quinta-feira, 29 de novembro de 2012

TERÁ A PALAVRA (AINDA) SUA EXCELÊNCIA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ?


Já que os partidos políticos da praça, permitiram que este orçamento que aponta inequivocamente (temos a experiência Grega e do ano 2012 para o podermos afirmar convictamente) o suicídio da economia e dos portugueses fosse aprovado, esperemos que o PR nos surpreenda e envie este "monstro Gaspar" para fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional!

Mas não é preciso esperar pelo holocausto de 2013, para sabermos já o que se está a passar neste ano 2012:
-o nº de suicídios relacionados com o desemprego / insolvências das famílias não param de aumentar (no Tibete os monges budistas imolam-se pelo fogo, por cá somos mais práticos ...);
-o nº de casais desempregados já vai nos 20 000 : se têm filhos que tal po-los à porta do  Gaspar ou de Passos Coelho, ou montar a tenda para dormirem, em frente à casa desses psicopatas?
-os jovens, sobretudo os formados, fogem do país (não se trata de emigrar, trata-se de fugir mesmo (taxa de desemprego 39% para o psicopata do Gaspar é uma mera brincadeira)!;
-crianças com fome e a desmaiarem nas aulas, já não estranhamos ....

Quanto à acção dos partidos políticos é curioso ver o seu posicionamento:
- Os partidos parlamentares PCP, PS, Os Verdes, denunciam o caminho errado do Governo, sabem (todos sabemos) que o país e os portugueses estão a ser arrastados para o holocausto, mas não pedem nem têm assumido publicamente a exigência da  demissão imediata do Governo!!!
-Dos partidos não parlamentares nem se ouve falar: sabe-se que são contra o orçamento, mas não os ouvimos a exigir a imediata demissão deste governo. Na altura de eleições lá vão aparecer de novo, para fazerem ruído e tentarem apanhar o subsídio ao nº de votos conseguidos, à custa dos contribuintes!
-dos partidos não parlamentares mais votados: do MRPP nem se ouve um pio, mas Garcia Pereira lá aparece visível em algumas manifestações; do PAN conhecem-se comunicados no Facebook  (à moda de Cavaco Silva :) ) apontando os erros das políticas deste Governo, mas não se vê iniciativa política de contestação concreta do Governo, e nomeadamente não tem exigido a demissão deste Governo (é por que o achará um Governo legítimo, apesar de resultar de uma fraude eleitoral!). O seu Líder Paulo Borges tem evidenciado a sua posição contra o orçamento, mas não tem questionado a legitimidade eleitoral das políticas de austeridade, nem tem exigido a sua demissão, a qual se impõe, pois maior crise política é continuarmos a sermos empurrados por este Governo para o abismo, todos os dias ...

De facto o único partido que tem assumido uma postura coerente é o BLOCO DE ESQUERDA:
- não tem hesitado em denunciar a natureza fraudulenta deste Governo, o qual enganou os eleitores para depois fazer o contrário e dar-lhes cabo da vida!;
- como tal tem sido coerente e tem exigido a demissão imediata deste Governo impostor e incompetente, pois sabe (tal como todos nós sabemos, mas fingimos que não sabemos) que a maior crise política que um país pode ter, é um Governo que sem legitimidade político-eleitoral para tal, nos conduz firmemente e custe o que custar para o holocausto, e cada dia que passa da sua (des)governação representa mais desemprego, mais falências e mais famílias na desgraça, e  mais  recursos nacionais soberanos alienados ao capital estrangeiro. No final, em cada dis que passa  ficamos sempre pior: mais dívida, menores receitas fiscais, ..., mais austeridade imbecil do Gaspar e sua súcia ao serviço do neo-liberalismo que apenas serve os interesses da banca internacional , tutelados pelo PPE da UE onde estão integrados o PSD de Coelho  (e o CDS de Portas) e o Partido Conservador Alemão da Srª Merkel!        
- tem apontado, na linha aliás do que fez o Conselho Económico Social, que é fundamental impor á TROIKA a imediata renegociação da Dívida e dos seus juros excessivos, pois sem este problema estar bem resolvido e bem negociado, não é possível resolver nenhum outro problema, pois os juros da dívida absorvem  toda a margem orçamental (o facto de o Governo não ir por aí, tem a ver com o facto de o Governo deliberadamente nos querer pôr no holocausto financeiro: para este governo, há PMEa mais, há portugueses a mais, há restaurantes a mais, e há suicídios a menos!).  

Portanto tem a palavra  Sua Excelência o Presidente da República!

Claro que se o Presidente da República não vetar este monstro Gaspar que é o orçamento para 2013, então a sua legitimidade como Presidente, ficará irremediavelmente comprometida, pois as inconstitucionalidade são visíveis até para os não constitucionalistas:
* como é possível este orçamento aumentar os impostos sobre os cidadãos em mais de 30%  (no Egipto isso não seria possível, mas os eleitores egípcios não brincam às manifestações, fazem manifestações e não desarmam enquanto o seu objectivo não é conseguido!)? Como bem o diz Jorge Sampaio,  trata-se de rebentar com o país, com os portugueses e com a democracia;
* como é possível utilizar uma dita "sobre-taxa" sobre os rendimentos dos cidadãos, a qual, como todos os fiscalistas  sabem e denunciam, é apenas mais um imposto (alem do IRS, o governo impõe-nos mais um IRS-2). Ora impostos aos montes, não pode ser considerada uma prática constitucional, já que viola os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos à sua segurança jurídica e ao seu bem estar social, previstos na CRP;
*como é possível, a não ser que realmente estejamos em presença de autênticos sociopatas disfarçados de políticos e de governantes, fazer o ataque monstruoso à dignidade económica e social dos reformados, tal como é preconizado neste Orçamento 2013, e que se traduz num autêntico confisco dos seus rendimentos, como bem salientado por Bagão Félix!

Errar é humano, mas querer repetir o erro tal como o está a fazer este Governo, ao insistir em medidas de austeridade que não resolvem os problemas do défice orçamental nem da dívida e seus juros excessivos, e que só agravam a ruína económica do país, e agravam a já miserável situação sócio-económica dos portugueses é simplesmente CRIMINOSO !      

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

LEVANTAR A GARIMPA DO PAÍS E DOS PORTUGUESES!

I - A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR!

1. O resgate FMI/TROIKA?
Já todos sabíamos, não era necessário Sócrates dize-lo: foi o Cavaco Silva que com a sua infantilidade narcísica, quis, custasse o que custasse correr com Sócrates.
Resultado, uniu-se (sempre esteve unido aliás!) com os banqueiros, inclusive com o actual Governador do Banco de Portugal (o que já é demasiado grave) e deu xeque mate a Sócrates: os "abutres" do PSD/CDS fizeram o resto, com a santa ingenuidade do BE e do PCP que colaboraram na festa!

2. Custos da crise política provocada por Cavaco Silva /PSD/CDS ?      
O que já sabíamos, nem era necessário os entrevistadores terem impedido Sócrates de o dizer: as empresas de Rating que funcionam em consonância com os Banqueiros internacionais (olá Goldeman Sacks), puseram Portugal no lixo financeiro, sem hipótese de estar nos mercados financeiros, e a TROICA invadiu triunfante o nosso país, com o aplauso do PSD/CDS e a satisfação estupefacta de Cavaco Silva, o qual nunca imaginou que as suas traquinices vingativas, conduzissem Portugal ao lixo financeiro, mas conduziram!

3. Défice orçamental   e dívida soberana?
Pois é, temos o período antes da crise (2005-2008) e o período pós crise (2009-2011) e 2011-2013 ...
a) Sócrates disse o que todos já sabíamos, mas que os "media" tentaram não revelar: o défice orçamental que era em 2005 cerca de 6,6% (herdado do Santana Lopes/PSD), passou para 2,8% em 2008, e isso devido à governação de Sócrates, ou seja contas públicas equilibradas e dívida soberana controlada (na média europeia dos 70% do PIB);


b) No período 2009-2011, a crise do sub-prime abateu-se sobre a Europa, e a Comissão Europeia, a Merkel, Sarkozi, Manuel Ferreira Leite, o PCP, o BE, o CDS, o PSD e o Cavaco, todos clamaram que era necessário conter a recessão provocada pela crise do subprime dos EUA, e logo defenderam mais despesas sociais e mais dívida soberana. Por isso em todos os países europeus os défices orçamentais dispararam e a dívida soberana também (dos 3% os défices passaram para os 9% e as dívidas soberanas subiram cerca de 20 pontos percentuais (em Portugal o défice orçamental foi para a casa dos 9% e a dívida soberana para a casa dos 90% do PIB, o mesmo acontecendo em Itália, Espanha, ...).


c) Mas com a crise política provocada por Cavaco com o apoio dos Banqueiros, o que sucedeu a partir de 2011?
Graças à cegueira narcisista de Cavaco Silva, e aos interesses vampirescos dos Banqueiros nacionais e internacionais, e à voracidade política do PSD/CDS/BE/PCP , a TROIKA entrou no país, e Sócrates negociou o respectivo "memorando", o qual foi negociado em simultâneo e também assinado pelo PSD/CDS.
O PSD fez desse memorando o seu programa político, mas logo o  traíu (o PSD de Passos Coelho é partido da traição e das fraudes políticas e financeiras) e DUPLICOU a dose de austeridade que estava no memorando, SACOU dinheiro dos rendimentos do trabalho; aumentou enormemente os impostos; ...e com essas medidas absolutamente imbecis, arruinou a economia do país, mandou para a falência dezenas de milhares de PME, provocou centenas de milhares de desempregados, pôs os jovens a literalmente emigrarem para sobreviverem, ..., e a festa continua!


d) Com esta política económica suicida, que nada tem a ver com o memorando assinado pelo PS/PSD/CDS, o desgoverno PSD/CDS atiraram a dívida soberana para os 123% do PIB, ao mesmo tempo que não resolveram nenhum, MAS NENHUM MESMO, problema relarivo ao défice orçamental (as asneiradas sucederam-se e sucedem-se: para atingir os compromissos o governo PSD/CDS tem entregado uma após outra as melhores empresas públicas aos estrangeiros (deixamos de ter capacidade geo-estratégica ao nível da economia), e o governo PSD/CDS não sabe como resolver o problema dos juros monstruosos da dívida soberana (Passos Coelho apoia a hipocrisia da política assassina e colonialista de Merkel, de proibir o BCE de financiar directamente os Estados Membros do Euro, e os banqueiros agradecem!).

4.- Conclusão,  Sócrates pôs os pontos nos "is" e desnudou a responsabilidade de Cavaco Silva em todo este processo de ruína do nosso país e da vida familiar e sócio-económica dos portugueses: responsabilidade direta ao provocar as condições para a demissão de Sócrates, e responsabilidade indireta ao não obstaculizar a política económica e financeira SUICIDA deste desgoverno PSD/CDS, a qual para além de ser inconstitucional (e Cavaco e Passos deveriam demitir-se face ao parecer do TC se assim o for considerado) conduziu e continua a conduzir, a cada dia que passa o país para o abismo.   

II - A ALTERNATIVA PARA LEVANTARMOS A GARIMPA!    


1.- Da competência nacional: a solução do Conselho económico-Social

A alternativa ao caminho para o holocausto que nos está a ser imposto pelo desgoverno PSD/CDS com a cumplicidade incompetente de Cavaco Silva, será a de ser adoptado imediata, e de forma  prioritária, a orientação traçada pelo  Conselho Económico Social: renegociar JÁ E EM PRIMEIRO LUGAR  a dívida e os juros da dívida soberana.

 A dívida soberana tem uma componente especulativa que deve ser ANULADA pelo FMI/UE, e os juros da dívida soberana são 75% maiores que o que deveriam ser (diferencial da taxa do BCE de 1% para a taxa de 4% da banca nacional e internacional e dos mercados financeiros).

António José Seguro compreendeu isso, e daí ter assumido uma posição aaltamente meritória, (a qual Cavaco não tem já legitimidade para tomar, e por isso está numa posição de absoluta incompetência política) , de responsabilizar directamente a UE e o FMI pelo caminho do holocausto que estão a conduzir o nosso país, tal como já o fizeram com a Grécia.


Temos por isso de eleger um novo Governo que IMPONHA à UE/FMI a solução preconizada pelo Conselho Económico e Social.


2. Da competência da UE: ou há coesão social ou temos de sair do EURO!

Disse JEAN MONNET : "Não coligamos Estados, unimos homens"!

A formação da CEE (1950) proporcionou a "paz militar" na Europa, como desejado pelos seus fundadores. 

A criação do EURO em Janeiro de 2002, deixou para trás as ideias de solidariedade e coesão económico-social, indispensáveis  ao próprio sucesso da Zona EURO.

Assim o EURO acabou por reforçar as assimetrias dos países membros , beneficiando as economias mais fortes (dos países do Centro Europeu) e prejudicando as economias relativamente mais débeis (dos países da periferia europeia).

Essas assimetrias reforçadas, levaram os Estados Membros da Periferia, na ausência de um BCE operativo,  a sobre-utilizarem  os instrumentos fiscal e sócio-laboral, como forma de tentarem atenuar o persistente movimento de enfraquecimento da competitividade dos seus países face aos países crescentemente mais fortes (por indução do EURO) do Centro.

Isso foi implicando o afastamento entre os cidadãos europeus, já que os cidadãos dos países do centro são remunerados por elevados salários, comparados com os salários praticados nos países da periferia, chegando essa distância ao extremo, com a prática de salários de indigência praticados por exemplo em Portugal (onde o salário mínimo já se situa abaixo do limiar da pobreza). 

Por outro lado o abuso do instrumento da fiscalidade para reforçar a competitividade da economia atingiu autênticos níveis de "exaustão fiscal" como foi por exemplo o caso português , em que uma subida ´marginal do imposto, provoca maior decréscimo das receitas fiscais. 

Chegou-se ao absurdo. no caso português, de um Ministro das Finanças conseguir impor nessa conjuntura, para 2013, um enorme aumento de impostos, o qual dada a exaustão fiscal atingida, só poderá provocar um enorme decréscimo das receitas fiscais do estado e fazer colapsar definitivamente a economia portuguesa!




Estamos por isso actualmente numa encruzilhada na Zona EURO da UE, na qual se perspectiva ou um passo em frente no sentido da formação dos Estados Unidos da Europa", ou a derrocada pelo menos  da Zona Euro, com o seu BCE paraplégico!

É indiscutível que o federalismo (a constituição dos EUE) implica um Parlamento e um Governo Europeus, resultante de eleições gerais em todos os Estados membros desses EUE!

O fundamento do poder político desses EUE serão afinal os eleitores europeus, que escolherão através do voto o caminho a seguir.


A UE tal como está não se fundamenta no poder de voto dos cidadãos, pois a Comissão Europeia não sai de elições gerais, antes é formada por tecnocratas, os quais a maior parte das vezes são indicados com base nos seus currículos decalcados do seu serviço prestado aos partidos políticos da área do Governo dos países dominantes na UE, e com base no currículo propiciado por esses partidos/governos na Banca Nacional e Internacional.


Tal como está a UE favorece os países membros mais fortes, os directórios desses países, os quais se formam na prática como manifestação real da correlação de forças e de poderes dentro da UE.


A Alemanha é ultra nacionalista, mas tem beneficiado com a UE e a Zona Euro, já que dessa forma mantem o euro a níveis comportáveis para reforçar a sua competitividade exportadora. Não fora a UE e a Alemanha teria o seu marco possivelmente revalorizado e muito, relativamente ao euro, o que prejudicaria a sua economia eminentemente exportadora.


Enquanto nos EUE a coesão e a solidariedade económico-social seria de aplicação indiscutível beneficiando o equilíbrio e a harmonização dos países membros, na actual UE o que predomina são os interesses dos países mais fortes economicamente, os quais como temos assistido, não hesitam em arrastar os estados membros mais frágeis para a ruína económica e social.


Tal como está a UE e a Zona euro só serve de facto os países membros de economia forte, e arrasa com os países membros de economia débil, como é o caso dos países periféricos. Sem a prática da coesão económico-social, mais vale sair já do EURO onde nunca deveríamos ter entrado (o pressuposto da entrada no EURO foi a proclamada coesão económico-social).


E com o actual estado de endividamento e de défices orçamentais (alimentados pela própria Alemanha na sequência da crise do sub prime de 2008 importada dos EUA) dos países periféricos, os quais têm estado a ser aproveitados pela Alemanha de Merkel e pela França de Sarkozi (partidos conservadores e liberais) para imporem pacotes absurdos de austeridade, como forma de os tornar estupidamente mais aptos a pagarem as suas dívidas (todos sabemos que se o credor quer enfraquecer o devedor, é para lhe ficar com o património e para o humilhar até ao tutano) os quais como todos sabemos (menos este Governo fraudulento e impostor) nosconduz para o holocausto grego, sem tirar nem por!


A opção é mesmo entre a UE continuar no caminho actual (e então os países do Sul devem unir-se politicamente e sairem JÁ colectivamente da zona EURO pois estão a caminhar para o suicídio) ou a UE envereda pela democracia eleitoral e por um parlamento e governo europeus saído dessas eleições(situação que imporá de forma natural a coesão económico-social nos EUE).


A alternativa é mesmo ou os EUE, ou a saída (quanto mais cedo melhor) da zona EURO!



Chegamos a un estádio da zona EURO, em que nem se verifica coligação dos Estados nem a união e identidade  entre os cidadãos europeus, já que os cidadãos dos países do Centro têm um nível de vida e de bem estar social elevados, comparados com os níveis de vida tendencialmente mais miseráveis nos países da periferia, como forma extrema e absurda de reforçar a sua competitividade económica, em economias já destruídas e afundadas pelos ditâmes de políticas financeiras fundamentalistas, pelos países membros da UE que dominam actualmente a UE e que afinal mais beneficiaram e continuam a beneficiar da moeda EURO e seu BCE inoperativo! 

De facto, como acontece no caso português é já  insustentável manter o actual nível de fiscalidade face aos miseráveis salários auferidos pelos trabalhadores, os quais não lhes permitem sequer a manutenção da sua família em condições de mera sobrevivência. 

Mas sem querer negociar e impor à TROIKA, soluções alternativas, que passariam pela renegociação da dívida e dos seus juros excessivos (9 mil milhões de euros de juros são incomportáveis para o orçamento português numa conjuntura de recessão económica), o Governo actual PSD/CDS limita-se a dar um passo em frente, aumenta enormemente a carga fiscal impondo e generalizando a fome e a miséria entre as famílias portuguesas, reduz até ao inimaginável o rendimento disponível dos rendimentos do trabalho e dos reformados, liquida os serviços públicos os quais já não têm por onde emagrecer, e arrastam ao colapso definitivo da economia nacional, com a destruição das PME do mercado interno ainda sobreviventes aos anteriores pacotes de austeridade.


Como referido pelo Conselho Económico Social a austeridade brutal imposta por este Governo autista, para além de não se revelar ajustada à realidade económico-social do país, e nos conduzir a um enorme empobrecimento e destruição do tecido económico português, , não resolve nem o problema do défice (receitas fiscais descem enormemente)  nem o problema da dívida (aumenta relativamente ao PIB) e só enfraqueceremos a nossa capacidade negocial para efectivamente resolvermos o problema central da dívida excessiva e dos seus juros excessivos, como aliás comprovado pela própria experiência Grega (pois como sabemos a Grécia fica em stand by, a aguardar o resultado das eleições alemãs, para ser pura e simplesmente expulsa do EURO, com uma mão à frente e outra atrás).         

domingo, 25 de novembro de 2012

SISTEMA CAPITALISTA VERSUS "SHAA" !

O capitalismo pressupõe uma troca desigual, sem a qual não haveria lugar à "mais valia" e ao lucro!Tal como no jogo do monopólio, no qual com o desenrolar do jogo, os concorrentes vão sendo eliminados para dar lugar ao "monopolista", também na sociedade real capitalista a ganância do lucro, da sua acumulação e da sua concentração, apoiada por um sistema jurídico elaborado para servir essa conformidade: a conformidade do oligopólio, do monopólio, de caracter nacional e crescentemente transnacional.

O capitalismo transnacional (global) concentra em poucas mãos (em poucos accionistas) o controlo da economia e das finanças ao nível global: esse grupo de accionistas, para o qual trabalha um exército de gestores e de juristas, que envolvem na sua teia os Governos dos países, não hesitam perante o máximo lucro, e nessa senda tornam-se de facto "predadores" seja das populações em geral, seja dos animais, seja dos recursos naturais, e só param onde a taxa de lucro se revela não compensadora, face ao investimento exigido para a exploração em causa.

As vítimas do capitalismo global são os seres humanos, os animais e a natureza, pelo que não pode resumir-se a questão a um modelo antropocêntrico. Trata-se do sistema em si, da lei do lucro e do monopólio que informam geneticamente o sistema capitalista, e sem se conseguir mudar o enquadramento jurídico -económico que informam e permitem o movimento centrífugo do capitalismo, será muito difícil (impossível mesmo) parar o caminho para o abismo da humanidade ...pois no final prevalecerão as leis da natureza...

Já está aliás ficando visível uma luta (guerra) sobre quem (que país, que interesses económicos) explorarão as terras e as águas deixadas nuas pelo derreter dos glaciares, já que se antevêm enormes jazigos de gás natural e de petróleo nessas águas e terras até então defendidas pelo gelo da lei do lucro ...

O sistema capitalista é amoral: a lei do lucro sobrepõe-se a todas as coisas (sejam ela a desgraça de países e de populações inteiras, seja ela a exploração desenfreada de seres humanos e de animais, seja ela o próprio planeta terra ...até um dia, em que os desequilíbrios ecológicos se tornem eles próprios incontroláveis e determinantes.

Lutar pela dignidade animal (seres humanos e não humanos) e pela dignidade da Terra, implica combater o sistema jurídico-económico que se impõe ao poder político, ..., implica no mínimo o controlo do poder pelos cidadãos ...ou seja que nos diferentes países ´se vão instalando democracias directas e participadas (o que não é nada fácil, pois as classes economicamente dominantes, não querem perder o controlo político e jurídico, que lhes é assegurado pela via da democracia meramente representativa, nas quais os trunfos ("os media", os quadros políticos, ...) lhes pertencem.

Á lei mor do capitalismo: "amar e prosseguir o lucro sobre todas as coisas", interessa sobrepor uma lei maior : amar e prosseguir a "solidariedade humanística , animal e ambiental"  (shaa) prioritariamente ao lucro e ao signo da troca capitalista.

sábado, 24 de novembro de 2012

Deus -amor implica a existência do Diabo (Deus-ódio)!

A existência de um Deus (omnipotente, omnisciente, omnipresente) é matematicamente impossível, com a coexistência do livre arbítrio dos seres humanos, coma democracia (independentemente da sua forma: meramente representativa ou directa e participada), ..., a não ser que se assumisse que Deus é o culpado e o cúmplice de tudo o que acontece, independentemente de ser bom ou mau.

De facto Deus (omnipotente, omnisciente, omnipresente) só faria sentido numa convivência de "poder absoluto" com tudo o demais, não podendo ser possível invocar o livre arbítrio em circunstância alguma, já que admitir o livre arbítrio seria negar a omnipotência de Deus, ou seja seria negar Deus.

Os seres humanos terão começado a sua emancipação do poder absoluto, da omnipotência, de Deus no momento em que Abraão ficou com o poder de permitir que o seu filho vivesse, pois a partir desse momento, os pais deixaram de reconhecer o direito a Deus (deixaram de o considerar omnipotente, deixaram de o considerar Deus) para lhes exigir o sacrifício da vida dos seus filhos, só para manifestarem a sua submissão absoluta ao seu poder omnipotente, o qual deixou de ser admitido ...

Curioso que a existência de vários DEUSES, resolve de certa forma a incongruência matemática e de facto, entre o livre arbítrio e a omnipotência (e Deus). Ao considerarem o DEUS das Tempestades; o Deus Sol, o Deus das Guerras, os Deuses da paz e do amor, ..., acabava por ficar superada a contradição actual imposta pela crença num Deus único! 
É que se DEUS é amor, então dada a sua omnipotência, tudo só poderia ser amor, pois tudo emana de Deus, logo Deus amor, só pode emanar amor (nada de guerras, nada de exploração do homem pelo homem, nada de capitalismo, nada de classes sociais, nada de democracia (pois o amor seria indiscutível) , ...

Deus é amor, implica que só existe amor, pois a partir do momento em que existir maldade, ricos versus pobres, guerras, ..., estará posto em causa o amor universal como manifestação de DEUS AMOR, já que sendo Deus omnipotente, existir a maldade seria negar a existência do Deus Amor, seria negar a omnipotência do amor, isto é o amor deixaria de ser omnipotente, o que seria o mesmo que dizer que Deus não é amor!

Mas Deus não pode ser Deus- amor e Deus-maldade ao mesmo tempo, pois sendo Deus omnipotente, só pode de facto ser tudo: não só amor, não só ódio, não só bondade, não só maldade... e o recurso ao Diabo para assumir todas as culpas do mal, arrasta consigo a negação da omnipotência de Deus (ou seja à negação de Deus). Daí que se tenda a considerar que o Diabo tem um poder diabólico ..., e no terreno ficam então o poder do Bem (Deus -amor) e o poder do Mal (Deus-ódio ou Diabo).

 Dois deuses (um deles diabo) dá jeito às Igrejas para meter medo aos crentes (só os que estão do lado do Deus- amor terão o paraíso, os que se deixam submeter pelo "poder" do Diabo vão para o inferno. 
Passa então a haver um Reino dos céus e um reino dos Infernos, mas deixa de haver um Deus omnipotente, ou seja deixa de haver Deus! Haverá então quando muito um Deus no paraíso, e um Deus (o Diabo) no Inferno, mas na terra estaremos afinal nós com todos os nossos defeitos e virtudes, fazendo coisas boas, menos boas e até más!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

UTOPIA, LIDERANÇA POLÍTICA, E AUTOGESTÃO!

"Os anarquistas estão certos [...], na negação da ordem existente, [...]. Erram somente em pensar que a anarquia possa ser instituída por uma revolução. Ela vai ser instituída somente quando houver mais e mais pessoas que não exigem a protecção do poder público [...]. Só poderá haver uma revolução permanente se esta for uma revolução moral: a regeneração do homem interior."
- Leon Tolstoi, "A Anarquia" (1900)
(Excerto de um texto proposto para reflexão por Paulo Borges)


    Na minha adolescência vi (cinema) e li (livro) "Guerra e Paz" de Tolstoi várias vezes!
Mas é necessário termos cuidado e analisar bem o que é dito por pensadores, que observam a sociedade e descontentes com o seu funcionamento concreto, atiram frases "bombásticas", perante as quais podemos tomar duas atitudes:
- olhar para o grande escritor, ler a frase de raspão, e dizer, "que bela frase" , Tolstoi  é o máximo ...
- ou pode dar-se ao trabalho de analisar a frase e procurar tirar conclusões (sem aceitar o "magister dixit" do grande escritor que o continua e continuará a ser, independentemente do comentário que façamos).
Indo pela 2ª via, , podemos concluir:
- que Tolstoi contesta a autoridade do Estado, e defende uma sociedade sem Estado, a qual no seu parecer é igualmente defendida pelos "anarquistas";
- que essa sociedade sem Estado (e sem classes?) não será resultado de uma revolução (como o pensam erradamente os "anarquistas") mas resultará de os cidadãos se tornarem economicamente independentes de tal forma que não precisem de qualquer protecção institucional.
Bem e agora olhando para a realidade social (actual) e perante as classes sociais concretas que podemos perspectivar?
1- os trabalhadores dependentes (que precisam de trabalhar para sobreviver) ganham na exacta medida do necessário à sua sobrevivência, e a não ocorrer alguma herança de um familiar abastado, ou um golpe de sorte qualquer (encontrar um tesouro, ou sair -lhe uns milhões no euro-milhões ... irão continuar sempre dependentes da sua força de trabalho, ..., e se conseguirem pagar a casita, já nada mau. De qualquer das formas, o mais certo é chegarem à velhice, e se não beneficiarem de protecção social Institucional, arriscam-se a morrer à fome ...
2 - Os "donos do negócio" (empresas, propriedades, ...) para os quais trabalham os trabalhadores, podem acumular riqueza, e tornarem se de facto independentes de qualquer protecção social institucional ... Se não houver leis, os "donos do negócio" podem recrutar "Jagunços", "pistoleiros", e o que necessário for, para enriquecerem mais depressa, isto é para explorarem mais e mais os trabalhadores e dificultarem a vida aos pequenos "donos do negócio"!
3 - Por isso o Estado é uma espécie de força arbitral: verte em leis princípios éticos mínimos, e essas leis têm de ser respeitadas por todos!
Havendo democracia (um homem e um voto) e havendo separação de poderes (executivo, legislativo, judicial) a sociedade até pode atingir equilíbrios desejáveis em termos de equidade e justiça social.
Claro que se como sucede hoje existir uma forma de os interesses dos "donos do negócio" serem favorecidos pelo poder executivo (através dos partidos domesticam-se os deputados) obtendo leis favoráveis, de tal forma que a repartição da riqueza social é distribuída a favor dos donos do negócio, os quais ainda achando pouco ainda conseguem negócios leoninos à custa do sacrifício de mais impostos que incidem sobretudo sobre quem trabalha, então dessa forma, os desequilíbrios tenderão a acentuar-se, e de um lado teremos meia dúzia de " multimilionários" e do outro lado a população, recebendo salários abaixo do limiar da pobreza, escravizada pelo Estado e pelos "donos do negócio" ...
4 - Isto é, não havendo democracia, ou estando esta transformada numa Cleptocracia (governo de ladrões e ao serviço dos "donos do negócio" -um exemplo típico é a actual sociedade portuguesa, na qual cerca de 70% da riqueza nacional vai para os bolsos dos "donos do negócio") então quem desejará ver-se livre do Estado serão mesmo os desgraçados que trabalham e embrutecem trabalhando para continuarem sempre na miséria! 
5- Chegados a este ponto podemos já concluir que os únicos que se tornam independentes de qualquer protecção social institucionalizada são mesmo os donos do negócio. E se o Estado, quiser praticar justiça e equidade social para com as classes que afinal produzem a riqueza (os trabalhadores) os donos do negócio, imediatamente se virarão contra o Estado (a velha história dos golpes militares reacionários, isto é em reacção contra a perda de privilégios das classes dominantes).
6 - Então uma conclusão poderá ser extraida de tudo o acima exposto: é que os trabalhadores só conseguirão tornar-se independentes da protecção social institucionalizada, se eles próprios se tornarem homens de negócio, ou seja virarem eles próprios "donos do negócio", para dessa forma serem eles próprios a apropriarem-se da riqueza por eles mesmo produzida.
7 - Portanto para transformar a actual sociedade numa sociedade "auto-gestionada" pelos cidadãos, teríamos de conseguir primeiro uma sociedade, nas quais predominassem fortemente as "cooperativas" de produção, propriedade dos próprios trabalhadores que seriam afinal e simultaneamente os seus accionistas e os seus trabalhadores; as empresas tradicionais (propriedade dos sócios que se apropriam da riqueza produzida pelos trabalhadores) teriam de ser marginais e com peso económico meramente superficial; ...
8 - a realidade económico social das economias de mercado demonstra-nos o contrário: as empresas cooperativas são meramente marginais, e as empresas privadas no modelo capitalista de produção é que assumem o poder e o peso principal, e isso já a um nível transnacional.
9 - Tolstoi poderia então chegar á conclusão que o problema não será efectivamente o de os trabalhadores "se regenerarem interiormente", já que os mesmos estão transformados em vítimas do sistema jurídico económico que os conforma com a sua vida miserável, em favor dos "donos do negócio";
10 - A regeneração teria então de atingir primacialmente os próprios "donos do negócio, no sentido de estes, através da meditação, ou da reflexão religiosa, considerarem que estão a ser extremamente imorais, ao alimentarem a sua crescente e imparável riqueza, à custa da crescente miséria económico-social dos trabalhadores em geral;
11 - Claro que estamos já no terreno da utopia, e é nesse terreno que deve ser colocada a reflexão de Tolstoi, pois nunca uma classe de privilegiados, irá abdicar das suas fontes de riqueza, que são afinal o trabalho subordinado e dependente dos trabalhadores.
12 - Ford ainda teve um laivo de inteligência, mas para ser mais rico: pagar aos seus trabalhadores de tal forma que eles conseguissem comprar os produtos que produziam!
13 -Mas está para nascer o capitalista ou o dono do negócio, que abdique da apropriação da riqueza criada pelos seus trabalhadores, para os enriquecerem e dar-lhes dessa forma a possibilidade de serem eles próprios também "donos do negócio"! Nesse momento deixaria de ser ele próprio "dono exlusivo do negócio" (mas poderia dar-se esse facto, só que sem significado e meramente marginal - um empresário que ousou dar um jipe a cada um dos seus trabalhadores, foi imediatamente processado pelos seus familiares que o queriam internar como doido!)!
14 - O problema em título , poderá agora ser colocado: até que ponto um líder político de um partido poderá enveredar pela utopia (estamos já nos tempos de hoje) ?
15 -Será razoável um líder político desejar uma sociedade sem classes, auto-gestionada pelos seus cidadãos, tornados eles próprios donos dos seus negócios geridos por sua vez também em auto-gestão, dispensando a figura do Estado (uma vez que os interesses entre os cidadãos estavam auto-regulados pelos próprios ? 
16 - Para mim, mais que razoável, seria desejável que assim fosse, e se de facto todos os líderes políticos tivessem como horizonte um tal tipo de sociedade, na qual a dignidade humana e sócio-laboral dos seus cidadãos, era assumida por todos (ou de uma forma maioritária e predominante) , por certo que todos beneficiaríamos (menos os tais hiper privilegiados que baseiam a sua acumulação de riqueza na hiper exploração de quem depende dos seus rendimentos de trabalho).
17 - Mas para aí chegarmos (isto é para chegarmos a uma sociedade com maior equidade e justiça social, na qual a dignidade das relações sócio-laborais seja um facto, e na qual o desenvolvimento sustentável seja a regra -respeito e solidariedade pela dignidade humana, animal e ambiental), um longo caminho de luta democrática pela transformação das nossas sociedades, é necessário empreender!
18 - Desde logo, no caso concreto da sociedade portuguesa, torna-se necessário aprofundar a democracia estatuída na CRP e transforma-la o mais possível numa democracia directa e participada por todos os cidadãos, o que pressupõe o respeito pela separação institucional de poderes (executivo / Legislativo / e Judicial), ou seja que o Governo assuma a sua função de prosseguir os interesses da causa pública(e não se deixe corromper pelos interesses particulares dominantes, como está sucedendo actualmente), que o Parlamento e os deputados assumam a sua função fiscalizadora sobre o poder executivo (o que pressupõe não permitirem qualquer dependência -carta assinada ou análoga - dos partidos que os candidatam,; e que o poder judicial e a Magistratura e a Presidência da república assumam efectivamente as suas funções constitucionais, mas pressupõe também que os eleitores não sejam meramente o fundamento do poder político, mas que exijam e saibam exigir de facto, poderes pós-eleitorais, como sejam os de impugnação de decisões públicas que prejudicam o interesse geral, o de tomarem iniciativas legislativas, o de proporem referendos vinculativos (poderes exercidos directamente pelos cidadãos e não dependentes de autorização dos poderes instituídos).
19 - Construir e conseguir aprofundar uma democracia mais participada e directa poderá ser o caminho que nos conduzirá pela certa a uma sociedade na qual os cidadãos, todos os cidadãos poderão gozar de maior autonomia e de uma capacidade económica adequada à usa dignidade sócio - laboral e com crescente capacidade de participação efectiva na co-gestão das empresas onde trabalham e por que não, com a formação e afirmação crescente de cooperativas de produção auto-gestionadas.
20 - O trilho da "utopia" constrói-se pelo trilho do aprofundamento da democracia política, económica, social e cultural, à qual a CRP abre as portas ...e o Tolstoi visionário e utópico por certo apoiaria esse caminhar, pois no seu termo teríamos menos Estado (não haveria tanta necessidade de polícia e de militares para defender as classes privilegiadas e exploradoras da actualidade), e teríamos maior cooperativismo económico-social e mais auto-gestão empresarial! Ao fim e ao cabo os cidadãos, todos os cidadãos seriam mais donos do seu trabalho, da sua riqueza produzida, e do seu próprio destino!

sábado, 17 de novembro de 2012

DEPUTADOS DA NAÇÃO OU "PISTOLEIROS" DO PARTIDO ?



Os deputados supostamente defendem a causa pública e constituem a fonte do poder legislativo por excelência.
A democracia exige a divisão de poderes: executivo, legislativo e judicial, para evitar o abuso do poder e a corrupção!
Mas tudo isso é posto em causa pela obediência dos deputados ao partido que os candidata!
A partir do momento em que os candidatos a deputados assinam uma carta de obediência aos partidos que os candidatam, está subvertido o regime democrático, pois os deputados são arrastados a cumprir esse dever de obediência com os chefes do partido, e tomam decisões contrárias à causa pública!
É um acto de corrupção que deveria ser alvo de inquérito pela PGR, já que põe em causa a separação entre poder executivo (o do Governo) e poder legislativo (o do parlamento).
E esse acto de obediência abre caminho para a "cleptocarcia", para um governo corrupto que ao invés de satisfazer os interesses  gerais da sociedade, satisfaz interesses económicos particulares, mesmo em prejuízo da própria sociedade (lembremo-nos das PPP criminosas que põem o orçamento de estado a engordar os bolsos dos interesses económicos, ao mesmo tempo que são exigidos mais impostos aos contribuintes!).

Vejamos o caso do orçamento para 2013:
- o governo PSD/CDS apresentou um orçamento vergonhoso, o qual implica um enorme aumento de impostos, ao mesmo tempo que reduz drasticamente os serviços públicos!
- quem lucra com esse enorme aumento de impostos, são os banqueiros internacionais (que arbitram a seu favor o diferencial da taxa de juro do BCE relativamente á taxa de juro a que financiam os estados: um diferencial de cera de 3%, que no caso português lhes garante o enriquecimento ilícito de mais de 4 mil milhões de euros!);
-claro que os deputados do PPE/UE ao proibirem o BCE de financiar directamente os Estados membros, sabem que estão cometer um acto de alta corrupção para com os contribuintes europeus, pois estão deliberadamente a  propiciar biliões de lucros aos banqueiros internacionais e simultaneamente a condenar os países membros ao aprofundamento das suas crises económico-sociais e financeiras, o que hipocritamente no seu blá blá blá vazio de verdade, nos querem fazer crer do contrário;
- com o orçamento de estado para 2013, o poder de compra vai ser enormemente reduzido, as PME continuarão a ir para a falência aos milhares, as famílias continuarão a entregar as suas casas aos bancos, e a fazer regressar a casa os filhos que estudavam na universidade, e muitas famílias vão ter de entregar os seus filhos à segurança social para adopção;
- igualmente, como a dívida é excessiva e não temos como pagar os  juros especulativos e excessivos da mesma, vamos continuar a vender ao desbarato ao capital estrangeiro as nossas melhores empresas públicas, que gerem os nossos recursos soberanos!
Acontece que os deputados sabendo isso tudo, e sabendo que nós sabemos que eles sabem isso tudo, vão votar a passagem do orçamento, comportando-se por isso como "pistoleiros  ao serviço do partido, e dos interesses económicos particulares que o partido defende através do governo que conquistaram com base na fraude eleitoral" , ou seja os deputados do PSD /CDS vão obedecer ao partido, CONTRA e ATRAIÇOANDO os interesses do país e dos portugueses, conduzindo dessa forma deliberadamente o nosso país para o abismo económico-social  e para o holocausto financeiro!

Para acabar com essa destruição da economia do nosso país, e com o enorme retrocesso social dos portugueses só há um caminho alternativo viável, dada a teimosia imbecil deste Governo em nos arrastar para o holocausto, custe o que custar:
-a demissão imediata, mas imediata mesmo do Governo;
-a convocação de eleições gerais antecipadas, mas com a proibição visível social e eleitoralmente, da prática corrupta e criminosas que subverte o regime democrático de os candidatos assinarem uma carta de obediência aos partidos (a separação do poder executivo e do poder legislativo é subvertida);
-a imediata renegociação da dívida e dos juros com a TRÓIKA, sem a qual todo o memorando fica posto de parte;
- a resignação imediata do PR que está igualmente a trair a CRP que deveria defender, como o exige explicitamente as funções de Presidente da República!

Sabendo os deputados, que nós sabemos que eles sabem que estão a agir de forma antidemocrática contra os interesses do país, ao prosseguirem a aprovação do orçamento de 2013,  assumem-se de facto e a todos os níveis como os "pistoleiros dos seus partidos" os quais  estão infelizmente enfeudados aos interesses ilegítimos e ilícitos dos banqueiros internacionais (acobertados pelo PPE/UE e pelo Partido Conservador da Alemanha), e que conduzem o nosso país e a nós todos para o abismo económico-social e para a perda real  da nossa soberania a todos os níveis!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O GOLPE POLÍTICO FINANCEIRO E ECONÓMICO-SOCIAL DO PPE (MERKEL, SARKOZI, BARROSO) CONTRA OS PAÍSES PERIFÉRICOS!



O que está em jogo é um feroz ataque da Comissão Europeia e do PPE (ao qual pertencem o Partido Conservador da Srª Merkel, e o PSD de Passos Coelho e de Cavaco ) aos Trabalhadores e  Reformados , visando a destruição dos seus direitos e visando a baixa dos custos salariais, como forma de manter elevadas as taxas de lucro dos grandes interesses económicos europeus.
Vejamos a sequência:
1 - Em 2007, os países europeus em geral tinham os seus défices orçamentais equilibrados, e a dívida soberana andava em geral à volta dos 60% do PIB de cada país;
2 - Com a crise do subprime, (EUA) provocada pelo investimento financeiro especulativo e priramidal, os Governos dos países da UE, foram "aconselhados" pela UE / Comissão Europeia / Merkel / ...que deveriam  subir as suas despesas sociais, para acudirem às necessidades das populações;
3 - Com base nesse apelo, os países europeus subiram em geral os seus défices orçamentais em cerca de 300% (passaram de 3% para a casa dos 9%), como foi o caso, entre muitos  de Portugal.
4 - Na sequência dos apelos da Comissão Europeia, da SRº Merkel / Sarkozi, ..., que incentivavam a subida das despesas sociais,   o endividamento dos países com economia mais débil começou a subir exponencialmente, e dessa forma os países periféricos viram-se a braços com um elevado défice orçamental, e com níveis de dívida na casa dos 90% (uma subida de 50% em relação à dívida que tinham em 2007!
5 - Impunha-se portanto a tomada de medidas para o reequilíbrio dos défices e da dívida, e foi isso que os países membros do Euro começaram a programar e a fazer (Portugal incluído).
6 - Mas eis que de forma inesperada, a Comissão Europeia (Barroso) , e o directório Franco Alemão (Merkel/Sarkozi) lançaram em 2010 uma ofensiva política violenta sobre os países  com défice orçamental e dívida elevadas, as quais resultaram das depesas sociais INCENTIVADAS nos anos anteriores pelos mesmos!
7 - Barroso, Merkel e Sarkozi, impuseram um ULTRA RÁPIDO  reequilíbrio dos défices orçamentais e das dívidas soberanas aos países periféricos, as quais aumentaram precisamente por que esses países antes foram incentivados a gastar e a endividarem-se  demais!
8 - Tratou-se de um GOLPE POLÍTICO GEO-ESTRATÉGICO DENTRO DA UE, CONDUZIDO PELO PPE (Partido Conservador e Liberal da UE, dominado então pela Alemanha de Merkel e pela França de Sarkozi, em consonância com a actuação IMPEDIEDOSA  das Agências de RATING e inseridas na estratégia de lucro financeiro da Goldman Sacks e demais especuladores financeiros internacionais!
9 - Os líderes do PPE (Merkel, Sarkozi e não esquecer que o PSD de Barroso também está integrado nesse partido Conservador e Liberal da UE) sabendo que os países periféricos não podiam recorrer ao BCE (por que eles não deixavam e ainda não deixam!) atacaram implacavelmente a economia desses países obrigando-os a Planos de austeridade rigorosos e violentos, impossíveis de cumprir, os quais implicavam que esses países reduzissem drásticamente as despesas sociais (que antes foram incentivados a subirem) e provocando por outro lado uma subida enorme das taxas de juro especulativas nos mercados financeiros, na renovação da dívida que esses países tinham de efectuar, já que estavam impedidos pelo PPE (Merkel, Sarkozi e Barroso) de se financiarem no BCE (nem directamente, nem através das "euro-obrigações").
10 - O exemplo português ilustra bem essa estratégia golpista engendrada pelo PPE/UE em conluio com as Agências de Rating e a Godman Sackis e Quejandos:
a) Em 2007 tínhamos um défice na casa dos 3% e dívida soberana na casa dos 60%  do PIB;
b) Com a crise do subprime (EUA) e com os incentivos do PPE /UE em 2009 tínhamos já (tal como os demais países) o défice na casa dos 9% e a dívida na casa dos 90% do PIB!
c) O PPE/UE obriga-nos à correcção rápida do défice e os planos de austeridade daí decorrentes (os PECs) originam recessão económica, a par de ameaça de baixa de nota de risco pelas ag~encias de rating (baseadas nessas tendencias recessivas);
d) os banqueiros e o Banco de Portugal, com a apoio de Cavaco Silva (cujo partido também está integrado no PPE e é o mesmo partido de Barroso e de Coelho) fazem cheque mate ao governo de Sócrates (cortam-lhe o financiamento) e Sócrates tem mesmo de demitir-se e de pedir o resgate da TROIKA (pois os juros sobem especulativamente e não tem garantias de refinanciamento da dívida);
e) Em perfeita sintonização com a estratégia golpista do PPE/UE, as agências de rating põem Portugal no lixo (aproveitando a boleia de Cavaco Silva e dos Banqueiros públicos e privados );
f) com a maioria obtida pelo PSD/CDS (partidos integrados no PPE/UE) obtida à custa de prometer aos eleitores a não subida de impostos nem o corte de rendimentos do trabalho, fecha-se o círculo: Portugal e a sua economia ficam totalmente à mercê da estratégia golpista do PPE/UE (Barroso, Merkel, Coelho Cavaco e Portas todos estão integrados no PPE/UE) e submetido ao golpismo financeiro da Goldman Sacks e demais Banqueiros , pois o BCE estava manietado (e ainda está) pelo PPE/UE, como convém ao enriquecimento ilícito da Goldman Sacks e quejandos!
g) os planos de austeridade impostos pela TROIKA, e decorrentes da estratégia golpista do PPE/UE e Goldman Sacks, conduzem literalmente Portugal, as suas PME, as suas Famílias, os Trabalhadores e os Reformados, para o holocausto (já experimentado com o mesmo caminho na Grécia!
h) mercê da retirada do poder de compra aos trabalhadores e reformados (aos quais antes foram retirados os direitos laborais com a cumplicidade da UGT - central sindical da área do PSD/PS), a recessão aumenta, as insolvências das PME são às dezenas de milhar, e o desemprego sobe nas centenas de milhares;
i) com a economia a ser arruinada, as receitas fiscais descem (não se equilibra o défice orçamental), a dívida aumenta (os bancos internacionais e nacionais vão buscar o dinheiro ao BCE a 0,75% e emprestam-o ao Estado a taxas de 4% (transferência de milhares de milhões de euros dos contribuintes para os banqueiros) , e o Estado vende ao desbarato as melhores empresas públicas ao Capital Estrangeiro, ficando sem capacidade  geo-estratégia económica ao nível da sua economia, e sem o domínio dos seus recursos económicos soberanos;
j) E este caminho para o abismo e para o holocausto é repetido até à exaustão total do país, custe o que custar e sempre ao serviço dos banqueiros Internacionais e do capital estrangeiro e sempre esmagando os rendimentos dos Trabalhadores e Reformados até que este ficam irremediavelmente condenados á "sopa dos pobres" ou à emigração ( o exemplo grego não deixa dúvidas)!
k) Essa política golpista, impostora e colonialista do PPE da UE (liderado por Merkel, Sarkozi, Barroso e que integra o PSD de cavaco Silva e Coelho, e o CDS de Portas), para além de proporcionar lucros colossais (de biliões) à Goldman Sacks e demais banqueiros, à custa dos Trabalhadores e Reformados dos países da periferia, impõe também a estes um imenso retrocesso social (ausência de direitos ao nível das relações sócio-laborais) colocando-os na situação de aceitarem salários abaixo do nível de sobrevivência, assegurando dessa forma também elevadas taxas de lucro aos capitalistas industriais dos países do centro e dos capitalistas industriais dos próprios países transformados em colonatos de mão de obra barata;
l) E é precisamente neste ponto que a converg~encia dos trabalhadores e reformados europeus ganha grande significado, por que além de as políticas de austeridade arruinarem a economia dos países periféricos, e acabarem  também por travar as exportações dos países do centro (Alemanha por exemplo), permitem ao capital industrial efectuar a deslocalização dos seus investimentos do centro para a periferia beneficiando do baixo salário praticado na periferia (caso da Auto-Europa, ...).  
10 - Concluindo, esta estratégia de empobrecimento dos países da periferia e enriquecimento paralelo dos banqueiros internacionais e nacionais, montada ao pormenor pelo PPE/UE de Barroso, Merkel e Sarkozi:
a) arrasa com as economias e com o Estado Social dos países periféricos e condena as suas populações á miséria económico-social e à "sopa dos pobres", ao mesmo tempo que abocanha as suas melhores empresas públicas: Portugal, Grécia, ...,
b) no final desta estratégia (e ela vai permanecer enquanto estes actores do PPE estiverem no poder e não forem travados) vão ficar totalmente dependentes economica e financeiramente dos Países do centro da UE: economicamente o seu tecido industrial interno ficará arrasado, e se quiser retomar o crescimento económico vai ter de importar equipamentos ou aguardar pelo investimento estrangeiro; financeiramente, estará impossibilitado de cumprir com os défices orçamentais exigidos, pois as suas receitas fiscais descem para além do razoável acompanhando a ruína das suas PME, e por outro lado a sua dívida mercê das taxas de juro elevadas aumenta sem parar e dependem do "perdão"  da mesma (como tem acontecido na Grécia);
c) como esta estratégia do PPE/UE traçada e aplicada em concluio com o Goldman Sacks e Agências de rating , não olha aos meios para atingir os seus fins, aos povos dos países periféricos só resta mesmo a sua união entre eles, a sua união em termos sindicais, a acção conjunta em termos sindicais, e pôr fim no mais curto espaço de tempo aos Governos que embarcam nessa estratégia golpista do PPE/UE - Goldman Sacks. Cada dia que passe é o afundar das suas economias e das suas condições sócio laborais.
d) importa por isso aos povos da periferia impôr:
   - que o BCE funcione como banco central efectivo da UE;
   - que as taxas de juro da dívida soberana sejam de forma imediata retroactiva reduzidas para 0,75% (taxa BCE);
   - que a dívida especulativa e resultante da chantagem do PPE/UE  seja considerada enriquecimento ilícito e seja anulada (cerca dé 50% da dívida soberana é dívida "assassina"),
   -exigir o fim imediato da imposição pela TROIKA das políticas de austeridade ruinosas para a economia e para os povos desses países;
   - exigir que a UE avance para a prática política da coesão social prevista nos seus tratados, o que passa pelo avanço da UE no estabelecimento dos Estados Unidos da Europa, sendo o seu Governo e o seu Parlamento derivado de eleições livres em toda a zona da UE.
e) no caso de não ser possível pôr fim a esta estratégia golpista do PPE/UE/Goldman Sacks, nomeadamente se não for possível tornar o BCE um banco central efectivo da zona euro (e Dragui vem dos quadros da Goldman Sacks) então que se saia com toda a urgência do EURO (uma saída colectiva dos países periféricos, com anulação total e imediata de toda a sua dívida soberana: NÃO PAGAMOS SERÁ NESSA SITUAÇÃO A MELHOR SOLUÇÃO).







quinta-feira, 8 de novembro de 2012

AUSTERIDADE ECONÓMICA E SOCIAL : INCOMPETÊNCIA DOS GOVERNOS E INCOMPETÊNCIA DAS OPOSIÇÕES !


Os gregos (tal como Portugal) estão a ser mal liderados, seja  pelo Governo, seja pelas oposições!

Os  governos (Portugal, Grécia, Espanha) em vez de se unirem no interesse dos povos e países, estão a levar as economias, as PME  e as famílias à ruína e ao retrocesso económico-social e civilizacional, sabendo de antemão que os seus problemas centrais não ficam resolvidos (a carga financeira e a dívida excessivos e o défice orçamental, ainda ficam tendencialmente mais agravados) e vão ficando cada vez com menos capacidade de os resolver.
O problema determinante é mesmo a dívida e os seus juros excessivos, e enquanto esse problema não for bem resolvido não há solução, pois os juros excessivos COMEM os recursos orçamentais necessários ao funcionamento normal da economia!
Por isso os Governos devem procurar resolver primeiro e à cabeça o PROBLEMA DETERMINANTE (a dívida e seus juros), pois se querem cortar poder de compra aos cidadãos (cortar rendimentos, pensões, subir impostos, destruir serviços públicos venDAR recursos naturais soberanos ao capital estrangeiro) estão mesmo a PIORAR as condições de resolução do problema determinante!
Têm de uma vez por todas serem honestos e porem a TROIKA , o FMI. a UE, o BCE, a Merkel, perante as suas responsabilidades, evidenciando-lhes que sabem perfeitamente que o caminho da austeridade é o caminho que os CREDORES estão a impor para arrasarem com os DEVEDORES (historicamente não é novidade, já no faroeste, o grande proprietário e banqueiro, dava cabo dos pequenos proprietários endividando-os e não os deixando erguer a cabeça, para executarem as hipotecas e ficarem com as terras ).
As oposições em vez de andarem a fazer manifestações atrás de manifestações e greves atrás de greves, saibam impor de forma esclarecida a alternativa que se impõe aos governos: resolver o problema determinante de todas as desgraças, que é o problema da dívida excessiva e seus juros excessivos!
E se os governos não encetarem de imediato negociações sérias para a negociação da dívida e juros excessivos, devem então as oposições exigirem a IMEDIATA demissão desses governos, para evitar que a miséria e a pobreza cresça em cada dia que andam a brincar à austeridade!
Manifestações ou greves gerais só para capitalizar descontentamento é um INSULTO aos cidadãos indignados. Deve sim promover-se uma manifestação ou greve geral que só terminarão com o  objectivo único e conseguido, de demissão dos governos incompetentes e impostores, por forma a ser empossado, com mandato eleitoral, um governo que assuma a resolução do problema determinante.
Andar a brincar com a austeridade é arrasar a economia e arrastar os povos para o holocausto, e só ataca os sintomas deixando os países mais doentes e incapacitados para resolver o problema determinante.
Se os CREDORES estão de boa fé, têm de aceitar a renegociação da dívida, em montantes, prazos e taxas de juro! Se não estão de boa fé, e querem é arrasar com os países devedores, com as suas economias,  PME  e suas populações, então que passem bem, e de uma vez por todos digamos (Portugal, Espanha, Grécia, Itália ) ASSIM NÂO, e tenhamos a coragem de sair colectivamente do euro, e deixarmos a Alemanha a falar sozinha!
O dilema está bem claro: ou a UE envereda por políticas de coesão social e económica, ou o EURO só servirá para desgraçar cada vez mais os países membros de economia mais débil! 
A primeira medida a ser adoptada e que perca por tardia, é a UE autorizar o BCE  a financiar directamente os Estados Membros às suas taxas, para libertar esses países da carga usurária dos banqueiros que asfixiam o orçamento e a economia, e que permanece assassina para além dos pacotes de austeridade! As demais medidas têm a ver com a necessidade da Federação da UE, a criação dos EUE Estados Unidos da Europa) com eleição directa dos responsáveis políticos, e sua fiscalização pelo Parlamento respectivo!
Não faz sentido que existam cidadãos europeus a ganharem um décimo do que ganham outros cidadãos europeus, como é o caso dos portugueses em relação aos alemães, suíços, ...
Para sermos um colonato de mão de obra "marroquina" no seio da UE, então saia-se do EURO JÁ!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

MERKEL, PORTAS, COELHO E CAVACO versus O QUE JÁ SABEMOS E DE QUE ESTAMOS À ESPERA ?


A SRª MERKEL
A Srª Merkel sabe o que está a fazer e está a fazer o que realmente quer fazer: está a assassinar os países membros do euro de economia mais débil!
A Srª Merkel sabe que bastaria revogar o artigo do tratado da UE que impede o BCE de financiar directamente os Estados membros, para que milhares de milhões de euros fossem poupados à carga financeira desses países, evitando as perniciosas políticas de austeridade, e evitando o acumular do défice orçamental e do aumento da dívida soberana.
Mas a Srª Merkel tem objectivos que se sobrepõem à felicidade dos povos: retirar-lhes a soberania dos recursos naturais soberanos, retirar-lhes os direitos que consagram a dignidade do trabalho, transformar as populações desses países em reserva de mão de obra barata, como forma de defender a manutenção de elevadas taxas de lucro das grandes multinacionais!
Os objectivos da Srª Merkel entroncam com os objectivos da Goldman Sacks : as empresas de rating põem esses países no lixo financeiro => esses países não têm alternativa senão o resgate financeiro da TROIKA => a TROIKA impõe planos de austeridade que esmagam a economia desses países e conduzem à destruição do seu tecido empresarial, e á pobreza extrema dos milhões de trabalhadores desempregados => as melhores empresas públicas são abocanhadas pelo capital estrangeiro => o país perde a sua soberania económica e é transformado num mero colonato ao serviço dos interesses económicos dos países de economia forte (ditos do"centro"!).

PASSOS COELHO , PAULO PORTAS E CAVACO SILVA
Falta compreender, no caso português, qual a razão que leva Passos Coelho, Portas e Cavaco Silva a alinharem /permitirem que essa política colonialista da UE , imposta  de forma deliberada pela Alemanha de Merkel.
Quando um credor se quer apoderar das propriedades do devedor, sabe que deve enfraquece-lo para que este fique paralisado com o aumento da dívida, e venda o seu património ao desbarato!
É isso que está a acontecer em Portugal: a política de austeridade que nos é imposta com todo o prazer e sadismo por este governo (cujos partidos PSD/CDS estão no PPE da Srª Merkel, convém não esquecer) está deliberadamente a empobrecer o nosso país, a destruir a nossa economia, a destruir milhares de PME e de famílias portuguesas, a gerar centenas de milhares de desempregados e a provocar a venda ao desbarato ao capital estrangeiro dos nossos recursos naturais soberanos!
Uma vez que essa política de austeridade não resolve nenhum problema (como o disse e bem o Conselho Económico-Social), então resta o sadismo sociopata deste governo, de impor sacrifícios ao povo português, sabendo ainda que esses sacrifícios servem apenas os objectivos de Merkel, Goldman Sacks, ou seja do capital estrangeiro, por que nos conduzem ao holocausto financeiro, e como tal nos põem de cócoras perante a chantagem financeira da TROIKA.
Acontece que o Governo PSD / CDS e o PR estão totalmente isolados nessa caminhada para o abismo que estão a impor ao nosso país, às PME e às famílias portuguesas, para além de todos sabermos que este Governo não tem legitimidade política para aumentar impostos ou cortar rendimentos, quanto mais para fazer um golpe de estado!

TODOS JÁ SABEMOS
Todos já sabemos que os aumentos de impostos  /cortes dos rendimentos dos trabalhadores e reformados, apenas tem servido para pagar os juros da dívida pública, e que mesmo assim esta aumenta, ao mesmo tempo que as receitas fiscais descem e agravam o caminho para o equilíbrio orçamental.
Todos já sabemos que bastaria o BCE poder financiar directamente o nosso país, para pouparmos mais de 4 mil milhões de euros/ano de despesa efectiva do Estado português.
Todos já sabemos que a Srª Merkel não permite que o BCE financie directamente o nosso país (e os outros), para conseguir os objectivos acima referidos, e para obrigar à privatização dos serviços públicos !
Todos já sabemos que a austeridade que nos é imposta visa colonizar o nosso país, torna-lo mais pobre e dependente do capital estrangeiro, e impor um retrocesso social digno do século XIX.  

ENTÃO DE QUE ESTAMOS À ESPERA ?
Então de que estamos à espera para exigirmos a imediata demissão do Governo e a imediata resignação do PR (o qual afinal e de facto  não está em funções) ?
Por que não organizamos uma manifestação "colossal" que não desarme sem que o Governo se demita ou seja demitido? ou,
Por que não se faz uma greve geral ilimitada, que não desarme enquanto o governo não se demitir ou seja demitido?
Têm a palavra os partidos políticos da oposição, as centrais sindicais, os movimentos cívicos, mas não só a palavra, não só o apontar o que está mal e a piorar, pois é indispensável a acção, para inverter este caminho do abismo para o qual estamos a ser levados pela SRª Merkel e seus amigos subservientes Barroso, Coelho, Portas e Cavaco, e ontem já era tarde demais!

O CAMINHO A SEGUIR
Só pode ser o contrário do que nos tem sido imposto:
- aliança com os países submetidos à mesma política de austeridade suicida;
- imposição de uma negociação séria da dívida, em termos de prazos e de taxa de juro (a qual não pode ser superior à praticada pelo BCE junto da Banca);
-a implementação de medidas de estímulo à economia, nomeadamente às empresas exportadoras, e ás empresas do mercado interno que produzam bens de substituição de importações;
- relançamento sério e profundo de uma política agrícola e de pescas, e de desenvolvimento regional integrado e sustentável  respeitador do meio ambiente e do habitat animal.








domingo, 4 de novembro de 2012

HEIL MERKEL ! / ADEUS PORTUGAL !



QUANTO NOS CUSTA A POLÍTICA DA SRª MERKEL ?

1 - mais de 4 mil milhões de euros /ano, por não autorizar o BCE a financiar directamente os Estados membros da Zona Euro;
2 - a austeridade que nos foi imposta pelo orçamento de 2012, que arrastou a economia para uma recessão superior a 3%, milhares de falências de PME e de famílias , centenas de milhares de desempregados, ..., e o défice e a dívida a aumentarem ...
3 - a austeridade que nos vai ser imposta pelo orçamento de 2013, que vai implicar o agravamento da recessão económica, mais uns milhares de PME e de famílias na insolvência, e mais umas centenas de milhares de desempregados, ..., e aumenta o défice e aumenta a dívida!
4 - o buraco negro do nosso país em 2014: 
-privatização da educação e da segurança social: quem quer paga, quem não tem dinheiro para além dos impostos que pagou,  nada tem !
-os reformados não são queimados nos fornos de Auschwitz, mas morrem  mais depressa pois não têm dinheiro nem para a alimentação e habitação, quanto mais para a saúde e medicamentos;
-os desempregados com mais de 35 anos de idade, já são velhos demais para pensarem em empregos que não há: as PME do sector interno (90% de todas as PME) já estão falidas ou meias falidas ...
-os jovens até aos 35 anos de idade, ou emigraram ou estão furiosos por terem arranjado um emprego precário por cá, mal pago, e agora estão no desemprego, ..., e sem subsídio de desemprego!
-todas as empresas públicas monopolistas e altamente lucrativas estão já na posse do capital estrangeiro!
- a soberania económica do país "já era"!

POR TUDO ISSO SEJA BEM VINDA E OBRIGADO SRª MERKEL!
SEM A SUA AJUDA SERIA MAIS DIFÍCIL  O PSD E O CDS  DESTRUÍREM A ECONOMIA PORTUGUESA E REDUZIREM O POVO PORTUGUÊS A UM COLONATO DE MÃO DE OBRA BARATA E DÓCIL AO SERVIÇO DO CAPITAL ESTRANGEIRO !