrupção do poder político que permite essas formas de crueldade sobre os animais e sobre a natureza, e para permitir desconstruir o sistema jurídico que determina e favorece a renovação incessante da prática dessa crueldade, a qual apenas SERVE os interesses dos seres humanos donos desses negócios, mas impõem dessa forma que seja cometida de forma continuada e sistemática, violência e crueldade CONTRA seres humanos ou não humanos e contra a natureza.


E essa prática de democracia directa e participada deve em primeira mão ser exigida e praticada pelos militantes dos partidos políticos, o que pressupõe o respeito pela liberdade de opinião e expressão de todos os militantes -direito esse aliás imposto pela CRP aos próprios partidos políticos!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

UM PONTO DE VISTA SOBRE O LADO "A" E O LADO "B" DO PAN !

I - O LADO "A" DO PAN

O lado A da moeda tem a face de Paulo Borges: Professor de Filosofia e assumido "militante" da filosofia / teologia  Budista.

Como Presidente do PAN, desde o seu primeiro congresso, Paulo Borges  tem sabido defender  com grande coerência conceptual a trilogia "Pessoas Animais Natureza", assente numa visão holística do universo, e guiada por valores éticos universais, no sentido em que os valores defendidos pelo PAN não se limitam à esfera antropocêntrica (aos valores humanistas) , pois defendem o direito aos direitos dos animais sencientes e o respeito pela  natureza.

O defesa dos valores éticos universais, assumidos pelo PAN, condimentados pela filosofia da "compaixão e perdão incondicional" conduziu ao lema sintetizador do objectivo político central do PAN traduzido na frase  "Pelo Bem de Tudo e de Todos".

Portanto o PAN tornou-se sob a Presidência de Paulo Borges num partido maravilhoso, que deveria ser adorado por todos os que desejam o "bem de tudo e  de todos"! Há no entanto uma questão essencial, que o PAN ,  não  discute: o porquê de vivermos numa sociedade extremamente desigual, com grandes injustiças sociais, na qual meia dúzia de famílias (donas dos grandes grupos económicos) enriquecem incessantemente, e como consequência o resto da população fica reduzida ao remedeio ou mesmo à marginalização e miséria económico-social.

Assim sendo, o PAN, acaba por defender o "bem de tudo e de todos" de forma "infantil", no sentido em que é bonito dizer-se essa frase bem alto, para quem a diz e para quem a ouve, mas de facto é uma frase  que é inconsequente no plano da transformação de uma sociedade, caracterizada pela exploração  determinada pelos grandes interesses económicos dominantes, os quais subordinando o poder político-jurídico,  impõem em benefício próprio, a exploração dos demais seres humanos, a exploração dos animais e da natureza, os quais para esses interesses económicos são considerados como  factores de produção, e como tal subordinados ao princípio fundamental do máximo lucro, cujo direito à apropriação lhes é juridicamente determinado.

O  PAN, ao  não querer  reconhecer as causas económico-sociais e os factores político-jurídicos  determinantes da exploração dos seres humanos, dos animais e da natureza, acaba não só por deixar "tudo na mesma", mas com a agravante de,  estar a  "branquear" essas condições de exploração, as quais reproduzem de forma sistemática a situação de crueldade e violência económico-sociais e político-jurídicas sobre as pessoas, os animais e a natureza.

A práxis política do PAN subjacente ao lema "pelo bem de tudo e de todos" torna-se incapaz de abolir com as reais condições de exploração dos seres humanos, dos animais e da natureza, já que nem sequer identifica as causas e os factores determinantes dessa exploração reinante na sociedade, e como tal arrisca-se de facto a meramente combater "moinhos de vento" , sempre em nome do bem de tudo e de todos, mas deixando tudo na mesma!

Ao lema, "pelo bem de tudo e de todos" o PAN acrescenta  ser um partido completo, inteiro, que une a causa humanitária, animal e ambiental, numa só!".  E essa forma de pensar conduz a uma prática de difusão dos valores de cima para baixo, a uma prática em que a direcção  do PAN reune e determina de forma sapiente as  orientações para as bases, recomendando mesmo o silêncio pois a discussão gera ruído e conduz à não concórdia!         

Claro que tal prática centrípeta da liderança do PAN inerente à liderança de Paulo Borges conduz inevitavelmente ao afunilamento das ideias do PAN e também à censura dentro do PAN:  só as orientações da Direcção, são  ajustadas ao bem do PAN e ao bem de tudo e de todos! Por isso as bases do PAN, com esta práxis  acabam por nem saber de que terra (partido) são, pois para não haver discordâncias, gera-se a censura interna e  o silêncio como prática quotidiana do PAN, aconselhando-se por outro lado às bases,  que pratiquem a meditação...!

Ou seja o PAN do lado "A" , para além de adoptar uma prática política inconsequente ("pelo bem de tudo e de todos" é uma afirmação que pode ser afirmada quer pela Igreja católica, quer pela UGT, quer pelas associações empresariais, sem problema algum, pois em nada modifica a realidade social) conduz a um elitismo fechado, ao afastamento e distanciamento das bases, através da prática de uma censura interna assumida de forma natural pela Direcção,  não se gerando em consequência a indispensável discussão livre de ideias nas bases, e conduzindo pelo contrário à sacralização (culto da personalidade) da própria liderança, a qual vai reforçando a ideia da sua sapiência junto das bases.



II - O LADO "B" DO PAN

Obviamente que se trata à partida, de um movimento que parte do activismo dos militantes do PAN inconformados  com a "paz de cemitério" reinante, e sentem que é necessário fazer algo para que o PAN tenha vida para além da meditação!

O lado B do PAN, com liderança assumida por António Rui Santos,  está mais ligado às associações dos amigos dos animais, às suas preocupações e problemas concretos, aparecendo com uma conotação marcadamente mais "animalista": as pessoas no lado B do PAN são consideradas fundamentais para dar voz a quem não a tem, na luta contra a crueldade e violência a que estão sujeitos os animais em causa no quotidiano da nossa sociedade.

No entanto a vertente humanista está presente no lado B do PAN, uma vez que é reconhecido pelo lado B do PAN que o bem estar e a qualidade de vida das pessoas é fundamental para garantir o bem estar nomeadamente dos animais de companhia.

O lado B do PAN é por isso caracterizado por um grande activismo das bases, e por uma grande aproximação e preocupação com os problemas concretos dos animais, e daí a sua ligação estreita às associações zoófilas.

Igualmente a vertente do respeito pelo equilíbrio dos ecossistemas naturais tende a ser assumido pelo lado B do PAN, em termos concretos, na luta concreta para resolver os problemas que afligem as populações em causa.

Portanto para o lado B do PAN  é fundamental a práxis política assente no dinamismo das bases, e na sua aproximação às organizações cívicas, amigas dos animais e da natureza, prontificando-se para liderar a luta e a resolução dos problemas concretos em causa. Como tal o PAN do lado B, é levado a caracterizar-se pela participação activa de todos os militantes, nascendo as orientações do partido directamente da discussão nas bases, discussão essa centrada fundamentalmente  na determinação de qual a práxis política mais adequada à resolução dos problemas concretos e à afirmação do PAN na liderança dessa luta no terreno.

O PAN sob a liderança do lado B, só poderá ser um partido vivo, com grande discussão de ideias nas bases, mas ideias essas viradas não para a discussão conceptual e teórica, mas  para a resolução dos problemas concretos dos animais e ecológicos, que pretendem de facto ajudar a resolver. As ideias do lado B do PAN têm a ver com a realidade do quotidiano, e são orientadas pela luta concreta pelo bem dos animais e da natureza, sem necessidade de enquadramento teórico  numa linha filosófica ou teológica, pois o lado B do PAN é movido não só pela solidariedade concreta das pessoas com as pessoas, mas fundamentalmente pela  solidariedade concreta das pessoas pelos animais e pela natureza.
 

III -  DIFERENÇAS FUNDAMENTAIS   ENTRE O LADO "A" E O LADO "B" DO PAN !

1- Quanto à linha conceptual:

- O lado A do PAN faz o enquadramento teórico da práxis política do PAN , assumindo uma visão holística e teológica, consagrada na defesa da unidade da causa das  pessoas, animais e  natureza;

- o lado B do PAN assume uma práxis política virada para a conquista das pessoas amigas dos animais e da natureza, levando-as a envolverem-se na resolução concreta dos problemas enfrentados pelos animais e pela natureza. A visão do lado B do PAN é eminentemente teleológica, pois busca atingir fins ligados ao bem estar concreto dos animais e da natureza.


2 - Quanto ao dinamismo partidário:

- o lado A do PAN caracteriza-se por uma prática "elitista" que se assume "sapiente" perante as orientações que dirige para as bases. As bases tendem a afastar-se e a  distanciar-se da sua liderança e a mostrarem desconhecimento do que está a ser feito pelo PAN, pois a discussão livre de ideias é oficialmente travada pela direcção, por forma a evitar ruído e discordâncias indesejáveis face ás linhas de orientação traçadas de cima para baixo;

- o lado B do PAN caracteriza-se pelo activismo político das suas bases, fomentado naturalmente pela direcção, já que pela natureza dos seus objectivos ligados á resolução dos problemas concretos enfrentados pelas associações respectivas, tenderá a estar no terreno, lutando lado a lado com essas associações para resolver os  inúmeros problemas concretos  ligados à crueldade e violência de que são vítimas os animais respectivos e os problemas concretos ligados aos equilíbrios ecológicos: onde estiver um animal em sofrimento, seja humano ou não humano) o lado B do PAN faz questão de dizer presente!
O lado B do PAN incentiva a livre discussão de ideias nas bases, da qual surgirão propostas concretas para a actuação quotidiana e para a práxis política  do PAN, e como as bases conhecem melhor os problemas a resolver, então terão um papel central na definição das orientações da práxis política do PAN as quais tendem  a subir das bases para a Direcção.


3 - Quanto ao futuro do PAN

- a práxis política elitista que caracteriza o lado A do PAN tenderá a crescentemente conformar as bases militantes com uma "paz de cemitério", inerente à defesa militante da meditação, e á desvalorização intelectual da luta e do empenhamento do PAN no terreno visando a resolução de problemas concretos.
Por isso o lado A do PAN tenderá a reforçar o culto da personalidade dos seus dirigentes, os quais tendencialmente tenderão a ser mais "chefes" que "líderes" do PAN, já que tendem a perder uma ligação real às bases, assumindo-se antes como "educadores" das mesmas.
O lado A do PAN dificilmente fará crescer o número de militantes de forma significativa, pois os militantes serão levados de forma natural a reflectirem sobre o que estão  a fazer e o o quê no PAN, se nem sabem ás quantas anda o PAN!

- a práxis política do lado B do PAN por que assente no activismo das bases, privilegiando a ligação à resolução dos problemas concretos dos animais, tenderá a promover um estreitamento de actuação com as organizações cívicas  amigas dos animais, e por essa via tenderá a afirmar o PAN como um partido vivo, no terreno, e com bandeiras concretas nas lutas pelo bem das pessoas nomeadamente se esse bem estar afecta o bem estar dos animais, e na mobilização das pessoas (a começar pelos militantes) amigas dos animais para a resolução dos problemas de violência e crueldade a que estes são sujeitos e para os problemas concretos relativos aos equilíbrios ecológicos, sempre que estes sejam postos em causa..
O lado B do PAN por que mais cimentado com o terreno das lutas concretas, tenderá a ser  menos teórico, e menos conceptual, mas mais amigo da democracia directa e participada dos seus militantes, e como tal, tenderá a afirmar o PAN com maior pujança no crescimento do seu número de militantes e simpatizantes, com óbvios resultados positivos ao nível eleitoral!