segunda-feira, 21 de maio de 2012

COMO A SUÍÇA ESTÁ A COMBATER COM SUCESSO O DESEMPREGO JOVEM!



1. O diagnóstico ao nível europeu


A comparação entre as taxas de dezembro de 2007 e março de 2012 mostra uma OCDE, e, principalmente, uma Europa, «radicalmente» afetada pelo desemprego jovem. «Os jovens europeus à procura de emprego são os que mais sofrem na OCDE, com o desemprego próximo de máximos históricos por todo o continente», avança a organização em comunicado.


Nos dados de março, Portugal aparece no 3º lugar mais crítico, com 36,1% de desemprego jovem. Em 2007, a taxa era de 19,7%. Os casos mais graves registam-se na Grécia, que passou de 21,6% para 51,2%, e em Espanha, de 19,7% para 51,1%.

No extremo oposto estão a Suíça (6.5% para 7,5%), a Noruega (6,7% para 7,6%) e a Alemanha, que diminui a sua taxa de 11,6% para 7,9%. Na Europa, apenas a Bélgica também registou uma diminuição desta taxa entre dezembro de 2007 e março de 2012 (de 17,3% para 17,1%).

Na União Europeia, a taxa cresceu de 15,1% para 22,6%. Nos países do G7 a evolução da taxa de desemprego jovem foi de 12,2% para 15,9%.



2. As medidas geralmente aplicadas: mais dinheiro para as empresas

Assistimos ao discurso de alguns EUROCRATAS, referindo-se preocupados  com a evolução explosiva do desemprego jovem, e prometendo medidas concretas para ajudar os países mais problemáticos, entre os quais a Grécia, a Espanha e Portugal.
Essas medidas concretas residem de uma forma geral em dispor dinheiro para esses países, no sentido de o mesmo ser disponibilizado às empresas que se disponham a proporcionar estágios profissionais /outra formação aos jovens desempregados.
Não se trata portanto de medidas estruturais sobre a economia, nem se trata de combater as causas do desemprego cujo crescimento em flecha tem sido provocado pelas medidas de austeridade propagadas e impostas pela Alemanha, as quais reduzindo drasticamente o poder de compra dos cidadãos , implicam menor volume de vendas das PME, e consequentes despedimentos em massa.
Estes ultra-imbecis EUROCRATAS e Governantes Europeus, partem do princípio de que se as empresas /empresários tiverem mais dinheiro, vão investir mais. esquecendo que a crise é da procura, derivada da redução do poder de compra (redução de salários e  subida dos impostos ) e que nenhum empresário irá investir sem ter a quem vender!



3. As medidas a preconizar: as boas práticas da Suíça.

A Suíça (país com uma democracia semi-directa, na qual os cidadãos têm uma palavra a dizer sobre as decisões públicas) tem das menores taxas de desemprego jovem no contexto europeu, e isso poderá ter a ver com o facto de na Suíça, estar a ser praticado entre os jovens, o emprego em regime de tempo parcial, em simultaneidade com os estudos pelos mesmos prosseguidos.
Não se trata de uma solução visando a correcção estrutural das crises cíclicas inerentes às economias de mercado, mas de facto os jovens ao "trabalharem-estudarem" ganham maior experiência profissional e o que ainda é mais importante, ganham raízes nas próprias empresas onde estão prosseguindo a sua aprendizagem profissional.
De realçar que os jovens saem em média  do 12º ano de escolaridade com 18 anos de idade, logo com uma boa maturidade para ingressarem no 1º contacto com o mundo empresarial, a par do início dos seus estudos superiores.
Ora esta medida não acarreta acréscimo de despesas públicas, e para além de permitir uma formação mais séria (porque mais próxima da realidade empresarial) dos jovens estudantes, permitem-lhes ainda auto-financiar os seus próprios estudos, e de forma muito mais fácil ficarem desde logo inseridos no mundo do trabalho.
Claro que o Governo deve incentivar essas boas práticas Suíças, quer junto do empresariado, quer junto das Universidades, aproximando estas da vida empresarial  





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