segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O NOVO PARADIGMA : A TOMADA DO PODER PELOS ELEITORES!

A apropriação privada da riqueza socialmente produzida, é a marca essencial do modo de produção capitalista.
A acumulação e concentração dessa riqueza em poucas mãos, os acionistas das maiores multinacionais dos diferentes subsetores produtivos, arrasta consigo o poder político, e o resultado é que a democracia representativa é "tomada" por esse poder económico, em favorecimento do qual o poder legislativo "democrático" opera, sendo que a estrutura jurídica fica conformada de acordo com os interesses económicos particulares em detrimento do bem comum e do interesse geral. Aliás opera-se uma difusão da ideologia "neo-liberal" a qual tende a afirmar nas sociedades que o interesse geral se confunde afinal com o bem dos grandes interesses económicos particulares.
A exponencial concentração do dinheiro em poucas mãos, o "capital financeiro, contribuiu para facilitar a globalização do grande poder económico capitalista, e a busca incessante do "máximo lucro" e de maiores taxas de lucro, levou à multiplicação da criação da moeda, de forma fictícia, desligada da própria produção real da economia, arrastou para a ribalta os designados "produtos derivados", em que já não são jogados apenas as expetativas de preços de produtos reais , mas também de produtos meramente imaginados pelo próprio setor financeiro.
Ora as "pirâmides financeiras" deixadas à solta (os detentores do capital financeiro tornaram-se nos novos senhores do mundo)  por exigência dos neo-liberais (ao serviço do capitalismo assuma este a forma que assumir) geraram a produção da riqueza sem criação de riqueza, uma riqueza fictícia, que esboroou com a crise do "subprime", a qual se espalhou por toda a europa, e atingiu em cheio a economia real, da qual viviam empresários e trabalhadores dedicados à produção dos tais bens transacionáveis, implicando ajustamentos que castigam invariavelmente quem está na base da criação da riqueza, favorecendo em contra partida os grandes detentores do poder económico ...
A verdade é que o sistema capitalista de produção, uma vez que se baseia na premissa fundamental, da apropriação privada da riqueza socialmente produzida, é socialmente  imoral, e só perdura por que os detentores do poder económico dominam efetivamente os pilares do poder legislativo inerente ao funcionamento das democracias de poder representativo.
Mudar esse sistema, implica não só a educação permanente para o desenvolvimento sustentável, nos seus parámetros económico, social, do respeito pelo habitat animal e dos equilíbrios dos ecossistemas, da evolução sócio cultural no sentida da solidariedade, da fraternidade e da equidade social, mas também implica uma "tomada do poder político" pelos eleitores!
Essa tomada do poder político pelos eleitores será mesmo a única forma de obrigar de fato os políticos eleitos a seguirem o interesse geral e não a favorecerem os grandes interesses económicos particulares.
Essa tomada do poder político pelos eleitores consubstanciar-se-á no aprofundamento da democracia participativa, nomeadamente o fim da domocracia representativa, a qual consagra um dia de democracia de quatro em quatro anos, e que por isso submete os eleitores à ditadura do poder democrático dos políticos eleitos, os quais são facilmenta manietados pelo grande poder económico e financeiro.
A democracia política participada, a "demarquia", terá de seguir os passos da democracia semi-direta, pela qual os eleitores passarão a deter o poder de revogar as decisões políticas fraudulentas e atentatórias contra o interesse geral, nomeadamente através do referendo popular autónomo de todos os poderes políticos instituídos (como já é praticado por exemplo na Suíça e no Uruguai).  
Mas deveré evoluir para a democracia direta, na qua o controlo dos eleitores sobre o poder político, não permitirá o assenhoreamento deste pelo poder económico e financeiro , e fará vingar naturalmente o governo em prole do bem comum e do interesse geral da sociedade. 
A partir daí, da demarquia, será possível construir uma nova sociedade baseada nos valores da fraternidade da equidade social e do desenvolvimento sustentável, em benefício de tudo e de todos.

sexta-feira, 29 de março de 2013

DISSOLUÇÃO DA AR: depois de dois orçamentos inconstitucionais sucessivos qual a alternativa?

Os deputados do PSD/CDS demonstraram em dois anos sucessivos, que a sua arrogãncia e cega obediência aos ditâmes do Governo evidencia a sua  incapacidade para legislarem de acordo com a CRP,  e daí a necessidade da dissolução da AR pelo PR respectivo (temos PR ?).  

O parecer do TC revelou e acentuou  a desorientação do Governo PSD/CDS, da maioria dos deputados que docilmente integram essa maioria ao dispor do PSD/CDS, e do próprio Cavaco Silva, que com a sua atitude displicente de não solicitar o parecer preventivo do TC ao orçamento 2013, também contribuíu para a desorientação geral da governação do país.
Perante a insistência doentia dos deputados do PSD e do CDS em permitirem e colaborarem com orçamentos inconstitucionais, a medida mais correcta seria inequivocamente a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas.
No entanto a vida democrática portuguesa tem andado enviesada devido ao percurso sinuoso de Cavaco Silva, o qual ao invés de cumprir e fazer cumprir a CRP parece apostado em manter custe o que custar este des-Governo do PSD/CSDS ao leme do país. 

É curioso ver o posicionamento : dos partidos políticos:


- Os partidos parlamentares PCP, PS, Os Verdes, denunciam o caminho errado do Governo, sabem (todos sabemos) que o país e os portugueses estão a ser arrastados para o holocausto, mas só agora parecem ter acordado para a necessidade imperiosa da demissão deste desgoverno (depois de mais de novos  trezentos mil desempregados)!


Dos partidos não parlamentares mais votados (os quais por atingirem 1% dos votos (têm direito a subsídio de dinheiros públicos dos nossos impostos !!!!!!):
- do MRPP nem se ouve um pio;
- do PAN  não se vê iniciativa política de exigir  a demissão deste Governo. Os apelos à meditação como solução para todos os problemas de Portugal e da Humanidade, continuam, mas estranhamente não se sentem quaisquer efeitos positivos, pois a situação tem piorado dia a dia;

Em cada dia que passa  ficamos sempre pior: mais dívida, menores receitas fiscais, ..., mais austeridade imbecil do Gaspar/Coelho e sua comitiva ao serviço do neo-liberalismo que apenas serve os interesses da banca internacional , tutelados pelo PPE da UE onde estão integrados o PSD de Coelho  (e o CDS de Portas) e o Partido Conservador Alemão da Srª Merkel!

A lucidez do Conselho Económico Social, que considera fundamental impor á TROIKA a imediata renegociação da Dívida e dos seus juros excessivos, pois sem este problema estar bem resolvido e bem negociado, não é possível resolver nenhum outro problema, (pois os juros da dívida absorvem  toda a margem orçamental) apenas está a ser seguida de forma coerente  pelos apelos nesse sentido pelo PS e pela liderança de Seguro.

No entanto como referido de forma coerente e lógica pelo BE, a dívida soberana tem uma parte especulativa, a qual tal como os 75% dos juros devem ser anulados (não podemos nós contribuintes pagar juros a 4%, quando os Bancos vão buscar o dinheiro ao BCE a 1%: isso seria consentir no enriquecimento ilícito dos Bancos nacionais e internacionais, à custa do esmagamento dos contribuintes e do Estado Social (da educação e saúde pública nomeadamente).

Errar é humano, mas é demais permitir que este desgoverno PSD/CDS continue a querer repetir o erro,  ao insistir em medidas de austeridade que não resolvem os problemas do défice orçamental nem da dívida e seus juros excessivos, e que só agravam a ruína económica do país, e promovem desempregados ás centenas de milhar, para além de ao mesmo tempo que são alienadas as melhores empresas públicas, a dívida soberana aumenta (já vai nos 123% do PIB, ou seja está no ponto da insolvência do país!

Decretar o fim deste Governo  do PSD/CDS  (Coelho, Portas e Gaspar) é já um dever patriótico que não pode ser ignorado pelo PR, pela AR, pelo Conselho Económico-Social: este desgoverno PSD/CDS não pode continuar de forma totalitária a impor a sua ditadura TRI-Pessoal ao País, conduzindo-o em cada dia que passa para o holocausto económico social e financeiro!

É fundamental sair das novas eleições um mandato popular que dê força ao novo governo para impôr à TROIKA , à UE e FMI o interesse nacional e dos portugueses, e de responsabilizarmos a UE/FMI pela ruína económica, social e financeira do país, se não for imediatamente anulada a dívida soberana e os juros especulativos que esmagam actualmente a economia poprtuguesa! 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

PARECER DO TC E ALTERNATIVAS À INCOMPETÊNCIA DE COELHO E GASPAR!

I - IMPLICAÇÕES DA DECISÃO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

Obviamente que a decisão do TC foi honesta, e limitou-se a impedir o abuso do poder deste des-governo PSD/CDS, o qual se habituou a não respeitar os portugueses que vivem do seu trabalho, e que enveredou por uma política económica e social afrontadora da CRP e da DUDH.
A decisão do TC seria ainda mais honesta se tivesse banido a taxa de solidariedade extraordinária, aplicada aos reformados, pois estes são sobrecarregados pela imbecilidade de Gaspar, e  injustificadamente, na sua carga fiscal, relativamente aos trabalhadores do activo.

O desvio de receita provocado pelo abusivo comportamento anti-constitucional do governo PSD/CDS e aprovado pelos deputados dependentes desses partidos, de cerca de 1,5 mil milhões de euros, pode ser facilmente corrigido pelo governo: basta que este anule as PPP fraudulentas (assim consideradas pelo Tribunal de Contas), ou que reduza substancialmente as rendas milionárias para a EDP (Mexia encaixou mais de 3 milhões de rendimentos pessoais em 2012, á custa do aumento dos preços da electricidade aos consumidores), ou até que exproprie as fortunas existentes nos off shores, pertencentes aos barões militantes do PSD que fizeram a fraude no BPN.

Mas Cavaco Silva, não pode persistir na sua covardia de considerar que o facto de existir uma maioria do PSD/CDS na AR pode justificar a permissão da continuação da destruição da economia portuguesa e do nosso país, por este des-governo do  PSD/CDS.
Os deputados já revelaram a sua dependência partidária, ao aprovarem estupidamente e de forma autista, dois orçamentos com inconstitucionalidades graves, demonstrando dessa forma que a função fiscalizadora da AR não está a funcionar, e logo não está assegurada de facto  a separação de poderes entre o poder executivo e o poder legislativo. estando ambos sequestrados pelos partidos do poder.

Cavaco Silva sai muito mal desta história se não revelar o mínimo de coragem para:
-dissolver  a AR, ou
-empossar um novo Governo da área do PSD/CDS, mas liderado por quem tenha uma visão estratégica para o desenvolvimento sustentável do país, tal como parametrizado pelo Conselho Económico Social, ou seja que revele capacidade para uma renegociação prévia e prioritária da dívida soberana e dos juros da mesma, como forma de viabilizar a recuperação da economia portuguesa, e dessa forma permitir o real cumprimento da dívida soberana.


Obviamente que em cima da mesa tem de estar sempre a anulação da componente meramente especulativa da dívida soberana (juros de juros) e ainda a redução da taxa de juro para o nível máximo da taxa de juro do BCE, pois de outra forma a carga financeira dificilmente permitirá o reequilíbrio orçamental. 


II- A covardia de Cavaco Silva versus a incompetência deste des-governo PSD/CDS

Cavaco Silva tem acompanhado, virado espantalho,  a destruição da economia portuguesa, por este governo de impostores, o qual não tendo uma estratégia endógena para o desenvolvimento económico-social sustentável  do país, se agarrou religiosamente  ao programa  da TROIKA, aplicando sadicamente inclusive, o dobro da austeridade nesse programa prevista, fazendo incidir catastroficamente essa austeridade sobre os rendimentos do trabalho, como se esses rendimentos não estivessem já em demasia esmagados no nosso país (menos de 40% da riqueza nacional vão para o trabalho em Portugal, enquanto na UE pelo contrário a regra é a distribuição da riqueza para o trabalho ser superior a 50%).
Ao invés de ter apostado desde logo numa reforma séria e estrutural do Estado, que levasse nomeadamente ao encolhimento significativo do despesismo parasitante da classe política (por exemplo cortando em 50% o nº de deputados e de autarcas, obrigando a que os candidatos quer a deputados quer a autarcas tenham obrigatoriamente formação técnica superior na área da Economia  da Gestão e do Direito, por forma a evitar a má governação e a abusiva contratação de assessores técnicos), o governo PSD/CDS assentou as suas baterias na redução do poder de compra dos cidadãos, promovendo um brutal aumento de impostos, o qual apenas tem servido para provocar o caos económico-social no país.
Cavaco Silva em vez de intervir, fazendo cumprir a CRP, tem-se  afinal comportado como um fiel cúmplice de uma política económica e financeira inconsequente levada a cabo pelo Ministro Gaspar, a qual apenas tem servido para ficarmos sem as melhores empresas públicas, e para o país e os portugueses ficarem mais pobres e com um desemprego monstruoso. O défice orçamental continua e a dívida soberana aumenta, e não temos a mínima possibilidade de pagarmos sequer os juros excessivos da dívida.  


III - Urge impedir que a UE , FMI e a  ALEMANHA , destruam a soberania económica portuguesa!

 UE  e o FMI , falam da necessidade de promover o crescimento económico, e depois enviam-nos uns técnicos com a missão específica de provocar mais recessão económica, mais falências e mais desemprego!

E foi isso que foi praticado com a Grécia e levou a grécia e os gregos ao holocausto financeiro e económico-social!


E é isso que vem sendo praticado e imposto ao nosso país e aos portugueses, e tem conduzido o país para a ruína económica, para a falência e insolvência de PME e famílias e para um desemprego galopante, sem que seja resolvido o problema da consolidação orçamental e o problema da dívida soberana, a qual pelo contrário aumenta como nunca visto!

Já o Conselho Económico Social tinha avisado o Governo a propósito dos orçamentos de 2012 e 2013,   de que,  sem a renegociação séria da dívida e dos juros da dívida nenhum problema poderia ser resolvido, e tudo pioraria!

Ao pretender espoliar as pessoas que vivem dos rendimentos de trabalho, este Governo PSD/CDS, está a a revelar o seu desprezo para com os cidadãos que realmente criam a riqueza nacional, da qual são espoliados pelos grandes interesses económicos.

Estupidamente este Governo PSD/CDS lá vai tapando as suas asneiradas com as vendas das melhores empresas públicas ao capital estrangeiro, alienando a soberania económica nacional. No entanto isso para nada serve, pois os juros da dívida soberana impedem o equilíbrio das contas públicas e aumentam a dívida soberana. António José Seguro ao responsabilizar directamente os mentores da política de austeridade, ou seja Barroso, Dragui, Laguarde, Merkel, deu uma lição de Mestre:

- em primeiro lugar ao Presidente da República, que o deixou de ser há muito tempo, mas que nem sequer tem coragem para resignar ao cargo, e também já nem tem coragem para sequer se dizer honesto depois de conhecidas publicamente as vigarices das mais valias do BPN;

-em segundo lugar ao Governo PSD/CDS, a Gaspar, Coelho e Portas, os quais se têm comportado como bobos da corte e como vendilhões da soberania nacional ao capital estrangeiro, ao mesmo tempo que provocam o holocausto financeiro e económico social dentro do país.

 
Como é possível a CGTP e a UGT permitirem que este Governo ponha na miséria dezenas de milhares de famílias de portugueses, ponha no desemprego centenas de milhares de trabalhadores, entregue ao capital estrangeiro os recursos naturais soberanos, promova o maior aumento de impostos de que há memória, ao mesmo tempo que aumenta o défice orçamental e a dívida soberana? Por que não decretam uma greve geral ilimitada, exigindo a demissão imediata deste des-governo?. 

Se a UE e o FMI querem que o nosso país e os portugueses vão para o holocausto, pois que o assumam! Caso contrário façam aquilo que sabem que têm de fazer sem demora: promovam uma anulação  parcial da dívida soberana (a meramente especulativa) e reescalonem o seu pagamento, e reduzam as taxas de juro para níveis não superiores ás do BCE.  

Este Governo PSD/CDS e este Presidente da República, que já demonstraram demais a sua insensibilidade e a sua incompetência para a gestão eficiente da vida pública e para respeitarem a CRP,  não merecem estar nem mais um dia à frente dos destinos do nosso país!




sábado, 16 de fevereiro de 2013

ONDE A CORDA DO GOVERNO PASSOS COELHO PODE PARTIR !

Passos Coelho revelou  a sua práxis política: esticar a corda ao máximo, mas sem a partir!
Em primeiro lugar vejamos do que está Passos Coelho a falar, isto é quais os interesses que Passos Coelho está a defender e quais os interesses, que em benefício dos interesses defendidos por Passos Coelho, estão a ser esticados. 

Uma vez que desde que tomou posse o Governo PSD/CDS, as suas medidas foram invariavelmente no sentido de beneficiar os interesses do capital estrangeiro, dos banqueiros e dos grandes grupos económicos, adoptando para esse efeito medidas que visaram a retirada de direitos a quem trabalha, a baixa do custo do trabalho, a retirada de rendimento disponível aos trabalhadores e reformados, e para conseguir tudo isso não hesitou em lançar o país na recessão económica crescente e contínua, mandar para a insolvência milhares de PME, e promover o desemprego galopante e um exército de desempregados permanente, como forma de pressionar a baixa contínua dos salários nas empresas privadas, para depois com base nesses baixos salários serem "abaixados" os salários da função pública.

Portanto de um lado da corda, estão os interesses que comandam a política económica do governo:capital estrangeiro  (o qual  tem abocanhado as melhores empresas públicas); os banqueiros (os quais têm feito um negócio da "china" ao ganharem centenas de milhões de euros, à custa do diferencial de taxas do BCE -aonde vão buscar o dinheiro a 1% - e as taxas da dívida soberana -emprestam esse dinheiro a mais de 4% ao Estado); os grupos económicos  monopolistas, como a GALP, a EDP (os quais praticam preços de monopólio - preços acima dos preços da concorrência se ela existisse de facto).

Do outro lado da corda estão os interesses de quem tem de trabalhar (ou já trabalhou) para assegurar a sua sobrevivência, de tal forma que esteja apto no "dia seguinte" a continuar a trabalhar.

Vejamos então o que Passos Coelho quer dizer ao referir que não vai deixar a corda partir, ou por outras palavras, não vai matar as "galinhas de ovos de ouro", ou ainda, não vai deixar que "o burro morra por falta de alimento". Trata-se afinal de assegurar o mais baixo custo de trabalho possível a quem trabalha, e de retirar todos os direitos aos trabalhadores, mas sem que estes se tornem 100% escravos, pois que isso obrigaria os interessados (capital estrangeiro, banqueiros, grupos económicos) a assegurar a sua alimentação, saúde e educação, o que estes não querem de facto - e por isso pôem a sede das suas empresas em paraísos fiscais, ou fazem reverter os lucros para as suas SGPS, as quais antes foram isentas de impostos por "leis apropriadas"!

Que significa "não partir a corda" no que se refere aos reformados?

Os reformados são vistos como uma varável negativa do modelo económico financeiro de Passos Coelho e Gaspar, logo são uma variável a eliminar. Aqui o Governo na prática quer mesmo partir a corda!
Portanto o Governo de Passos Coelho no caso dos reformados, adopta uma práxis política NAZI sem qualquer disfarce: espolia-os progressivamente dos rendimentos das suas reformas, de tal forma que possam morrer mais depressa, e nunca é demais fazer-lhes saber que estão a mais na sociedade.  Para além do mais o seu trabalho passado enriqueceu o país, o que é contrário aos objectivos do governo Passos Coelho que assume até explicitamente querer o seu empobrecimento.
Os reformados estão para o Governo de Passos Coelho assim como os judeus estavam para o Governo de Hitler, por isso o desígnio é o mesmo: que morram e quanro mais depressa melhor!


Que significa "não partir a corda" no caso dos trabalhadores?

Em primeiro lugar o Governo de passos Coelho faz questão em  que eles saibam que se sobrevivem é por que o capital estrangeiro, os banqueiros e os grupos económicos, toleram a sua sobrevivência, por isso devem revelar total submissão a esses senhores e não devem ambicionar ter quaisquer direitos sócio-laborais: por isso retira-lhes progressivamente todos os direitos conquistados (das 8 horas, das horas extraordinárias, dos feriados, do direito a manter o emprego).

Tudo isso é efectuado com a benção das associações "patronais", e com o colaboracionismo esforçado da central UGT dita dos trabalhadores, mas só e efectivamente para melhor permitir que sejam "lixados" em favor dos donos do negócio.

Com um exército crescente de desempregados promovido deliberadamente pelo governo de Passos Coelho, fica assegurada a baixa contínua dos salários, e instala-se o "salve-se quem puder" entre todos os trabalhadores no activo e no desemprego; os mais espertos correm para a emigração, o que é também um objectivo de passos Coelho, nomeadamente se remeterem para cá os seus rendimentos de trabalho de emigrantes (não esquecer que um trabalhador lá fora ganha numa semana o que um trabalhador ganha cá dentro num mês!).

Partir a corda no caso dos trabalhadores seria na óptica do governo de Passos Coelho, que os mesmos assumissem que de facto são escravos e portanto começassem a exigir aos seus donos esclavagistas que lhes dessem alimentação, habitação, saúde e educação!
Não faltava mais nada! Se a escravatura  fosse mais rentável para os donos do negócio, nunca teria sido abolida!

Por isso é importante para o Governo de Passos Coelho que os trabalhadores acreditem na CGTP e que esta central sindical que sempre pôs os trabalhadores a correr atrás da inflação (a CGTP está ao serviço da estratégia política  do PCP e não ao serviço da luta por melhores salários dos trabalhadores)   fique satisfeita por ter mais trabalhadores descontentes nas suas manifestações, e que claro saiba domestica-los! O PCP é que sabe, e como é um partido perdedor em termos do poder político, os trabalhadores são também perdedores.
A CGTP e o PCP, bem como o BE  só seriam ameaças se conquistassem o poder político, mas os "media" ao serviço dos donos do negócio, encarregam-se de assegurar que os eleitores tenham a cabeça ocupada com o futebol e com Fátima, e que na hora certa votem como lhes é aconselhado pelos próprios "media", com a conivência dos dirigentes do futebol e da igreja , os quais aliás beneficiam de elevados benefícios fiscais ...por isso mesmo!

Ao mesmo tempo difunde-se a ideia entre os que ousam abrir os olhos e denunciarem a corrupção do sistema (tornado cleptocrático) que o melhor é não votarem, para não caucionarem este sistema corrupto. Resultado só votam os fundamentalistas do futebol e de Fátima e nos mesmos (PS/PSD/CDS): uma maravilha pois estes partidos sabem comer na mão do dono (ou seja do capital estrangeiro, dos banqueiros e dos grupos económicos monopolistas).


Em suma não partir a corda para o governo de Passos Coelho:

- será  saber manter o PR encurralado no seu palácio presidencial, com medo do povo e com medo do seu passado de cidadão cavaco Slva, ligado às mais valias do BPN;
- será manter em su sítio o PCP, o BE e a CGTP, por forma a estes manterem os trabalhadores o quanto baste "domesticados", e a aceitarem ser tratados como escravos no trabalho, mas sem assumirem que são escravos (uma questão de rentabilidade, pois os escravos ficariam mais caros);

- manter os trabalhadores super explorados, sem direitos laborais, mas com força suficiente para se levantarem e irem de novo e de forma quotidiana, enriquecer os seus senhores (os donos do negócio);
- que a Igreja Católica mantenha uma influência relevante sobre a vontade divina de que haja pobres por um lado e ricos cada vez mais ricos á custa desses pobres, mas que seja o convincente suficiente para fazer acreditar esses pobres. de que terão á sua espera o reino dos céus (ao qual os ricos, não terão acesso, por que já têm o céu na terra, oferecido pelo Deus Dinheiro). 

Mas para o Governo passos Coelho a corda já pode partir:

- ao nível dos Reformados, os quais deveriam era assumir o suicídio, e se  não ganharem vergonha na cara (se começarem a protestar) até ficam obrigados a usar um dístico no peito a identifica-los: "REFORMADO";
- ao nível dos Desempregados, os quais devem assumir que estão a mais no nosso país e devem mesmo emigrar (nomeadamente os Jovens), e não se esquecerem de enviar para cá as suas remessas de emigrantes, pois isso dá geito à balança de pagamentos; Os desempregados já nos 50 e com desemprego em longa duração (ou seja sem hipótese de arranjarem trabalho de novo) devem ser considerados descartáveis tal como os reformados: todos "judeus";
- as Famílias, já são descartáveis pois afinal também só serviriam para aumentar ainda mais o exército de desempregados, os quais dessa forma poderiam ficar mesmo loucos e começarem a invadir as empresas ...para arranjarem trabalho por uma sopita. Famílias só para os donos do negócio, pois quem trabalha nem para si próprio ganha quanto mais para ter família!














     

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

OS SRS. VILÕES E A FÍSICA QUÂNTICA!

Cada macaco em seu galho: o pequeno vilão do pequeno roubo, para comer ou para dar de comer à família, nem vilão chega a ser, é um ladrãozeco, e o seu lugar é na cadeia, com um julgamento rápido e sumário!

Outra coisa, são os srs. Vilões esses sim, portadores de grande massa cinzenta, têm de estudar muito bem os seus golpes, por vezes têm mesmo de se fazerem passar por militantes de um partido político, daqueles que de vez em quando se empoleiram no poder, e até têm de se disfarçar de governantes!

Claro que fazem asneira da grossa, dão cabo do país, arruinam a economia, fazem valentes negociatas nos bastidores com a vendagem das empresas públicas aos capitalistas estrangeiros (já no futebol é a mesma mania, só negoceiam com jogadores estrangeiros! será por que assim o dinheiro fica logo nos offshores?).

Portanto tanta massa cinzenta, tanto estágio profissional (na Goldeman Sacks, no FMI, nos labirintos burocratas da UE, no Banco de Portugal, nos Gabinetes dos ministros, nas Sociedades de Advogados, na AR, ...) só pode dar negócio de milhares de milhões, caso contrário nem valia a pena mandar dinheiro para os off-shores!

E está tudo previsto, razão por que em Portugal nenhum sr. vilão que se preze é preso: as leis são pré-encomendadas para terem um significado e o seu contrário (condenam e perdoam ao mesmo tempo o Sr. Vilão) como sucede por exemplo nos mandatos dos autarcas: aplica-se e não se aplica, conforme as conveniências do partido que está no poder!

Se algo corre mal, bem aí haverá sempre um Teixeira dos Santos para nos dizer que para evitar um risco sistémico (ou seja o risco de acabar com a vilanagem) o BPN, ...tem de ser nacionalizado, isto é, como o Sr. Vilão já tem o dinheiro ao fresco, então terão de ser os contribuintes (o zé trabalhador e o zé reformado claro, até por que já aguentaram tanto pontapé, que estão sempre prontos a aguentar mais -o banqueiro tem toda a razão, claro). Claro que o Teixeira dos Santos não se engana no recado: só se nacionaliza o buraco da fraude, o bem bom da SLN (proprietária do BPN esburacado) essa continua em boas mãos (dos Srs. Vilões tá-se mesmo a ver!).

E para não haver dúvidas nos imbecis dos eleitores, para saberem em quem de facto devem votar, então os Juristas, Economistas, Gestores, (tudo vilõezinhos ao serviço dos srs. vilões) que trabalharam duramente, e penosamente silenciaram essas  meritórias fraudes  para que os Srs. Vilões tivessem todo o êxito, nada melhor que serem postos a governarem os que afinal tiveram de pagar as fraudes que os governantes fizeram em seu nome (pois os eleitors antes já tinham votado neles ...e no seu amigo (deles) Cavaco!

Nada mais bonito que ver um 1º Ministro (que tanto teve de lutar para conseguir uns chorudos contratos de formação ao seu amigo Relvas) a nomear  pa Secretário de Estado pessoas tão competentes (se o não fossem não teriam sido contratados pelos srs. Vilões) e também é adorável ver um Presidente da República a dar posse atais celebridades, pois isso demonstra que não esquece quem lhe proporcionou boas mais valias, propiciadas pela buraqueira do tal BPN!

É assim a vida dos Srs. vilões em Portugal, passam pelo Governo, passam pelos bancos, voltam ao Governo, onde conseguem distribuir milhares de milhões aos bancos, ....

Tudo isto é aliás muito parecido com a "física quântica": do nada aparece um Vilão, que se torna tudo, e depois de causar o buraco negro anti vilão, lá reaparece nas funções de soberania!

Isso demonstra de sobra o quão científicos e elaborados são esses Srs. Vilões e os eleitores não fazem nenhum favor em votar neles, e em pagarem alegremente os seus buracões! 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

POVO MARAVILHOSAMENTE ESTÚPIDO!


O povo português é um povo maravilhoso!
Gosta de ser governado só por aldrabões,
Partido mais votado terá de ser  mafioso!
Um povo desgovernado e aos trambolhões!

Finge acreditar nas promessas eleitorais,
Militantes com provas dadas na vigarice,
Dizem: connosco impostos novos, jamais!
Ganham as eleições: era tudo aldrabice!

Os militantes dos partidos dos governos,
O presenteia com uma  fraude colossal,
Logo o eleitor os considera fraternos,
E vota neles para remediarem o mal!

Elege um presidente cheio de mais valias!
Que noutro país nem se poderia candidatar,
Quem por baixo assinou contas "esguias",
Para secretário de estado toca a nomear!

Povo maravilhoso de imbecis eleitores,
Gostam de votar em políticos corruptos!
"São impostos" meus queridos amores, 
Povo maravilhoso aguentai estes frutos!  
     

domingo, 27 de janeiro de 2013

REGRESSEI AO MERCADO: tenho um novo cartão de crédito! Vou emigrar!

Ir ao mercado é  o que fazemos quotidianamente quando nos vamos abastecer de bens alimentares essenciais á nossa sobrevivência nos respectivos super e hiper mercados.
Compramos a dinheiro (quando o temos) ou com cartão de crédito (quando o temos, e enquanto  esse cartão tem plafond de crédito disponível). Os super e hiper mercados recebem o dinheiro de imediato, mas nós beneficiamos de crédito concedido pelo banco.

Mas se nós não pagarmos as prestações de crédito utilizadas, o banco corta-nos o crédito, para além de nos meter em tribunal e penhorar os nossos bens. E isso acontece quando por exemplo ficamos sem os rendimentos do trabalho, por a empresa ter declarado a insolvência, ou por termos sido despedidos, e  por não termos rendimentos alternativos.
Também deixamos de cumprir quando o Governo resolve expropriar parte dos nossos rendimentos, seja de forma directa (corte de subsídios de natal e de férias), seja por nos impor um enorme aumento de impostos (dizendo com humor negro que somos um povo maravilhoso sempre disposto a mais sacrifícios).
Como depois dessa expropriação pública dos nossos rendimentos do trabalho e da reforma, o nosso rendimento disponível passa a ser insuficiente: para pagar a prestação da casa, as propinas do ensino público, os passes do transporte, a alimentação, a saúde, ..., algo vai ficar para trás. Em geral começamos por entregar a casa ao banco, mas cedo chegamos á conclusão que temos é de emigrar com filhos e tudo, e dizer mesmo adeus pátria (até por que a pátria agora tem novos donos, anónimos, accionistas das grandes multinacionais, que até podem ser grandes traficantes da droga, seja farmacêutica, seja da outra (que é vendida a peso de ouro, por ser de venda proibida).
Mas se formos ao Banco e dissermos que temos um avalista, que em caso de ficarmos desempregados, ou mesmo totalmente insolventes, ele assumirá a nossa dívida, então o banco pode dar-nos um novo cartão de crédito, ou aumentar o plafond de crédito anterior.
A isso chama-se ir de novo ao mercado do crédito! Uma festa, pois apesar de ficarmos mais endividados, e de continuarmos a não imaginar sequer como vamos pagar os juros da dívida anterior (a nova dívida só pode ser mesmo para esquecer) , acabamos por ganhar uma grande vantagem nova: a de nos endividarmos mais!
O nosso Governo faz o mesmo, e o avalista chama-se BCE.
Ora se o Governo faz o mesmo, então é por que a economia portuguesa vai começar a enriquecer , em vez de milhares de novas falências, iremos ter novas PME resultantes de novo investimento, como isso representa mais negócio, então os nossos salários irão aumentar, pois caso contrário as novas PME iriam de novo á falência pois não teriam a quem vender, e com isso, o estado irá ter mais receitas fiscais, podendo afinal até baixar os impostos, o que irá propiciar ainda mais negócios novos, empregos novos, mais rendimento disponível nos nossos bolsos, logo até poderemos afinal começar a livrar-nos dos cartões de crédito ...
Mas e se a política de austeridade, quer dizer de expropriação pública dos nossos rendimentos de trabalho e de reforma continuarem? Lá irão as falências das PME continuar, o desemprego a disparar, os rendimentos a mingarem, ...
Não há problema, se o Estado está falido e ainda lhe dão crédito novo para ficar cada vez mais falido (o crédito novo começa a ser insuficiente para pagar sequer os juros do crédito velho), então por que haveria de ser diferente para nós trabalhadores e reformados? Além do mais já percebemos que neste país "dos outros" (do capital estrangeiro) já não nos safamos: salários de miséria, trabalho precário, impostos a comerem a prestação da casa .... Ora se vamos emigrar para que queremos os tarecos: os bancos que fiquem com eles, e que lhes faça bom proveito!
Azar azar seria mesmo alguém de nós, sobretudo ainda adulto jovem e com uma licenciatura para piorar, conseguir por cá um trabalho precário, mal pago, que nem para a renda de aluguer do quartito dá! 

Adeus pátria nem que seja para a Irlanda onde numa semana esse cidadão jovem português, ganhará numa semana o que em Portugal ganharia num mês, isso se tivesse o azar de conseguir esse trabalho escravo em Portugal!