domingo, 27 de janeiro de 2013

REGRESSEI AO MERCADO: tenho um novo cartão de crédito! Vou emigrar!

Ir ao mercado é  o que fazemos quotidianamente quando nos vamos abastecer de bens alimentares essenciais á nossa sobrevivência nos respectivos super e hiper mercados.
Compramos a dinheiro (quando o temos) ou com cartão de crédito (quando o temos, e enquanto  esse cartão tem plafond de crédito disponível). Os super e hiper mercados recebem o dinheiro de imediato, mas nós beneficiamos de crédito concedido pelo banco.

Mas se nós não pagarmos as prestações de crédito utilizadas, o banco corta-nos o crédito, para além de nos meter em tribunal e penhorar os nossos bens. E isso acontece quando por exemplo ficamos sem os rendimentos do trabalho, por a empresa ter declarado a insolvência, ou por termos sido despedidos, e  por não termos rendimentos alternativos.
Também deixamos de cumprir quando o Governo resolve expropriar parte dos nossos rendimentos, seja de forma directa (corte de subsídios de natal e de férias), seja por nos impor um enorme aumento de impostos (dizendo com humor negro que somos um povo maravilhoso sempre disposto a mais sacrifícios).
Como depois dessa expropriação pública dos nossos rendimentos do trabalho e da reforma, o nosso rendimento disponível passa a ser insuficiente: para pagar a prestação da casa, as propinas do ensino público, os passes do transporte, a alimentação, a saúde, ..., algo vai ficar para trás. Em geral começamos por entregar a casa ao banco, mas cedo chegamos á conclusão que temos é de emigrar com filhos e tudo, e dizer mesmo adeus pátria (até por que a pátria agora tem novos donos, anónimos, accionistas das grandes multinacionais, que até podem ser grandes traficantes da droga, seja farmacêutica, seja da outra (que é vendida a peso de ouro, por ser de venda proibida).
Mas se formos ao Banco e dissermos que temos um avalista, que em caso de ficarmos desempregados, ou mesmo totalmente insolventes, ele assumirá a nossa dívida, então o banco pode dar-nos um novo cartão de crédito, ou aumentar o plafond de crédito anterior.
A isso chama-se ir de novo ao mercado do crédito! Uma festa, pois apesar de ficarmos mais endividados, e de continuarmos a não imaginar sequer como vamos pagar os juros da dívida anterior (a nova dívida só pode ser mesmo para esquecer) , acabamos por ganhar uma grande vantagem nova: a de nos endividarmos mais!
O nosso Governo faz o mesmo, e o avalista chama-se BCE.
Ora se o Governo faz o mesmo, então é por que a economia portuguesa vai começar a enriquecer , em vez de milhares de novas falências, iremos ter novas PME resultantes de novo investimento, como isso representa mais negócio, então os nossos salários irão aumentar, pois caso contrário as novas PME iriam de novo á falência pois não teriam a quem vender, e com isso, o estado irá ter mais receitas fiscais, podendo afinal até baixar os impostos, o que irá propiciar ainda mais negócios novos, empregos novos, mais rendimento disponível nos nossos bolsos, logo até poderemos afinal começar a livrar-nos dos cartões de crédito ...
Mas e se a política de austeridade, quer dizer de expropriação pública dos nossos rendimentos de trabalho e de reforma continuarem? Lá irão as falências das PME continuar, o desemprego a disparar, os rendimentos a mingarem, ...
Não há problema, se o Estado está falido e ainda lhe dão crédito novo para ficar cada vez mais falido (o crédito novo começa a ser insuficiente para pagar sequer os juros do crédito velho), então por que haveria de ser diferente para nós trabalhadores e reformados? Além do mais já percebemos que neste país "dos outros" (do capital estrangeiro) já não nos safamos: salários de miséria, trabalho precário, impostos a comerem a prestação da casa .... Ora se vamos emigrar para que queremos os tarecos: os bancos que fiquem com eles, e que lhes faça bom proveito!
Azar azar seria mesmo alguém de nós, sobretudo ainda adulto jovem e com uma licenciatura para piorar, conseguir por cá um trabalho precário, mal pago, que nem para a renda de aluguer do quartito dá! 

Adeus pátria nem que seja para a Irlanda onde numa semana esse cidadão jovem português, ganhará numa semana o que em Portugal ganharia num mês, isso se tivesse o azar de conseguir esse trabalho escravo em Portugal!   

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A IMBECILIDADE DOS ELEITORES: AINDA NÃO PERCEBERAM QUE VOTAREM NOS PARTIDOS DA TROIKA, É VOTAR CONTRA ELES PRÓPRIOS !

Os eleitores portugueses habituaram-se a votar nos partidos do "arco do poder" : PS  ou PSD/CDS.

Esses partidos, tornaram-se cliente-lares: os interesses económicos dominantes instalaram-se nesses partidos, para usufruírem de favores políticos, traduzidos em benesses económicas.

Ou seja o orçamento de estado tem sido gerido por esses partidos, quando no poder, como uma vaca, com inúmeras mamas, cada uma das quais tem servido para os interesses cliente-lares mamarem à custa do leite dos impostos.

Por isso o orçamento começou a ficar curto perante tanta corrupção, e por isso é que os impostos têm estado constantemente a subir: os interesses cliente-lares estão viciados na mama orçamental, e como o orçamento não estica, o Zé Trabalhador é que vai pagando as favas.

Não será tempo de os eleitores abrirem os olhos e constatarem que esses "partidos do arco do poder" nos conduziram e conduzem de facto ao défice orçamental, provocado pela mama da corrupção cliente-lar instalada nesses partidos?

Por isso os eleitores devem abrir os olhos e constatar que os partidos do arco do poder, são de facto os partidos do "arco da TROIKA"?

Que soluções podem oferecer de facto esses partidos TROIKIANOS?

O PSD/CDS ama a TROIKA, e faz conluio com a TROIKA para tramar quem vive dos seus rendimentos de trabalho, e para fazer fretes aos grandes interesses económicos:
     - as PPP fraudulentas , denunciadas pelo tribunal de Contas continuam a mamar milhares de milhões de euros dos nossos impostos ;
    -as fraudes gigantescas do BPN feita pelos barões do PSD, amigos de Cavaco Silva, continuam a mamar milhões de euros dos nossos impostos;
    - as rendas milionárias da EDP continuam a mamar milhares de milhões dos nossos impostos;
    - e a TROIKA continua a mamar milhares de milhões só de juros, dos nossos impostos!

Mas o PSD/CDS chupam-nos com mais e mais impostos, ao mesmo tempo que cortam nos serviços, dizendo-nos que para os manter, teriam de aumentar ainda mais os impostos! Por isso o PSD/CDS está definitivamente virado para transformar Portugal num colonato de mão de obra barata, sem direitos, sem PME,  e com um enorme exército de desempregados.

E o PS ?

Protesta contra esta política imbecil de austeridade, que só serve para empobrecer o país, não resolve nenhum problema, e põe-nos de cócoras perante os nossos credores (perante a TROIKA).
Mas o que faz o PS?
Procura apenas capitalizar o descontentamento geral dos portugueses, tornados indigentes por esta política de capitalismo selvagem do chamado PSD/CDS!

E os partidos fora do arco da governação TROIKIANA?

O PCP lá vai agitando as hostes sindicais da CGTP, fazendo greves, fazendo manifestações, constata se há ou não maior nº de pessoas descontentes, dispara o seu discurso e ...tudo continua como dantes (ou seja pior e a piorar em cada dia seguinte).
 O PCP/CGTP  acabam por ter a mesma estratégia do PS: procurar capitalizar o descontentamento popular, mas como as sondagens não lhe são favoráveis, acaba por pensar: as chicotadas que estes Zés trabalhadores têm levado ainda não chegaram para aprenderem que devem votar no  PCP ...e pactuam com a política do empobrecimento e da retirada de direitos ao Zé Trabalhador ... promovida abnegadamente pelo PSD/CDS.

O BE tem demonstrado coerência e aponta o caminho correcto a seguir:
    - demissão imediata deste governo de impostores;
    - negociação imediata e prioritária da dívida soberana e dos seus juros excessivos, os quais conduzem ao falhanço toda e qualquer política de austeridade, por mais violenta que seja;
   - vencer a TROIKA, isto é obrigar a TROIKA não só a negociar a dívida e os juros, mas também impor que a TROKA permita uma política de desenvolvimento económico-social sustentável, que seja compatível com a dignidade sócio-laboral e com o combate ao desemprego.

Só que os eleitores estão ainda demasiado imbecilizados pelos "media" e não ousam pensar em votar fora dos partidos do arco da "troika" ! Azar o deles e o nosso, pois por causa dessa imbecilidade dos eleitores, estamos a caminho do holocausto grego, sem tirar nem pôr (o que é negado a pés juntos, por quem nos empurra todos os dias para esse holocausto)!

E os demais partidos não parlamentares?  Quais?

O PAN está virado para o "bem de tudo e de todos" ou seja não põe em causa os grandes interesses económicos que determinam a corrupção política e a miséria económico-social de quem vive dos rendimentos de trabalho. É certo que o PAN deseja também o bem dos animais e da natureza, colocando-se para além dos valores humanistas, mas fá-lo numa óptica global de atingir o pleno: o bem estar dos humanos, animais e natureza , numa  só causa (tridimensional)!  Ou seja o PAN acaba com essa práxis política, por ter ausência de práxis política no terreno, e nem trata dos humanos (pois não combate as causas determinantes da sociedade da exploração do homem pelo homem), nem trata dos problemas concretos dos animais nem da natureza (já que os mesmos fazem parte do objectivo uno e pleno do "bem de tudo e de todos" ) pois considera que tratar de  problemas menores, é  típico de quem vê a árvore mas não vê a floresta. Por isso o PAN tem sido um partido da meditação (e continuará a ser, enquanto os "animalistas" não derem uma volta á filosofia da sua práxis política).

Também há o MRPP, o qual aparece sempre a concorrer em eleições, para ver se consegue 1% dos votos para poder beneficiar do dinheiro dos nossos impostos, (vergonhosamente vertidos no carnaval das campanhas eleitorais). O MRPP defende os trabalhadores, mas só os portugueses! Mesmo assim estes não vão na conversa!    

Conclusão: os eleitores, nomeadamente os que vivem dos rendimentos do seu trabalho e os reformados, devem virar-se para os partidos que realmente defendem os seus interesses, acima das suas estratégias partidárias. Talvez perguntar-se primeiro:

- Quem defende as PME, os trabalhadores, os reformados e os desempregados, sem procurar capitalizar o seu descontentamento e miséria causada pelos partidos troikianos?
- Quem defende o aprofundamento da  UE, mas com uma práxis concreta de solidariedade e coesão económico-social, entre os estados membros?
- Quem defende mais poderes para os eleitores, uma democracia directa e participada, com poderes pós-eleitorais nas mãos dos eleitores?  

Depois decida, mas não insista no erro! Para insistir no erro, e nos arrastar para o abismo,  já nos basta este desgoverno do PSD/CDS!

domingo, 13 de janeiro de 2013

O PARTIDO QUE MELHOR DEFENDE OS INTERESSES DO PAÍS E DOS PORTUGUESES !

Nós eleitores portugueses, estamos confrontados com um Governo PSD/CDS saído de uma  campanha eleitoral fraudulenta: Passos Coelho e Paulo Portas  enganaram-nos  redondamente, para terem  o nosso voto esconderam as suas reais intenções, prometeram não subir impostos nem cortar rendimentos, mas uma vez no poder, demonstram apenas saber fazer o contrário do que prometeram.

E o Governo PSD/CDS já demonstrou estar apenas interessado em empobrecer o País, e em destruir a economia  interna, arrastando nesse propósito deliberado, as famílias portuguesas para o desemprego galopante e para a miséria económico-social: os adultos jovens e menos jovens são empurrados para a emigração forçada, e os que ficam têm de se submeter à "sopa dos pobres", promovida pelo próprio Governo PSD/CDS, que entrega às IPSS (próximas da igreja católica) mais de mil milhões de euros/ano, dos nossos impostos, para esse efeito ( por isso a hierarquia da igreja católica está politicamente anestesiada, e não reage ao enorme retrocesso social que está a ser imposto por este Governo).

O orçamento 2013 demonstrou que o Governo PSD/CDS apenas se propõe aprofundar a via da política económica ruinosa para o país, já adoptada em 2012: diminuição drástica do poder de compra de quem vive dos rendimentos do trabalho, com as consequências bem conhecidas: falência das PME por não conseguirem escoar os seus produtos, desemprego galopante, menores receitas fiscais, ...=> mais necessidade de aumento de impostos ...(é a espiral denunciada por Cavaco Silva, que nada faz para a travar, já que não demite o Governo preferindo ver a "Nau Catrineta" a afundar, dizendo, tarde demais, que "bem tinha avisado"! - temos portanto um PR que é um sábio, mas paraplégico no âmbito das suas funções constitucionais).

 O Conselho Económico e Social apontou o caminho da saída da crise ao Governo: renegociar prioritariamente a dívida soberana e seus juros sucessivos, pois sem isso, para nada adiantam as medidas de austeridade adoptadas, pelo contrário tudo piora: o país fica mais pobre, com menos capacidade de atacar o défice orçamental e a dívida soberana, e quanto mais tarde fizer o que já deveria ter feito (a renegociação da dívida) mais de joelhos ficaremos perante a TROIKA (tal e qual o caminho da Grécia).

Pelo contrário este Governo mostra-se inflexível no caminho que nos conduz ao abismo económico, e instrumentaliza inclusive a TROIKA para esse objectvo, como o demonstra a cumplicidade evidenciada pelo relatório da TROIKA, construído com base nos dados fornecidos por este Governo, que visa o desmantelamento do Ensino e Saúde Públicos, através de um corte de mais de 4 mil milhões de euros (metade do buraco fraudulento feito pelos barões do PSD no BPN, e que nós contribuintes imbecilmente estamos a pagar!).

E depois de tantos impostos (já somos o país da UE com salários mais miseráveis, e com os maiores impostos) o que sucede? Pois, como estamos cada vez mais pobres, não temos capacidade de pagar os milhares de milhões de juros da dívida soberana, a qual aumenta relativamente ao PIB. Idem aspas para o défice orçamental, pois as receitas fiscais vão pelo cano abaixo devido à ruinosa política de austeridade. Estamos então no "holocausto grego": sem empresas públicas que estão já em poder do capital estrangeiro, com a economia arrasada, com as famílias dos trabalhadores sem condições de sobrevivência, e totalmente dependentes e à mercê da TROIKA (tal como estão os trabalhadores e reformados Gregos há mais de dois anos).

Então põe-se a questão: que fazermos  perante o abismo económico-social para onde estamos a ser deliberadamente arrastados por este Governo PSD/CDS?

O Governo e o Parlamento estão dominados por Passos Coelho e Paulo Portas (os seus deputados fazem-lhes as vontades, mesmo sabendo que estão a destruir a economia do país). O PR não tem coragem de intervir , só vai avisando, que estamos cada vez mais no abismo, mas nem se atreve a invocar o parecer do Conselho Económico-Social.

O PCP (com a CGTP manietada pela sua estratégia partidária) procura capitalizar o descontentamento da desgraça de quem trabalha ou trabalhava, faz manifestações e greves inconsequentes, e continua tudo na mesma e cada vez pior, e o caminho do PCP é a contínua derrota dos trabalhadores e reformados que vão ficando sempre pior!

O PS só pensa em ser o partido mais votado. face à derrota eleitoral do PSD / CDS provocada pelo descontentamento dos eleitores, mas nada mais: não obstaculiza efectivamente esta política económica e social desastrosa para o país, para a economia  e para as famílias portuguesas, levada a cabo pelo PSD/CDS.

O BE parece ser efectivamente o único partido político preocupado a sério em parar de imediato esta política de empobrecimento do país e de enorme retrocesso social para as famílias trabalhadoras , assumida deliberadamente por este Governo PSD/CDS que, custe o que custar, nos está a conduzir ao holocausto grego (não fora as medidas adoptadas pelo BCE, que baixaram os juros dos mercados financeiros, e já estaríamos a arder no inferno!), agravando ao mesmo tempo todos os problemas: défice orçamental, dívida soberana, desemprego galopante!

O BE tem defendido a aplicação dos pareceres do Conselho Económico-Social para a prioridade da imediata renegociação da dívida soberana , e para além disso o BE é também (ao contrário do PCP) um partido político europeísta, no sentido em que considera positiva a nossa presença na UE, mas exigindo a prática consequente pela UE da solidariedade e de medidas concretas de  coesão económico-social em favor dos países de economia mais débil na UE, como é o caso de Portugal.


De facto o Bloco de Esquerda insiste numa solução consonante com a defendida pelo Conselho Económico-Social, a qual passa pela renegociação da dívida e pela promoção do crescimento, reduzindo a "asfixia" fiscal, salientando que o rumo actual " com passos mais lentos ou mais rápidos, é o caminho para o precipício".


Então começa a ser tempo de nós eleitores começarmos a reconhecer que a verdadeira alternativa a esta política económica de desastre total para o nosso país é de facto assumida exclusivamente  pelo BE, partido que tem demonstrado pôr os interesses do país e dos portugueses acima dos seus interesses e da sua estratégia partidária. É importante que os eleitores comecem a dar sinais de que reconhecem a real alternativa do BE, como aquela que de facto defende melhor e efectivamente os seus interesses, seja ao nível interno do nosso País, seja ao nível da UE.

Caberá ao BE a necessidade de evidenciar junto do eleitorado, quer as suas opções de desenvolvimento sustentável para o nosso país, quer as suas opções de uma política europeia que consagre de facto a solidariedade e as políticas concretas de coesão económico-social entre os Estados membros, e demonstrar aos eleitores  que também defende e quer praticar uma democracia directa e participada, com a definição concreta de poderes pós eleitorais dos eleitores, única forma de ser parada a corrupção política, seja no Governo seja no Parlamento.
           

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

ESTE GOVERNO PRECISA DE LEVAR UMA "PATADA"!

 Se temos um jardim à beira mal plantado, com muitas ervas daninhas as quais prejudicam crescentemente o desenvolvimento das flores, a opção é eliminar essas flores, e essas ervas daninhas , e partir para uma nova sementeira? Ou será retirar as ervas daninhas, tomar medidas para impedir o seu ressurgimento, e acarinhar as flores dando-lhes boas condições que eram sugadas pelas ditas ervas daninhas?

A solução de passos Coelho, da refundação do Estado,parte de um raciocínio destruidor da realidade existente, para partir para uma realidade delineada por si, não se trata de reformar para inovar no sentido construtivo, trata-se de pôr a sociedade de pernas para o ar. Passos Coelho defende que  para fazer uma sociedade à sua medida, temos de refundar tudo, para partir do zero, por isso tem e vai continuar a retirar todos os direitos aos trabalhadores,  retirar-lhes o poder de compra,  enche-los de medo, de tal forma que ao ficarem zerados como cidadãos, irão então aceitar todas as medidas de refundação que lhes quer impor ...(a isto Manuela Ferreira Leite não tem dúvidas em referir, que os objectivos deste PSD/CDS serão conseguidos quando estivermos todos mortos!).


Devemos ser fatalistas  , como se os desígnios de Passos Coelho e seus amigos da Goldaman Sacks, fossem divinos, tipo : "...queiramos ou não , é para lá que estamos a ser empurrados" ?


A atitude que é necessária é a contrária , é de luta pela queda imediata deste Governo, que está sustentado numa percentagem de cerca de 30% dos eleitores portugueses, enganados fraudulentamente por este PSD/CDS, e sustentado pela paralisia doentia de um PR que não o é!


Se este Governo está, desde que tomou posse,  zerar os direitos dos trabalhadores, as centrais sindicais ao invés de colaborarem nessa via suicida, devem exigir ambas, a queda imediata do Governo, a sua substituição por um Governo que cumpra as orientações do conselho Económico Social as quais preconizam um caminho contrário ao do actual desgoverno: primeiro a renegociação da dívida, depois racionalizar planeadamente o Estado. É que com os milhares de milhões de euros a pagar pelos juros da dívida não há refundação que salve o país, e seguir por aí, sem renegociar a dívida e seus juros, apenas significa, como tem acontecido, continuar a destruir a economia e as famílias.


A refundação absolutamente necessária diz respeito prioritariamente à dívida soberana, e é isso que o Governo tem de impor ao FMI/UE, e não como está fazendo, a  usar o FMI e conluiado com o FMI/UE a procurar  destruir o país, a sua economia, as suas PME, as suas famílias!


Cabe-nos a nós cidadãos eleitores, cabe às associações sindicais, cabe aos movimentos cívicos, sairmos á rua massivamente, durante uma semana inteira se necessário, com tendas de campismo, e exigirmos a queda imediata deste desgoverno, que quer estrangular os reformados e os trabalhadores, quer arrastar para a insolvência as PME ainda resistentes, quer obrigar os portugueses jovens e adultos a dizerem "adeus pátria", querem continuar a entregar os recursos nacionais soberanos ao capital estrangeiro, quer pôr o país de pernas para o ar e de bandeira invertida!


É necessário termos de imediato um Governo que imponha ao FMI/UE a renegociação da dívida e seus juros excessivos que estão a esmagar  o orçamento, e não como o está fazendo o Governo, destruir o estado social para depois continuar sem solução, enquanto não renegociar a dívida e os juros excessivos (os quais este ano são superiores a 9 mil milhões de euros).

E o novo Governo deve anular de imediato as PPP fraudulentas denunciadas pelo tribunal de Contas, deve parar de imediato com as rendas milionárias para a EDP, deve de imediato confiscar os bens e as fortunas dos que fizeram o buraco fraudulento do BPN, deve de imediato obrigar a uma auditoria independente do Banif antes que se torne no novo BPN, e deve obrigar ao corte imediato das gorduras do estado relativas aos pareceres milionários das sociedades de advogados, da contratação dos jovens baronetes para os gabinetes ministeriais, ..., e nesses consumos intermédios sem controlo, encontrará por certo muitos milhares de milhões com cheiro a corrupção que poderão ser eliminados da despesa orçamental. 

sábado, 5 de janeiro de 2013

LUTAR CONTRA E IMPEDIR O "BEM" DE UNS POUCOS À CUSTA DA CRUELDADE E VIOLÊNCIA SOBRE OS ANIMAIS E A NATUREZA!

 Unir numa causa só a trilogia: humanos, não humanos e natureza, será saudável? Nós humanos temos sido "predadores" quer do planeta quer dos animais. Não será essa causa única um negócio leonino pensado por humanos, a favor dos humanos? Até que ponto os animais selvagens desejarão a nossa proximidade? Talvez pretendam é que os deixemos sossegados no seu habitat natural ...

É necessário lutar sem tréguas CONTRA os interesses económicos dos SERES HUMANOS donos dos circos, que não hesitam em retirar animais selvagens do seu habitat natural, para os colocarem em jaulas minúsculas nos seus camiões! O BEM dos empresários do circo, quando fazem essa crueldade CONTRA os animais selvagens é contrário do bem desses animais, e deve ser combatido, e esses cidadãos que fazem negócio à custa dessa crueldade (das mais violentas que há pois condena-se um animal a viver preso toda a vida, só para render 30 dinheiros) devem ser obrigados a parar com essa actividade criminosa.


O caso dos circos e das touradas são dois exemplos que marcam a necessidade de lutarmos pelo BEM dos animais selvagens, defendendo esse bem CONTRA os interesses desses seres humanos que querem ganhar dinheiro á custa dessa crueldade !


Os seres humanos explorados, que depois de uma jornada de trabalho de oito horas, não ganham o suficiente para pagarem a casa, a saúde, a educação e a alimentação da sua família, e no entanto estão numa situação potestativa, que os obriga a trabalhar para sobreviver, compreendem perfeitamente e são solidários na luta CONTRA os interesses económicos dos seres humanos que impõem o sofrimento do animal touro (que igualmente é colocado numa situação potestativa que o submete ao sofrimento e crueldade para garantir riqueza AOS SERES HUMANOS que beneficiam dessa crueldade), e compreendem perfeitamente e são solidários na luta CONTRA os interesses económicos que impõem o sofrimento dos animais selvagens tornados prisioneiros perpétuos em jaulas minúsculas nos camiões dos circos, apenas para garantirem riqueza aos SERES HUMANOS empresários do circo. Compreendem e são solidários nas lutas concretas CONTRA a indignidade cometida por alguns seres humanos, contra esses animais vítimas de crueldade em nome do lucro que proporcionam aos donos desses negócios, assim como compreendem e são solidários na luta CONTRA os interesses dos seres humanos que exploram e incentivam as redes de exploração sexual de seres humanos, que fazem riqueza com esses actos criminosos face à lei civil e face à lei natural.


O BEM e a solidariedade activa concreta dos seres humanos, para com o bem estar dos animais e da natureza, pressupõe a luta CONTRA os interesses dos seres humanos que querem e não hesitam em querer sempre ganhar mais riqueza á custa dessa crueldade, manipulando e corrompendo o poder político para elaborar leis favoráveis a essa corrupção.


Como tal pressupõe também a solidariedade e a luta pela DEMOCRACIA DIRECTA E PARTICIPADA, por forma a evitar a corrupção do poder político que permite essas formas de crueldade sobre os animais e sobre a natureza, e para permitir desconstruir o sistema jurídico que determina e favorece a renovação incessante da prática dessa crueldade, a qual apenas SERVE os interesses dos seres humanos donos desses negócios, mas impõem dessa forma que seja cometida de forma continuada e sistemática, violência e crueldade CONTRA seres humanos ou não humanos e contra a natureza.


E essa prática de democracia directa e participada deve em primeira mão ser exigida e praticada pelos militantes dos partidos políticos, o que pressupõe o respeito pela liberdade de opinião e expressão de todos os militantes -direito esse aliás imposto pela CRP aos próprios partidos políticos!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

UM PONTO DE VISTA SOBRE O LADO "A" E O LADO "B" DO PAN !

I - O LADO "A" DO PAN

O lado A da moeda tem a face de Paulo Borges: Professor de Filosofia e assumido "militante" da filosofia / teologia  Budista.

Como Presidente do PAN, desde o seu primeiro congresso, Paulo Borges  tem sabido defender  com grande coerência conceptual a trilogia "Pessoas Animais Natureza", assente numa visão holística do universo, e guiada por valores éticos universais, no sentido em que os valores defendidos pelo PAN não se limitam à esfera antropocêntrica (aos valores humanistas) , pois defendem o direito aos direitos dos animais sencientes e o respeito pela  natureza.

O defesa dos valores éticos universais, assumidos pelo PAN, condimentados pela filosofia da "compaixão e perdão incondicional" conduziu ao lema sintetizador do objectivo político central do PAN traduzido na frase  "Pelo Bem de Tudo e de Todos".

Portanto o PAN tornou-se sob a Presidência de Paulo Borges num partido maravilhoso, que deveria ser adorado por todos os que desejam o "bem de tudo e  de todos"! Há no entanto uma questão essencial, que o PAN ,  não  discute: o porquê de vivermos numa sociedade extremamente desigual, com grandes injustiças sociais, na qual meia dúzia de famílias (donas dos grandes grupos económicos) enriquecem incessantemente, e como consequência o resto da população fica reduzida ao remedeio ou mesmo à marginalização e miséria económico-social.

Assim sendo, o PAN, acaba por defender o "bem de tudo e de todos" de forma "infantil", no sentido em que é bonito dizer-se essa frase bem alto, para quem a diz e para quem a ouve, mas de facto é uma frase  que é inconsequente no plano da transformação de uma sociedade, caracterizada pela exploração  determinada pelos grandes interesses económicos dominantes, os quais subordinando o poder político-jurídico,  impõem em benefício próprio, a exploração dos demais seres humanos, a exploração dos animais e da natureza, os quais para esses interesses económicos são considerados como  factores de produção, e como tal subordinados ao princípio fundamental do máximo lucro, cujo direito à apropriação lhes é juridicamente determinado.

O  PAN, ao  não querer  reconhecer as causas económico-sociais e os factores político-jurídicos  determinantes da exploração dos seres humanos, dos animais e da natureza, acaba não só por deixar "tudo na mesma", mas com a agravante de,  estar a  "branquear" essas condições de exploração, as quais reproduzem de forma sistemática a situação de crueldade e violência económico-sociais e político-jurídicas sobre as pessoas, os animais e a natureza.

A práxis política do PAN subjacente ao lema "pelo bem de tudo e de todos" torna-se incapaz de abolir com as reais condições de exploração dos seres humanos, dos animais e da natureza, já que nem sequer identifica as causas e os factores determinantes dessa exploração reinante na sociedade, e como tal arrisca-se de facto a meramente combater "moinhos de vento" , sempre em nome do bem de tudo e de todos, mas deixando tudo na mesma!

Ao lema, "pelo bem de tudo e de todos" o PAN acrescenta  ser um partido completo, inteiro, que une a causa humanitária, animal e ambiental, numa só!".  E essa forma de pensar conduz a uma prática de difusão dos valores de cima para baixo, a uma prática em que a direcção  do PAN reune e determina de forma sapiente as  orientações para as bases, recomendando mesmo o silêncio pois a discussão gera ruído e conduz à não concórdia!         

Claro que tal prática centrípeta da liderança do PAN inerente à liderança de Paulo Borges conduz inevitavelmente ao afunilamento das ideias do PAN e também à censura dentro do PAN:  só as orientações da Direcção, são  ajustadas ao bem do PAN e ao bem de tudo e de todos! Por isso as bases do PAN, com esta práxis  acabam por nem saber de que terra (partido) são, pois para não haver discordâncias, gera-se a censura interna e  o silêncio como prática quotidiana do PAN, aconselhando-se por outro lado às bases,  que pratiquem a meditação...!

Ou seja o PAN do lado "A" , para além de adoptar uma prática política inconsequente ("pelo bem de tudo e de todos" é uma afirmação que pode ser afirmada quer pela Igreja católica, quer pela UGT, quer pelas associações empresariais, sem problema algum, pois em nada modifica a realidade social) conduz a um elitismo fechado, ao afastamento e distanciamento das bases, através da prática de uma censura interna assumida de forma natural pela Direcção,  não se gerando em consequência a indispensável discussão livre de ideias nas bases, e conduzindo pelo contrário à sacralização (culto da personalidade) da própria liderança, a qual vai reforçando a ideia da sua sapiência junto das bases.



II - O LADO "B" DO PAN

Obviamente que se trata à partida, de um movimento que parte do activismo dos militantes do PAN inconformados  com a "paz de cemitério" reinante, e sentem que é necessário fazer algo para que o PAN tenha vida para além da meditação!

O lado B do PAN, com liderança assumida por António Rui Santos,  está mais ligado às associações dos amigos dos animais, às suas preocupações e problemas concretos, aparecendo com uma conotação marcadamente mais "animalista": as pessoas no lado B do PAN são consideradas fundamentais para dar voz a quem não a tem, na luta contra a crueldade e violência a que estão sujeitos os animais em causa no quotidiano da nossa sociedade.

No entanto a vertente humanista está presente no lado B do PAN, uma vez que é reconhecido pelo lado B do PAN que o bem estar e a qualidade de vida das pessoas é fundamental para garantir o bem estar nomeadamente dos animais de companhia.

O lado B do PAN é por isso caracterizado por um grande activismo das bases, e por uma grande aproximação e preocupação com os problemas concretos dos animais, e daí a sua ligação estreita às associações zoófilas.

Igualmente a vertente do respeito pelo equilíbrio dos ecossistemas naturais tende a ser assumido pelo lado B do PAN, em termos concretos, na luta concreta para resolver os problemas que afligem as populações em causa.

Portanto para o lado B do PAN  é fundamental a práxis política assente no dinamismo das bases, e na sua aproximação às organizações cívicas, amigas dos animais e da natureza, prontificando-se para liderar a luta e a resolução dos problemas concretos em causa. Como tal o PAN do lado B, é levado a caracterizar-se pela participação activa de todos os militantes, nascendo as orientações do partido directamente da discussão nas bases, discussão essa centrada fundamentalmente  na determinação de qual a práxis política mais adequada à resolução dos problemas concretos e à afirmação do PAN na liderança dessa luta no terreno.

O PAN sob a liderança do lado B, só poderá ser um partido vivo, com grande discussão de ideias nas bases, mas ideias essas viradas não para a discussão conceptual e teórica, mas  para a resolução dos problemas concretos dos animais e ecológicos, que pretendem de facto ajudar a resolver. As ideias do lado B do PAN têm a ver com a realidade do quotidiano, e são orientadas pela luta concreta pelo bem dos animais e da natureza, sem necessidade de enquadramento teórico  numa linha filosófica ou teológica, pois o lado B do PAN é movido não só pela solidariedade concreta das pessoas com as pessoas, mas fundamentalmente pela  solidariedade concreta das pessoas pelos animais e pela natureza.
 

III -  DIFERENÇAS FUNDAMENTAIS   ENTRE O LADO "A" E O LADO "B" DO PAN !

1- Quanto à linha conceptual:

- O lado A do PAN faz o enquadramento teórico da práxis política do PAN , assumindo uma visão holística e teológica, consagrada na defesa da unidade da causa das  pessoas, animais e  natureza;

- o lado B do PAN assume uma práxis política virada para a conquista das pessoas amigas dos animais e da natureza, levando-as a envolverem-se na resolução concreta dos problemas enfrentados pelos animais e pela natureza. A visão do lado B do PAN é eminentemente teleológica, pois busca atingir fins ligados ao bem estar concreto dos animais e da natureza.


2 - Quanto ao dinamismo partidário:

- o lado A do PAN caracteriza-se por uma prática "elitista" que se assume "sapiente" perante as orientações que dirige para as bases. As bases tendem a afastar-se e a  distanciar-se da sua liderança e a mostrarem desconhecimento do que está a ser feito pelo PAN, pois a discussão livre de ideias é oficialmente travada pela direcção, por forma a evitar ruído e discordâncias indesejáveis face ás linhas de orientação traçadas de cima para baixo;

- o lado B do PAN caracteriza-se pelo activismo político das suas bases, fomentado naturalmente pela direcção, já que pela natureza dos seus objectivos ligados á resolução dos problemas concretos enfrentados pelas associações respectivas, tenderá a estar no terreno, lutando lado a lado com essas associações para resolver os  inúmeros problemas concretos  ligados à crueldade e violência de que são vítimas os animais respectivos e os problemas concretos ligados aos equilíbrios ecológicos: onde estiver um animal em sofrimento, seja humano ou não humano) o lado B do PAN faz questão de dizer presente!
O lado B do PAN incentiva a livre discussão de ideias nas bases, da qual surgirão propostas concretas para a actuação quotidiana e para a práxis política  do PAN, e como as bases conhecem melhor os problemas a resolver, então terão um papel central na definição das orientações da práxis política do PAN as quais tendem  a subir das bases para a Direcção.


3 - Quanto ao futuro do PAN

- a práxis política elitista que caracteriza o lado A do PAN tenderá a crescentemente conformar as bases militantes com uma "paz de cemitério", inerente à defesa militante da meditação, e á desvalorização intelectual da luta e do empenhamento do PAN no terreno visando a resolução de problemas concretos.
Por isso o lado A do PAN tenderá a reforçar o culto da personalidade dos seus dirigentes, os quais tendencialmente tenderão a ser mais "chefes" que "líderes" do PAN, já que tendem a perder uma ligação real às bases, assumindo-se antes como "educadores" das mesmas.
O lado A do PAN dificilmente fará crescer o número de militantes de forma significativa, pois os militantes serão levados de forma natural a reflectirem sobre o que estão  a fazer e o o quê no PAN, se nem sabem ás quantas anda o PAN!

- a práxis política do lado B do PAN por que assente no activismo das bases, privilegiando a ligação à resolução dos problemas concretos dos animais, tenderá a promover um estreitamento de actuação com as organizações cívicas  amigas dos animais, e por essa via tenderá a afirmar o PAN como um partido vivo, no terreno, e com bandeiras concretas nas lutas pelo bem das pessoas nomeadamente se esse bem estar afecta o bem estar dos animais, e na mobilização das pessoas (a começar pelos militantes) amigas dos animais para a resolução dos problemas de violência e crueldade a que estes são sujeitos e para os problemas concretos relativos aos equilíbrios ecológicos, sempre que estes sejam postos em causa..
O lado B do PAN por que mais cimentado com o terreno das lutas concretas, tenderá a ser  menos teórico, e menos conceptual, mas mais amigo da democracia directa e participada dos seus militantes, e como tal, tenderá a afirmar o PAN com maior pujança no crescimento do seu número de militantes e simpatizantes, com óbvios resultados positivos ao nível eleitoral!