quinta-feira, 29 de março de 2012

DAQUI A UM ANO VAMOS TODOS FICAR ESPANTADOS!


Passos Coelho e Paulo Portas querem reduzir o Estado á menor dimensão possível, e ao mesmo tempo querem tornar o investimento privado apetecível!O Plano da TROIKA veio mesmo a calhar! Reduzem a saúde, e o ensino aos serviços mínimos: dessa forma no futuro nem se quer pode haver greves, pois para os serviços mínimos ficarem assegurados , ninguém poderá aderir à greve! Ao mesmo tempo sobem os preços  (as taxas, que afinal são mais do mesmo: mais impostos, mas pagos por quem recorre directamente ao serviço).

E quanto à economia privada? A ideia também é simples e foi logo explicada quando o governo tomou posse (antes eram só promessas!): reduzir ao máximo os direitos dos trabalhadores, passar encargos das empresas (por exemplo segurança social) para cima dos cidadãos em geral (mais IVA!); e reduzir as indemnizações pelos despedimentos os quais o Governo procura facilitar! Como se isso não fosse bastante, Passos Coelho e Paulo Portas, tratam de obrigar os trabalhadores a prestarem mais tempode trabalho gratuito às empresas: trata-se de enriquecer mais as empresas com o trabalho, agora sim, mesmo escravo por que gratuito,  dos trabalhadores!  

Mas o Governo apesar de usar o plano da Troika para liberalizar a economia (isto é tornar a economia social de mercado, numa economia de mercado de pendor selvagem: nada de direitos para quem trabalha, tudo a favor do dono do negócio!) tem também de cumprir com os resultados estabelecidos para o reequilíbrio orlamental! O Governo poderia renegociar esses prazos para o reequilíbrio orçamental, mas prefere carregar nos planos de austeridade, pois dessa forma tem o enorme prazer de "malhar" nos trabalhadores e reformados: de forma arbitrária, ilegal e totalitária, fica-lhes com os rendimentos salariais do subsídio de férias e de natal!

Como os trabalhadores e reformados ganham os piores salários da união europeia, sendo até já considerados indigentes pelos outros cidadãos europeus, o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas, ao roubar-lhes os  rendimentos do subsídio de férias e de natal, torna-os praticamente insolventes: os trabalhadores e reformados, começam a entregar as casas hipotecadas aos bancos, a fazerem regressar os filhos das universidades, começam a alimentar-se mal, a apanharem frio porque a electricidade está cara demais, a fazer refeições para toda a semana, para não gastarem gás que está caro demais, e começam a tomar menos banhos , e até a fazerem as necessidades nos cafés pois a água também já pesa no orçamento familiar!

Ora com os cidadãos (dos quais a maior parte são trabalhadores por conta de outrem) sem poder de compra, sequer para o cabaz de compras normal, as PMEs que produzem para o mercado interno, para além de não terem crédito bancário,  não têm também a  quem vender , e são arrastadas para ainsolvência, as micro-empresas idem aspas, e as famílias da ex-classe média idem aspas, (à medida que os seus pais vão caindo no desemprego: funcionários públicos, professores, quadros das PMEs, e trabalhadores independentes)!
Portanto Passos Coelho e Paulo Portas ficam contentes porque privatizam uma grande fatia dos serviços públicos, ao mesmo tempo que destroiem o mercado interno, porque já ninguém aguenta mais impostos ou roubo de rendimentos, a recessão económica agrava-se (como era objectivo do governo) , e o exército de desempregados atira para o milhão! e as receitas fiscais descem pois está tudo a ficar falido ou meio falido! 


A solução é muito simples: convidar todos os desempregados à emigração  (será até uma forma de combater o défice comercial), e quanto aos reformados, com os seus rendimentos esmifrados, sem capacidade sequer de irem ao SNS e de comprarem medicamentos, pois vão morrendo mais cedo (Mas Passos Coelho e Paulo Portas devem imaginar, pelo menos de vez em quando: que pena não sermos ainda um país NAZI, pois se já o fossemos, os reformados seriam mas é gaseados !).


Quanto à privatização das boas e rentáveis empresas públicas, não vale sequer a pena falarmos: já sabemos que vão ficar na posse do capital estrangeiro, de preferência Alemão, mas também pode ser Chinês, Brasileiro ou Angolano! Vamos pela certa é ficar sem instrumentos de gestão estratégica da nossa economia, já que os recursos estratégicos vão ficar propriedade de capitalistas estrangeiros, os quais querem é o máximo lucro, de preferência com monopólio, e não querem saber para nada da economia do nosso país!

E quanto à dívida soberana? Também não vale a pena falarmos, pois já sabemos que vai aumentar, no mínimo trinta mil milhões de euros (que é o valor dos juros que teremos de pagar à TROIKA, não fosse a TROIKA também um bom banqueiro!). Isto é a dívida soberana vai agravar-se e não ser amortizada como por vezes se atreve a dizer Passos Coelho e Paulo Portas! Mas não há problema, pois toda a gente sabe isso, a começar pela Merkel e pelo Sarkozi, que até gozam com a situação!


Concluindo: daqui a dois anos estaremos com a economia afundada, com as PMEs que produziam bens de substituição de importações na insolvência,  mikcro-empresas e trabalhadores independentes, na insolvência, famíliaas da ex-classe média na insolvência, e um enorme exército de desempregados, todos juntos a banquetearem-se com a gigantesca sopa dos pobres, que as Instituições de Solidariedade Social, da área da Igreja católica, nos cozinham, com o dinheiro que antecipadamente lhes foi entregue pelo Governo, e retirado dos nossos impostos claro!


E claro, já todos sabíamos, mas para que não fiquem dúvidas, ficaremos também com uma dívida soberana maior, e sem empresas públicas e recursos naturais estratégicos!


Isto é daqui a  dois anos iremos ficar totalmente mexicanizados (marroquinos): trabalhamos servilmente para as empresas exportadoras, e trabalhamos servilmente para os turistas (cidadãos europeus)  seja nos seus países como emigrantes, a limpar-lhes as suas casas, e limpando  e cozinhando nos seus restaurantes, seja no nosso país fazendo essas mesmas tarefas! 


Se estes objectivos forem plenamente atingidos como o Governo de Passos Coelho e  Paulo Portas, esperam conseguir atingior, vamos ouvir Passos Coelho e Paulo Portas dizerem orgulhosos:  "nós quando estabelecemos objectivos é mesmo para serem cumpridos. Como vêm podem confiar em nós!" E coma ajuda da Igreja ,  do Futebol,  e dos "media" claro, sabe-se lá se não aumentarão a sua maioria absoluta em próximas eleições! 

quarta-feira, 28 de março de 2012

"TER" OU "SER"


A NECESSIDADE DE MUDARMOS O PARADIGMA DO "TER" PELO PARADIGMA DO "SER" !

A matriz da economia de mercado capitalista tem-nos conduzido sucessivamente a "crescimento económico" , crescimento populacional, crises cíclicas de super-produção, recessão económica, desemprego gigantesco, degradação das condições de vida e miséria social de populações inteiras.


O facto de essas sequências serem negativas está relacionado com a perseguição do lucro e da sua acumulação, derivado do facto de o sistema da economia de mercado consagrar a apropriação privada (pelos donos do negócio) da riqueza produzida socialmente (pelos trabalhadores em geral).


Assim os ciclos económicos reiniciam-se, na perseguição de valores que não conduzem à felicidade dos seres humanos nem à estabilidade económico-social das sociedade, pois impera um Deus abstracto "o lucro" , que se torna o fio condutor de toda a produção social, arrastando as sociedades humanas para um consumismo estéril, para um fetichismo sem limites, alimentado pelo prestígio do TER, sendo este por sua vez alimentado pela filosofia da competição /acumulação de bens apenas destinados a alimentar o "ego" dos seres humanos, condicionados pelo Marketing neuro-cerebral difundido pelos donos do negócio e favorecendo o seu enriquecimento.


Asssim e de facto, fomo-nos afastando da nossa mãe terra, da natureza, e tudo queremos subordinar à lei abstrata do lucro: em nome do "vil" metal os seres humanos donos do dinheiro, exploram e maltratam outros seres humanos, os animais e a natureza. E nessa onda de ganância lá vem outra crise de superprodução ou de negócios piramidais que envolvem todas as sociedades numa crise ainda pior que a anterior.


A solução passa pelo regresso aos valores naturais e essenciais à humanidade e à natureza, o que pressupõe a mudança do paradignma: competição/acumulação/ exaltação do TER/consumismo por um paradigma baseado na cooperação, na solidariedade, na qualidade de vida mais próxima da natureza, e na exaltação do SER.


Esse caminho até foi vislumbrado por Agostinho da Silva, quando de forma lúcida nos apontava a necessidade do abandono do mito da propriedade, por forma a encetarmos a construção de uma sociedade cooperativa e solidária, respeitadora de valores éticos universais e não meramente paroquiais, e respeitadora de todos os animais humanos e não humanos e da nartureza.

terça-feira, 27 de março de 2012

PORTUGAL NECESSITA DE UMA REFORMA ADMINISTRATIVA LOCAL, PLANEADA E DESENHADA COM CABEÇA TRONCO E MEMBROS !




I – O poder local e a CRP

O principio da autonomia do poder local está consagrado no artigo 6.º da Constituicao da Republica Portuguesa (CRP), desenvolvendo-se as coordenadas em que aquele se materializa
na parte respeitante a organizacao do poder politico e sob a epigrafe Poder Local.

 Assim, a organizacao democratica do Estado compreende a existencia de autarquias
locais (art. 235.º), definindo-as como pessoas coletivas territoriais dotadas de orgaos representativos, que visam a prossecução de interesses proprios das populacoes respetivas
(art. 236.º), especificando ainda que no continente, as autarquias locais sao as freguesias, os municipios e as regioes administrativas, enquanto as regioes autonomas compreendem freguesias e municipios.

A CRP preconiza no artigo 6.º o principio da autonomia do poder local e a Carta Europeia de Autonomia Local define-o no artigo 3.º como a capacidade efetiva de as autarquias locais regulamentarem e gerirem, nos termos da lei, e sob sua responsabilidade e no interesse das respetivas populacoes, uma parte importante dos assuntos publicos.

A definicao das atribuicoes e competências pelos municípiops, tem subjacente a concretizacao do principio da subsidiaridade, ou seja, a prossecucao das funcoes de interesse local pelo nivel mais proximo da populacao que, naturalmente, conhece melhor os seus problemas e necessidades.


II – Características dos municípios portugueses e necessidade da RAL.

Em termos de populacao, a dimensao media dos municipios portugueses e superior a da maioria dos paises europeus. A media portuguesa de cerca de 34 mil habitantes sendo equivalente aos valores da Grecia e Holanda e apenas e largamente ultrapassada pelos da Dinamarca e Reino Unido.

Este dado e muito significativo no momento atual em que, no âmbito da reorganizacao da administracao local, se discute a diminuicao do numero de municipios com o objetivo de aumentar a sua escala, a semelhanca de processos de reorganizacao territorial que muitos paises europeus adoptaram.

Embora a dimensao media seja alta, a percentagem de municipios muito pequenos (menos de 5.000 habitantes) é anormalmente alta, já que o valor elevado da dimensao media explica-se por existirem municipios, embora poucos, de dimensao muito elevada. Em suma, isto revela a natureza muito assimetrica da realidade municipal portuguesa: municipios muito grandes a coexistirem com municipios muito pequenos, muitos deles mais pequenos que muitas freguesias.

Estas características conjugadas apontam claramente para a necessidade de proceder a uma reforma abrangente da administracao local. A grande maioria dos paises europeus ha muito que procedeu a profundas reformas territoriais. Nao por acaso, os acordos de ajuda financeira
internacional (FMI, BCE e EU) exigem este tipo de reformas. Uma reorganizacao justifica-se completamente, desde que tenha por objetivo homogeneizar e descentralizar a realidade municipal portuguesa.

O chamado Documento Verde da Reforma da Administracao Local, recentemente apresentado  procura atender a essas tres caracteristicas. Um dos seus eixos e a reorganizacao territorial, em que se opta claramente pela necessidade de fundir freguesias, (estando prevista a extinção de cerca de 1500 freguesias das cerca de 4 200 freguesias existentes, com diminuto nº de habitantes – em Lisboa e por consenso com as populações as freguesias vão diminuir  cerca de 55%) sendo que, relativamente aos municipios assume apenas a proposta de incentivo a fusao, o que significa deixar para a decisao municipal a possibilidade de o fazer.

Se em Lisboa o processo parece ser pacífico, o mesmo parece não se passar relativamente ao resto do país, uma vez que os autarcas consideram que o Governo não negociou devidamente a extinção das 1 500 freguesias, antes optou por  impor uma solução administrativa “de cima para baixo”.

 Atualmente, existem em Portugal 308 municipios dos quais 278 no continente e 30 nas Regioes Autonomas dos Acores e Madeira.
Os 308 municipios portugueses sao agrupados em tres categorias distintas tendo em atencao a sua dimensao quanto ao numero de habitantes:
Municipios Pequenos  com populacao menor ou igual a 20 000 habitantes;
Medios  com populacao maior que 20 000 habitantes e
menor ou igual a 100 000 habitantes;
Grandes  com populacao maior que 100 000 habitantes.

III  Vertentes a que deve obedecer uma verdadeira RAL

Tem de dar um valor especial à economia solidária e de proximidade, por isso esta Reforma Administrativa Local, deve  ser efectuada com pleno respeito pela dignidade das Pessoas, dos Animais e da Natureza, que integram essas regiões.

Dada a actual situação de crise económico-social que atinge o nosso país,  éurgente a tomada de medidas económico-sociais que estimulem o empreendedorismo das populações locais, nomeadamente quanto a projectos de investimento agrícolas eco-ambientais sustentáveis, e quanto ao incentivo de pólos de PME produtoras de bens que satisfaçam quer as necessidades reais das populações locais, quer se enquadrem em PME exportadoras que possam beneficiar de vantagens de localização, propiciadas por essas regiões.

Daí poder considerar-se que pode existir alguma precipitação por parte do Governo em avançar rapidamente com a extinção de 1500 freguesias, sendo essa pressa devida à necessidade sentida pelo Governo de mostrar serviço feito à TROIKA, mas desenquadrada de uma estratégia de desenvolvimento regional integrado.

Uma reforma Administrativa Local deve pressupor o planeamento do desenvolvimento regional integrado, que vá de encontro a planos de desenvolvimento sustentável e eco-ambiental favorecedores da qualidade de vida das populações abrangidas por essa reforma.

Por isso é  insensato avançar-se para uma Reforma Administrativa , sem  uma prévia definição das regiões administrativas enquadradoras do planeamento do desenvolvimento regional integrado. Essas regiões administrativas podem ser estabelecidas a partir do alargamento das actuais regiões metropolitanas, com competências alargadas no domínio económico-social, e com poderes decisórios descentralizados do poder central e supra-municipais.

Só a partir dessas Regiões Administrativas  (as quais constituirão federações de vários municípios),  é que deve ser estipulada a efectiva e apropriada redução / fusão de municípios (sendo por exemplo extintos os municípios com menos de 20000 habitantes), e só após essa reorganização das regiões Administrativas e Municípios, se avançaria então para a fusão/redução e reafectação das freguesias aos respectivos municípios e regiões administrativas então fixadas.

Só com a criação de regiões administrativas enquadradoras de planos de desenvolvimento regional integrado, será possível fixar de forma adequada a fusão/redução de municípios e a consequente fusão/redução de freguesias, e essa será porventura a única forma de reduzir as assimetrias regionais que caracterizam o nosso país, e também de por essa forma combater eficazmente  a desertificação que se vem acentuando nas regiões do interior.

A Reforma Administrativa Local, deve ser efectuada obedecendo a um  planeamento,  consistente e tendo em atenção o desenvolvimento regional integrado : as regiões administrativas a criar definiriam a dimensão regional nas vertentes territorial económica e populacional, os municípios e as freguesias a fundir/extinguir poderiam então  ter em linha de conta as necessidades ditadas pelo desenvolvimento económico e social sustentável, respeitador das populações locais e regionais,  dos habitats dos animais, e dos equilíbrios ambientais.

E só uma Reforma Administrativa Local, coerente com planos de desenvolvimento regional integrados, tornará não só possível reduzir as assimetrias litoral-interior, como definir  e aplicar de forma consistente os Planos Plurianuais de Investimentos , no âmbito das regiões administrativas criadas, já que esses planos devem ser organizados e estruturados por objetivos, programas, projetos e, eventualmente, acoes e são  elaborado numa base movel de 4 anos. 

 IV - Uma Reforma Administrativa Local, com cabeça tronco e membros

1º )Uma RAL digna desse  nome deve preencher os seguintes requisitos essenciais:

a) - promover uma economia de proximidade e solidária,  centrada e facilitadora da acessibilidade das populações locais;
b) - promover redução do desperdício da despesa pública e menor despesa pública ;
c) - garantir uma melhor satisfação das necessidades dos cidadãos do ponto de vista da sua qualidade;
d) -estabelecer um dimensionamento adequado do habitat humano, e ao mesmo tempo inventariar as capacidades agro-pecuárias das áreas maioritariamente rurais: definir as terras cultiváveis , bem como os investimentos eco-ambientais adequados à protecção ambiental e  definir eventualmente reservas naturais para recolha e tratamento de animais errantes, no caso em que estejam em causa terrenos não cultiváveis;
e) - deve estar inserida em planos de desenvolvimento regional integrados, promotores  do bem estar das Pessoas, dos Animais e do respeito pela Natureza.

2º ) A Reforma Administrativa Local, deve ser efectuada com cabeça tronco e membros, e deve partir de uma proposta de uma comissão interdisciplinar  independente dos partidos políticos (já que estes têm interesses políticos autárquicos pronunciados e podem enviezar todo o processo, distorcendo dessa forma os objectivos pretendidos de correção das assimetrias regionais) constituída por Economistas, Sociólogos e Geógrafos:
a)-em primeiro lugar devem ser definido o âmbito territorial das Regiões Administrativas, a partir da extensão  territorial das regiões metropolitanas, as quais devem deter poderes decisórios descentralizados do poder central, e deve igualmente ter poderes supra-municípais, nomeadamente ao nível da coordenação dos  Planos Plurianuais de Investimento, os quais devem ser coerentes e consistentes com os objectivos de desenvolvimento regional integrado;
b)-em segundo lugar devem ser ajustados os municípios, devendo ser no mínimo, fundidos / extinguidos os que detêm população inferior a 20 000 habitantes . O ajustamento dos municípios deve ser condizente com o objectivo da correcção das assimetrias  regionais;
c)-em terceiro lugar, e só após o ajustamento dos municípios, deve ser equacionado o ajustamento a efectuar nas freguesias.

3º ) As freguesias tal como os municípios que servem um número reduzido de habitantes, devem ser fundidos / extintos, mas devem ser equacionados meios alternativos de comunicação privilegiada desses habitantes com os respectivos poderes autárquicos , nomeadamente  com a adequada disponibilização de meios informáticos  colocados ao dispôr desses habitantes , por forma a não pôr em causa relações de proximidade dessas habitantes com o poder local respectivo.

4º )  Só após a definição das regiões Administrativas, e o respectivo ajustamento dos municípios  nelas integrados, poderá fazer-se um coerente ajustamento das respectivas freguesias, por forma a servir de forma consistente os interesses reais das populações locais, e preservando plenamente a autonomía desses poderes locais.

segunda-feira, 26 de março de 2012

A CAROCHINHA E O JOÃO RATÃO !


Charles Wyplosz é um professor de economia internacional do Instituto de Pós-Graduação em Genebra e diz-nos que "a Grécia é um conto de advertência para Portugal, bem como para a Itália, Espanha e para todos os outros países que embarcam em austeridade fiscal no momento em que seu PIB estão diminuindo a cada dia. Acima de tudo é um conto de advertência para a troika (Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia eo Banco Central Europeu), que impõe essas políticas, quando se concede empréstimos de resgate. Os empréstimos elevam a dívida, e a austeridade impede estes países de sair da depressão em que estão atolados". 

Por isso a treta deste Governo PSD/CDS de que em 2013 estaremos aptos a regressar aos mercados, não passa de histórias da carochinha e do João Ratão.
A Alemanha obriga a estas políticas de austeridade por que não é afectada pelas mesmas: tem uma taxa de desemprego relativamente baixa (+-4%)), e não está sob recessão económica. Diferente seria a música se a Alemanha estivesse na situação económico-social dos países periféricos da UE.


Por isso a Srª Merkel está sabendo o que está provocando em casa alheia: um enorme sofrimento das populações de Portugal, da Grécia, da Irlanda e mesmo de Itália, e simultaneamente está a incapacita-las para cumprirem a dívida soberana, pois o resultado aponta para 2ºs resgates, tal como já aconteceu na Grécia.

E a Alemanha sabe muito bem que as medidas correctas teriam de ir no sentido contrário: uma política fiscal expansionista (baixa de impostos) e o reforço do poder de compra dos cidadãos, para propiciar o fortalecimento dessas economias periféricas. A Alemanha sabe que esta política de austeridade conduzirá ao auto-canibalismo das receitas fiscais desses países, e provocará enormes e crescentes taxas de desemprego, a par do desaparecimento das PME desses países que produziam bens de substituição de importações.
Pelos vistos Passos Coelho e Victor Gaspar, ou por que não ousam bater o pé à Alemanha, nem têm coragem para unir esforços com os demais países periféricos, fazem de conta que esta é a única e melhor alternativa, e custe o que custar estão ma colocar o país de cócoras, falido, sem soberania nacional até mesmo dos seus recursos naturais, e para nos embalar, vem com histórias da Carochinha, esquecendo-se que quem está na panela não é o João Ratão, mas o nosso país!
  
Será que este Governo PSD/CDS já tem a sua demissão programada, para não passar pela vergonha imperdoável, perante o país e seus eleitores, quando tiver de recorrer ao 2º resgate da TROIKA? Será nesse ponto que o homem da Goldman Sachs (António Borges) tomará o leme do Governo, tal como Mario Monti já o fez em Itália? Mas aí já nós portugueses e o país estaremos de rastos!

Até quando vamos aguentar estas histórias da Carochinha e do João Ratão, sabendo que seremos a Grécia que se segue?


Os sem abrigo estão a aumentar, os falecimentos de idosos sem acesso à saúde  estão a aumentar, as PME do mercado interno estão a falir, as famílias estão a entregar as suas casas aos bancos, os recursos naturais soberanos estão a ser entregues à China, ..., não me digam que ainda acreditam em histórias da Carochinha e do João Ratão!

PORQUÊS DA MISÉRIA SOCIAL DOS TRABALHADORES EM PORTUGAL !


No nosso país não há organizações que defendam verdadeiramente os interesses de quem trabalha e já trabalhou.
Se há crescimento económico, as centrais sindicais vão atrás da inflação, e se estamos num ciclo de recessão económica, as centrais sindicais limitam-se a fazerem algumas greves, e entretanto as condições laborais degradam-se, o desemprego aumenta e nada é feito para contrariar as prepotências dos lobbies patronais, nomeadamente se no poder estiverem partidos de direita neo-liberal, como é o caso presente.
O PCP e o BE ficam satisfeitos por terem mais trabalhadores /desempregados a manifestarem-se nas ruas, mas como não apresentam alternativas eleitorais ganhadoras, os trabalhadores/desempregados estão sempre a perder.
E se o PS, que é um partido mais ligado à equidade social e a uma melhor repartição da riqueza nacional (desde que não tenha corruptos a dirigi-lo) está no poder, o PCP e o BE não descansam enquanto o não substituem por partidos de direita.
Resultado, neste país tudo se conjuga para a crescente escravização de quem trabalha, e actualmente o salário mínimo está já abaixo do limiar de pobreza. Neste contexto em que os trabalhadores são sugados até ao tutano por um patronato que se comporta não como gestor empresarial, mas como um comerciante que quer ganhar o máximo lucro no mais curto prazo de tempo, não restam incentivos à maior produtividade do trabalho, pois trabalhar torna-se num sacrifício, já que tornado uma escravatura.
Para haver crescimento de produtividade teríamos de ter patrões com capacidade empresarial, que soubesse criar um clima de motivação e de satisfação no trabalho dentro das suas empresas, por forma a que os trabalhadores gostassem efectivamente de produzir mais e com mais qualidade e inovação.  Infelizmente é o contrário que faz a regra muito pela miopia dos partidos políticos de direita, e dos lobbies empresariais os quais tendem a acentuar os desequilíbrios na repartição da riqueza nacional  em desfavor dos trabalhadores.    
Uma vergonha para os sindicatos e para os partidos políticos, mas também vergonha para os lobbies empresariais, os quais não combatem a subida dos preços monopolistas dos combustíveis ou da electricidade, mas desancam sem dó nem piedade nos seus trabalhadores, arrastando-os para a miséria económico-social, e arrastando para o empobrecimento a nossa economia.
Depois a nossa democracia , derivado de ser meramente representativa, tem proporcionado "cleptocracias" (partidos e governos de ladrões) as quais levam os cidadãos a abster-se em eleições e absterem-se de participar na vida política. Aí têm culpa também os eleitores.
Ora é o caminho contrário que necessita de ser percorrido: votação massiva nas eleições, vigilância apertada do eleitorado sobre a governação do país, e participação crescente dos eleitores nas decisões públicas através seja da democracia semi-directa como acontece na Suíça, seja através da democracia directa (demo-ex) como está sendo experimentado já na Suécia.
Enquanto não houver em Portugal uma democracia aprofundada e participada como definido na CRP, quem trabalha tenderá a ser escravo e quem é patrão tenderá a ser um senhor esclavagista, já que os jogos políticos do poder favorecem no nosso país claramente o domínio da direita, ou seja dos partidos que defendem os interesses dos lobbies patronais, contra os trabalhadores e contra uma economia desenvolvida em Portugal

domingo, 25 de março de 2012

CIDADÃOS E TRABALHADORES PORTUGUESES!

Em primeiro lugar somos  cidadãos trabalhadores portugueses, e como tal sujeitos potestativamente ao poder de uma ditadura democrática,queesconde o seu totalitarismo atrás de eleições fraudulentas quanto aos objectivos invocados para obter o voto;

Em 2º lugar, como cidadãos trabalhadores de Portugal estamos sujeitos a um governo que se diverte a subir os impostos, sabendo antecipadamente que essa subida de impostos apenas servirá para baixar as receitas fiscais, para aumentar a recessão económica, as falências das PME e o desemprego galopante  entre os cidadãos que dependem do seu trabalho para sobreviverem;

 
Em 3º lugar, e como cidadãos trabalhadores portugueses que somos, sabemos que não passamos de um mero factor de produção na óptica neo-liberal deste governo, com direitos sócio-laborais zerados, sujeitos a salários miseráveis que nem para o aluguer da habitação dão, sujeitos ao despedimento provocado pelo mau humor do patrão, sujeitos à espoliação dos rendimentos pelo Governo, que age como mandatado dos grandes interesses económicos que sequestraram a democracia em seu proveito particular;


Em 4º lugar, e como cidadãos trabalhadores portugueses, também já sabemos que a corrupção política assentou arraiais nos partidos do poder, que essa corrupção controla o Governo e a Assembleia da república, e que só poderemos expulsar de vez essa corrupção se conseguirmos obter poderes pós eleitorais de impugnação das decisões públicas corruptas e contra o interesse do bem comum, e de participação efectiva na vida pública.


Em 5º lugar, também lemos ouvimos e sabemos, que devemos dar cumprimento ao artigo 21º da CRP, por forma a evitar a todo o custo o caminho para o abismo económico-social, que este Governo liberal e conservador do PSd/CDS, com a cumplicidade de um PR incompetente e que não cumpre o seu dever constitucional de cumprir  e de  fazer cumprir a CRP,  nos pôs e quer continuar a pôr a trilhar, custe o que custar!    


Por fim, também sabemos que se não formos capazes de afirmar no nosso país e na UE a nossa cidadania participativa e soberana, e como tal   de implementar uma democracia participada e directa no nosso país, promotora da solidariedade humanística, animal e ambiental, também nada de especial e de positivo o resto do  mundo, os outros animais,  e a terra terão a esperar do nosso potencial contributo!

AMANHÃ SERÁ TARDE DEMAIS PARA REERGUERMOS PORTUGAL!


  - QUE ATITUDE PODEMOS TOMAR PARA VOLTARMOS A TER ORGULHO NO NOSSO PAÍS?

* tomarmos nas nossas mãos o poder político, correr do poder estes servidores dos grandes interesses económicos, e impormos um novo rumo que obrigue 
o novo Governo a cumprir com as promessas eleitorais, como está acontecendo na Islândia;
*exigirmos uma larga participação dos eleitores na vida pública do país, reforçando o poder das petições, dos referendos e até da consulta do eleitorado via internet (demo-ex)  já em experimentação na Suécia;
*obrigarmos a uma imediata implantação de uma democracia semi-directa, tal como existe já na Suíça, obrigando o Governo a anular medidas que prejudiquem os interesses gerais do país;




-COMO EVITAR RECAIRMOS NOS ERROS DO PASSADO ?



O caminho só pode residir no aprofundamento da democracia, como exigido pela nossa CRP:
* o reforço do nosso sistema democrático constitucional, visando a participação massiva dos eleitores nos actos eleitorais, e aprofundando a participação dos mesmos nas decisões públicas ;
*  dados os níveis de abstenção actuais que já superam os 40%, torna-se essencial aplicar a alínea c) do artº 9º da CRP, e penalizar o incumprimento dos cidadãos do dever ético-constitucional de votar, a não ser que seja apresentada fundamentação escrita para o não cumprimento desse dever cívico á respectiva Junta de freguesia num prazo útil de 10 dias após o dia da votação;
*deveremos exigir (revisão da CRP) que o PR no caso de não cumprir com as suas funções constitucionais possa ser destituído das suas funções , através de instrumentos de decisão ao alcance dos cidadãos.


PARA ONDE NOS ESTÁ A CONDUZIR ESTE GOVERNO PSD/CDS ?


Para o holocausto económico e financeiro Grego: as imbecis medidas de austeridade aplicadas por este governo, que ao invés de fazer uma reforma estrutural do Estado visando a eliminação do desperdício dos dinheiros públicos, se diverte a retirar poder de compra dos cidadãos, e com isso a provocar recessão económica, mais desemprego, mais falências de PME e das famílias, e no final vai ter menor receitas fiscais, e será tentado a reiniciar o circulo da desgraça e da miséria económico-social.


Queremos, como está sucedendo ficar com a nossa soberania económica e social de rastos perante os interesses económicos do capital estrangeiro que nos está a transformar numa sua colónia?



Pois então não hesitemos em correr com estes governantes vendilhões da pátria, e exijamos uma democracia participada JÁ!   


AMANHÃ SERÁ TARDE DEMAIS !

quinta-feira, 22 de março de 2012

RUMO A UMA DEMOCRACIA DIRETA E PARTICIPADA!




Caras amigas e amigos,

 o que necessitamos não é de partidos "muito bonzinhos" nas campanhas eleitorais, mas que apenas querem iludir os eleitores, necessitamos sim de partidos que assumam as suas responsabilidades efectivas para com o estabelecimento de poderes concretos dos eleitores para participarem e controlarem efectivamente as decisões públicas dos "eleitos".Temos de em plena campanha eleitoral exigir dentro e fora dos partidos,  direitos efectivos de participação, condução e controlo da vida pública, e temos de fazer saber aos partidos que apenas estamos dispostos a votar naqueles que se comprometerem com medidas eleitorais concretas,  que estabeleçam esses poderes concretos aos eleitores, por forma a acabarmos definitivamente com a Corrupção em larga escala dos "eleitos", e para obrigarmos efectivamente (e só o conseguiremos se tivermos leis que nos conferem esse poder) os eleitos a conduzirem a sociedade no interesse geral e no bem comum.


Uma democracia direta é qualquer forma de organização na qual todos os cidadãos podem participar diretamente no processo de tomada de decisões. . No mundo atual o sistema que mais se aproxima dos ideais da democracia direta é a democracia semidireta na Suíca. Na Suécia está em fase de experimentação a DEMO-EX, visando a utilização da internet como instrumento  facilitador  na participação directa dos cidadãos nas decisões públicas. 

 "Demarquia",  significa "governo do povo" e visa pôr nas mãos dos eleitores a condução dos negócios do país, isto é coincide com as exigências da indignação popular ao exigir democracia directa e mais participada.

« ... o conceito de Demarquia proposto pelo Prêmio Nobel de Economia Friedrich A. Hayek (1899-1992), em seu livro “A Ordem Política de um Povo Livre” (terceiro volume de “Direito, Legislação e Liberdade”), no qual Hayek contrapõe o conceito de demarquia (demo + archos = governo do povo) ao de democracia (demo + cratos = poder do povo).

Esta concepção de um novo regime político proposto por Hayek significa um regime de governo exercido pelo povo ou regime de governo exercido de forma eqüânime por todos, e um regime no qual a autoridade de cada cidadão retorna as suas mãos e que é exercida através do Estado exclusivamente para fazer cumprir aquelas funções que dependam da ação coletiva organizada da sociedade, onde o governo atuará respaldado exclusivamente no Poder legitimamente adquirido.

A verdadeira democracia não vem da autoridade da maioria, mas sim, da existência de garantias suficientes para que os poderes dos representantes do povo sejam limitados em suas ações coercitivas governamentais.

A efetiva separação de poderes torna-se necessária para descentralizar e diminuir o poder do Estado, tornando viável a implantação do genuíno Estado de Direito. A democracia teria então a finalidade de oferecer um procedimento seguro para a sucessão pacífica de governos e de limitar os poderes dos governantes incompetentes.»

«... A representação não pode funcionar, a não ser que as pessoas representadas participem de alguma forma na atividade de seus representantes.

Segundo o filósofo britânico John Stuart Mill (1806-1873), as instituições representativas têm pouco valor e podem ser um mero instrumento de tirania e intriga, quando os eleitores em geral não estão suficientemente interessados em seu próprio governo a ponto de dar seu voto ou se, ao votar, não são seus sufrágios em favor dos interesses públicos, mas sim os vendem por dinheiro ou votam em conformidade com alguém que sobre eles tem controle ou cujas razões particulares visam o clientelismo.

A ação humana torna-se necessária pois é a resposta dos cidadãos às condições decadentes em que se encontra o país.

O homem, ao agir, escolhe; ele age visando alcançar uma situação futura mais satisfatória, portanto a escolha determina todas as decisões humanas. A liberdade de escolha é no fundo um instrumento de progresso, e o progresso decorre das ações do homem, mas não do desígnio do homem. Faça seu voto valer, manifeste a escolha de seus representantes!»

*(Margaret Tse - Vice Presidente Executiva do Instituto Liberdade, Conselheira da Associação Comercial de Porto Alegre, Associada do IEE). 

domingo, 18 de março de 2012

QUE FUTURO PARA O SECTOR TÊXTIL FACE AO LIVRE COMÉRCIO INTERNACIONAL?



Em Janeiro de 2005 começou a funcionar oficialmente a liberalização internacional do comércio dos texteis, provocando em consequência um aumento exponencial da concorrência internacional.

O aumento da concorrência internacional favorece a competitividade internacional , e favorece nomeadamente os países que detêm os factores mais competitivos, seja ao nível das tecnologias, do design e da marca, das patentes, ..., e dos custos de produção, entre os quais a mão de obra, a electricidade, os combustíveis e as matérias primas.

O custo das Matérias Primas, não é muito diferenciado para os países produtores de texteis e vestuário em presença no panorama do comércio internacional.

Já questão da electricidade e dos combustíveis tem-se revelado extremamente desfavorável às PME portuguesas, já que funcionam no regime de monopólio, e foram entregues á gestão e propriedade privadas. Como consequência temos os combustíveis e a electricidade das mais caras da UE, e se comparamos esses custos com a nossa vizinha Espanha, os custos portugueses são mais caros em cerca de 30%.


O Governo português nomeia autoridades reguladoras e da concorrência, as quais nem coragem têm para impôr que os preços dos combustíveis e da electricidade não sejam pelo menos superiores aos preços em média praticados na UE.


Quanto aos salários, e por que os Lobbies empresariais não têm sabido opôr-se aos outros aumentos de preços (caso dos combustíveis, os quais têm preços supra-normais), e como consequência têm feito pressão junto dos Governos para que os salários não subam, e isso de tal forma que temos os salários mais miseráveis da UE, os quais já roçam o nível da indigência, e não asseguram sequer a sobrevivência digna dos trabalhadores.  

Assim o custo horário da mão de obra portuguesa era cerca de um terço da mão de obra alemã, e menos de metade do custo horário da mão de obra Espanhola e Italiana.


Mas se comparada com Marrocos, o custo horário da mão de obra portuguesa era já o dobro da praticada em Marrocos, e se comparado o custo horário da mão de obra portuguesa  com o custo da mão de obra indiana e chinesa , então a mão de obra portuguesa teria um custo horário superior a 10 vezes esse custo de mão de obra asiático.

Por isso e como desde 1995 se sabia que a liberalização do comércio mundial nos texteis iria ser um facto, deveriam os Governos portugueses ter procedido à indispensável reconversão da industria textil e do vestuário, por forma a acautelar quer a viabilidade das PME desse sector, quer por forma a garantir competitividade ao nível das exportações para a UE e para o resto do mundo.

Tal reconversão teria de passar pela modernização da tecnologia produtiva das PME, (garantindo maior produtividade),  pela inovação, pela consagração do design e da marca patenteada dos seus produtos.

Como é hábito, os governantes do PSD e do PS nada fizeram, dedicaram-se às Parceria Público Privadas, as quais envolvem milhares de milhões de euros aplicados no betão, mas que dão "luvas" para os cofres partidários: fomentam obras não reprodutoras e fomentadoras da dívida soberana, e esta pouca vergonha já dura desde os governos de Cavaco Silva!

Resultado, desde 1995 a 2004, perderam-se cerca de 140 000 postos de trabalho no sector textil, como consequência de falências de PME ditadas pena não reconversão atempada das mesmas face à liberalização do comércio internacional, o quual apesar de entrar em vigor em 2005, já estava sendo na prática aplicado há alguns anos, mercê dos acordos preferenciais estabelecidos entre a UE e os países do Magreb.

Como não há viabilidade alguma de praticarmos os custos salariais asiáticos, todas as empresas do sector textil que não reconverteram as suas tecnologias, nem o design dos seus produtos, e que apenas queriam ser competitivas à custa do abaixamento salarial dos trabalhadores portugueses, ficaram irremediavelmente condenadas á falência.

E quer no Vale do Ave, quer na Covilhã, quer em todos os lugares em que existiam PME do sector têxtil, sem tecnologia de ponta, sem design e marca do produto, se verificaram falências e fechos sucessivos dessas PME, tornadas não competitivas pela liberalização do comércio internacional, e pela inaptidão da sua gestão empresarial.



Natacha Romão, chama-nos a atenção (e nós estamos de acordo) de que relativamente à Covilhã, e nas zonas em que existe pastoreio de ovelhas, poderemos questionar porque  nos damo ao luxo em Portugal de deitar a lã da ovelhas fora. Materia prima  que podia ser aproveitada,valorizada, nomeadamente para a produção artesanal local, podendo originar produtos locais certificados de grande valia para os pastores e criadores de ovelhas . Aquilo que temos, os nossos recursos, aquilo que nos pode tornar especiais e contribuir até para manter produções locais eco-ambientais não pode ser desperdiçado em nome de uma divisão internacional capitalista do trabalho que despreza essas produções locais artesanais. Isto é, devemos apostar na tecnologia mas também  nos produtos unicos e tecnicas de produção tradicionais que estão ao nosso dispôr!  



Actualmente já foi feita uma grande limpeza natural dessas empresas cuja competividade se baseou apenas e sempre em salários miseráveis. As que não cairam ainda, vão cair e vão fechar, e o Governo meterem dinheiro nessas empresas, é o mesmo que deitarem dinheiro para um buraco sem fundo. O caminho é a formação dos seus trabalhadores, por forma a poderem ser reintegrados em empresas do sector (ou novas) mas com competividade baseada em salários elevados, alta qualidade dos seus produtos e marca patenteada dos mesmos.

A outra situação que vai provocando falências indiferenciadas nas  PME exportadoras, tem a ver com a falta de capacidade de gestão de alguns empresários, os quais resistem à contratação de técnicos qualificados quer na área financeira, quer na área produtiva, por que querem perpetuar o "quero mando e posso" dentro dessas empresas.



Com a acumulação dos seus erros de gestão, essas PME acabam por se tornarem inviáveis, e a razão dessa inviabilidade pode mesmo (deveria) ser considerada danosa.

Para evitar essas falências resultantes de gestão danosa de empresários incompetentes, os quais não sabem verdadeiramente ser empresários e que apenas possuem uma mentalidade de comerciante, só mesmo uma co-gestão participada pelos trabalhadores dessas empresas, através das suas estruturas laborais.

Mas os partidos ditos representativos dos trabalhadores, bem como os sindicatos seus satélites, não querem que estes se tornem auto-gestores, pois querem utiliza-los de forma instrumental para as suas estratégias e tácticas políticas.

Assim, para elevar a participação dos trabalhadores na gestão das suas empresas, tornar-se-ia necessário que os seus sindicatos fossem independentes dos partidos políticos que os controlam, ou que os ditos partidos políticos fossem favoráveis à real emancipação dos trabalhadores que dizem falsamente defender, já que isso passaria pela apresentação de propostas legislativas nesse sentido.



Poderemos concluir que o sector textil e do vestuário apresenta duas velocidades distintas: as PME que se modernizaram, que revelaram capacidade de gestão empresarial aos níveis financeiro e do produto (design, marca patenteada, altos padrões de qualidade e elevados salários), estão no caminho da viabilidade e do sucesso empresarial. Pelo contrário as PME que mantiveram a sua gestão tradicional familiar, que não se apetrecharam de técnicos nos domínios financeiro e produtivo, e que apenas baseiam a sua falsa competitividade na mão de obra barata e indigente, estão condenadas à falência seja por gestão danosa, seja porque de facto não são nem serão nunca competitivas, com os produtos de baixa qualidade provenientes dos países asiáticos, os quais praticam salários impraticáveis no nosso país (já que não possibilitariam minimamente a alimentação, a habitação e a saúde de quem trabalha).

De salientar para concluir, que as PME do sector têxtil incluídas na categoria daquelas que apenas baseiam a sua competitvidade em baixos custos salariais, exercem um efeito retrógado sobre a evolução dos rendimentos salariais portugueses, e por isso também sobre a repartição da riqueza nacional (apenas 39% dessa riqueza vai para o trabalho) para além de de facto não serem viáveis a curto e médio prazo no contexto do mercado da UE.    




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O Sector Têxtil e Vestuário Português Face ao Desafio da ...

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Principais Causas: □Liberalização do Comércio Têxtil e Vestuário Mundial em. 1 Janeiro de 2005: Aumento Exponencial da Concorrência. Internacional...

sábado, 17 de março de 2012

SERÁ O PSD UMA UNIVERSIDADE DA CORRUPÇÃO ?


1 .O caso BPN é um caso de polícia já todos o sabemos:
  a)  -fraude gigantesca cometida pelos barões do PSD, por acaso amigos de Cavaco Silva;
  b)- uma "nacionalização" apressada da fraude, levada a cabo pelo ministro das finanças  Teixeira dos Santos, ninguém sabe porquê, mas ele diz que foi para evitar um risco sistémico.
  c)Ao cobrir o buraco fraudulento do BPN, o Ministro  Teixeira dos Santos não fez um favor ao País, fez um favor aos vigaristas que dirigiam o BPN, e esse buraco já custou mais de 8 mil milhões ao país e aos seus contrinuintes.
 d)No mínimo Teixeira dos Santos deve também ser julgado a par dessa corja de ladrões , por sinal todos barões do PSD, partido do Governo que resistiu até onde pôde à constituição da Comissão de Inquérito, pressionando entranhadamente a Presidente do Parlamento.

2. O caso do subsídio à EDP !
    a)é uma vergonha deste Governo e do seu 1º Ministro. A TROIKA exigiu o fim desse subsídio astronómico de cerca de 3,9 mil milhões de euros à custa dos contribuintes à monopolista EDP.  
    b) Estudos técnicos indicaram que no mínimo deveriam ser reduzidos em 2,5 mil milhões;
   c)  os administradores da EDP mexeram-se (Mexia não quer deixar de embolsar milhões dos nossos impostos) e o Governo cedeu. O Secretário de Estado demitiu-se, pois não podia concordar com tamanho roubo ao povo português. 
   d)  A TROIKA está à espera de saber se este Governo é tão corrupto como parece ser perante os interesses dos grupos económicos instalados à mesa do orçamento!

3. O caso Lusoponte
Ficamos a saber que o Governo está disposto a pagar várias vezes a mesma conta aos amigos.  É que no BPN, na EDP, e na Lusoponte, só nos aparecem barões do PSD !!!
São mais 4 milhões que andam para lá e para cá ao sabor de quem vai descobrir mais uma "dádiva ao amigo".   

4. O caso António Borges 
a) É só mais uma nódoa a  acrescentar à prática pouco clara deste Governo. António Borges tem um largo currículo ao serviço dos grandes interesses económicos mundiais, os quais obviamente estão interessados em apoderar-se das melhores empresas públicas  portuguesas.
b)  Faz de conta que se desliga desses interesses para ser convidado pelo Governo para dizer como deve ser dividido o bolo das privatizações.
c) Mas faz só de conta, pois logo a seguir lá vai para Administrador de um  grande grupo económico, dito português, mas  que até paga impostos  fora de Portugal.
e) Para o Governo tudo bem, e para o ministro das Finanças que tem feito dos trabalhadores e dos reformados o "bombo da festa" da dita austeridade, NADA HÁ A ESTRANHAR!.

Conclusão, temos um Governo do PSD que à custa do saque aos rendimentos dos trabalhadores e reformados :
    a) está  a tapar os buracos fraudulentos  feitos por barões do PSD, no BPN (8 mil milhões);
    b) está a cobrir o défice oculto feito pelo  barão do PSD na Madeira (6 mil milhões);
   c) está a querer dar em dobro à Lusoponte gerida por um barão do PSD mais 4 milhões;
   e) está a querer presentear a EDP gerida por Mexia, -outro do PSD  (2,5 mil milhões )!
   
Não acham que já são milhões a mais à custa dos nossos impostos, à custa da miséria económica e social  que o Governo está a impor ao país custe o que custar?
Será que este Governo PSD só vai parar quando já estivermos acima da taxa de 20% de desemprego, quando já não tivermos PME produtoras de bens de substituição de importações, quando já não tivermos micro empresas, quando as famílias da ex-classe média estiverem a dormir ao relento pelas ruas de Lisboa? 

terça-feira, 13 de março de 2012

ESCÂNDALO DE ÚLTIMA HORA !!!


ESCÂNDALO DE ÚLTIMA HORA:
Pelos vistos o Secretário da Energia bateu com a porta, porque uma das medidas constantes do plano da TROIKA -a redução das rendas a pagar pelo Estado às empresas de energia (EDP, ...) as quais totalizam a exorbitância de cerca de 3,9 mil milhões de euros  !!!
Após um estudo encomendado a uma Universidade Inglesa, chegou-se à conclusão que essas rendas deviam baixar cerca de 2,5 mil milhões de euros, ou seja ficarem em cerca de 1,4 mil milhões de euros (o que em si já é uma exorbitância).
O Mexia que ganha milhões anualmente à custa dos nossos pagamentos das tarifas de electricidade, e pelos vistos à custa dos nossos impostos conseguiu impôr o Lobbie ao frango do Passos Coelho (que só tem coragem para ferrar nos trabalhadores e reformados).
Isto é escandaloso de mais para ficar silenciado, e o povo português deve exigir que este (des)Governo  corrupto perante os interesses da LusoPonte, e agora perante a EDP (de capital estrangeiro), seja demitido e que o Primeiro Ministro vá a tribunal explicar:
    -por que deixou distribuir milhões de euros de dividendos aos agora accionistas da EDP, mas que o não eram ao tempo do registo desses dividendos;
    -por que permitiu entregar mais de 4 milhões de euros á Luso Ponte, indevidamente, estando lá o barão Ferreira do Amaral do PSD, que antes de ir para lá era ministro e fez um contrato pernicioso para o Estado a favor da Luso Ponte! ;
    -por que se recusou a aplicar a proposta do Secretário de Estado e conforme ao acordo com a TROIKA de reduzir em 2,5 mil milhões as rendas pagas com os nossos impostos à EDP de Mexia (outro barão do PSD);
    - por que depois de termos enchido o buraco do BPN em cerca de 5 mil milhões de euros (feito por barões do PSD), Passos Coelho o entregou por 40 milhões mais um brinde de 300 milhões  dos nossos impostos ao BCI de Mira Amaral (mais um barão do PSD) ;
   - e depois de tantas benesses de milhares de milhões a empresas geridas por amigos barões do PSD, por que vem o Passos Coelho cortar subsídios de Natal e de Férias integrantes dos salários de miséria de quem trabalha e já trabalhou ?;
  - e quando dá milhares de milhões de euros à custa dos nossos impostos a essas empresas monopolistas geridas  por barões do PSD, por que é que este Governo PSD/CDS não para de subir os impostos sobre os nossos rendimentos, e sobre o consumo, arruinando as famílias e as PME , e causando a subida do desemprego em flecha?
   -quem faz parar esta bandalheira de desperdício de dinheiros públicos efectivada por este Governo PSD/CDS, o qual ainda para cima enche os ministérios de "especialistas " baronetes do PSD para serem pagos principescamente à custa dos nossos impostos?
Esta corrupção de interesses particulares a chularem o dinheiro dos nossos impostos tem de ter fim imediato.
O Governo tem de servir os interesses gerais da sociedade, e não como está a acontecer a dar de mão beijada milhares de milhões às empresas geridas pelos barões do PSD, ao mesmo tempo  que afundam a economia, as PME e as famílias para a bancarrota e a insolvência!
E como tolerar que este Governo permita o aumento incessante do preço dos combustíveis, o qual é dos maiores ao nível europeu, num país em que o salário mínimo nem dá para pagar a renda de casa ? Não podia no mínimo exigir que esse preço dos combustíveis não fosse superior à média dos preços na UE?  Por que raio considera o Governo que nós portugueses temos de financiar os investimentos megalómanos da GALP , quando são os accionistas da GALP que ficam com os milhões de dividendos?

BASTA! BASTA!  BASTA!

domingo, 11 de março de 2012

UE À DERIVA OU CARAVELA HERDADA DO INFANTE D. HENRIQUE ?


  • Estamos nós portugueses,  sujeitos a uma política económico-financeira, imposta do exterior  (a TROIKA) , a qual nos vem arrastando sem dó nem piedade para uma recessão económica e para uma miséria social crescentes, já que (até agora) assentou fundamentalmente na tomada de medidas que nos reduzem os rendimentos  (retirada dos subsídios de férias e de Natal, que eram parte integrante do miserável salário português), e que nos sobem os impostos (IRS e IVA) indutores igualmente de menores rendimentos e de menor poder de compra.
  • Como é óbvio as empresas  que produzem para o mercado interno (nas quais se incluem as PME que produzem bens de substituição de importações) não conseguem vender as suas produções, acumulam stocks e tendem a paralisar a sua produção.
  • Esta situação já se vem prolongando à tempo demais, e como resultado as empresas, na impossibilidade de trabalharem aos seus níveis potenciais de produção, promovem despedimentos colectivos (despedimentos às centenas e milhares de trabalhadores ), e as PME ficam na fronteira da insolvência, arrastando consigo milhares de famílias, as quias começam a ficar sem saber o que fazer aos seus filhos (ex-estudantes universitários), às suas casas (entregues à Banca), e em suma ao seu futuro (não há mesmo emprego para ninguém), pois esta política de austeridade implica o desinvestimento, que é precisamente o contrário do que o país precisava para sair do atoleiro em que foi colocado pela TROIKA e pelos seus funcionários, vulgo "goverrnantes" portugueses.
  • A UE está a atravessar não uma, mas várias crises: financeira (o problema da dívida soberana, e dos défices orçamentais); económica (está em estagnação económica, com riscos de cair na recessão económica); política (ou avança para a UEE, ou avança para o desmembrar da zona euro, e não faz nem uma coisa nem outra); e uma grande crise social, plasmada em cerca de 30 000 000 de desempregados (trinta milhões de adultos no desemprego, e sem solução à vista).
  • Neste contexto sistémico de terror social ensurdecedor, que opções podemos tomar para sairmos da crise?
  • Ao nível da UE, o único caminho dissuasor do desmembramento europeu (e não só da zona euro) será o dar um passo em frente: o federalismo europeu, com a constituição dos Estados Unidos da Europa. O simples anunciar dessa bandeira, seria porventura suficiente para dar uma valente sapatada na crise ao nível da UE!
  • Ao nível do nosso país, temos duas vias: continuar com esta política suicida de austeridade, promotora da falência sucessiva e crescente de PME e de famílias, com uma luz ao fundo do túnel chamado holocausto grego (e claro, sem dúvida alguma, e nem o  hiper mentiroso Passos Coelho já vai conseguindo calar: um segundo resgate financeiro da TROIKA), ou fazemos as "malas", e aproveitamos para saltar da zona euro, à boleia da Grécia, e com perdão total da dívida soberana (afinal foram os donos da dívida soberana que nos colocaram na miséria económica e social!).
  • Claro que se os ventos mudassem, se a Alemanha começasse a apanhar com o "efeito boomerang" das políticas de austeridade impostas aos desgraçados dos países periféricos, poderia ser que a UE, finalmente, se decidisse avançar para a UEUE, e aí sim, seria preferível (se nos deixarem) continuar na zona euro - afinal perdoarem-nos a dívida soberana por sairmos seria igual a perdoarem-nos a dívida soberana para continuarmos, mas só na situação da bandeira dos UEUE -União dos Estados  Unidos da Europa , união porque até ver não estão sequer unidos!).
  • É fundamental que Portugal, Espanha, e Itália e a França (sem Sarkozi seria o ideal) cerrem fileiras, e imponham à actual UE a futuro UEUE. Espanha já deu alguns sinais de inteligência ao assumir que dá prioridade
    à viabilidade da sua economia e à viabilidade das suas famílias e cidadãos, em detrimento da loucura proclamada de redução imediata do défice "custe o que custar"!
  • E o que estamos fazendo ?
  • Pois exactamente o contrário daquilo que deveria ser feito: continuamos na política suicida de redução do défice orçamental a toda a velocidade e "custe o que custar" (às PME e às famílias que são colocadas no abismo da insolvência e do desemprego) ,  o (des) Governo do PSD/CDS coloca-se na posição de cócoras perante as exigências de mais austeridade exigida pela TROIKA, e conduz-nos como asnos, para o holocausto grego sem tirar nem pôr, a caminho do 2º resgate, e a caminho do enterro das PME que produziam bens de substituição de importações.
  • E o Presidente o que faz?
  • Torna-se um cúmplice (resmungão, mas cúmplice) deste Governo PSD/CDS que nos está a atirar para a ruína, e nem se atreve a enviar para o Tribunal Constitucional as medidas governamentais arbitrárias e totalitárias, de redução dos rendimentos dos trabalhadores e reformados, e nem ousa sequer invocar que a UE tem obrigatoriamente de abraçar o federalismo, se não que desmembrar-se como um baralho de cartas a caírem anarquicamente na fogueira   ateada pela Alemanha, e já sem controlo das suas labaredas!
  • Parece que o único raio de lucidez vem do actual líder do PS António  José Seguro, o qual não só tem invectivado o desastre económico-social provocado pelo "custe o que custar" deste patético Governo PSD/CDS (o qual já não sabe o que fazer, pois está a começar a sentir o efeito "boomerang" da redução das receitas fiscais provocada pela austeridade a que imbecilmente está a sujeitar a economia do país) , como ainda tem apontado e exigido o caminho certo ao nível da UE: o avanço, antes que seja tarde demais , da UE para o federalismo europeu e a consequente formação da UEUE -União dos Estados Unidos da Europa. 
  • E estamos confrontados actualmente com esse dilema: ou a UEUE, ou o desmembramento da UE. No caso de a UE demorar a encontrar o único caminho que pode viabilizar a união económica e monetária europeia, então  saibamos sair da "nau catrineta" da UE que anda à deriva, e está prestes a encalhar com um grande rombo,  e saibamos saltar em tempo,  para a nossa "caravela"  herdada dos tempos do nosso timoneiro Infante D. Henrique!