domingo, 21 de outubro de 2012

A DESGRAÇA DE TERMOS UM PNSD IMPOSTOR A (DES)GOVERNAR-NOS!

Nós portugueses somos um povo original, contudo nem sempre no bom sentido!
É o caso presente relativo à necessidade de criação de condições de crescimento económico, para estancar o crescimento galopante do desemprego ao nível europeu e mundial.
I - Comecemos pelos EUA:
1 -O Presidente OBAMA preocupou-se desde a 1ª hora em que foi empossado presidente, em procurar manter e mesmo aumentar o poder de compra dos cidadãos, por forma a garantir que a economia não entraria em recessão económica, gerando maiores taxas de desemprego.
2 -O Presidente OBAMA não adoptou a política de pôr o dinheiro nas empresas, à custa dos contribuintes, pois sabia que, sem poder de compra generalizado dos cidadãos, os accionistas e gestores dessas empresas, acabariam por pôr esse dinheiro nos mercados financeiros, já que produzir para não vender (como seria o caso se não existisse poder de compra) nenhum empresário bom do seu juízo e com capacidade de gestão o fará.
II - Avancemos para a EUROPA e Portugal:
1 - Como sabemos na sequência da crise de 2008, do "subprime" despoletada nos EUA, os países europeus (todos sem excepção) viram-se na necessidade de aumentarem as suas despesas públicas, para evitarem  uma recessão económica profunda  com reflexos negativos no bem estar social das populações.
2 - Mas os países da UE, de economia mais forte e com Partidos Conservadores no poder (Alemanha, França, ...), repentinamente (em 2010) começaram a exigir um rápido reequilíbrio dos défices das contas públicas, aos países membros da UE, os quais em virtude das políticas sociais adoptadas na sequência da crise do subprime, registavam défices na ordem dos 9%, quando antes dessa crise rondavam os 3% -caso português por exemplo).
3 - Simultâneamente, esses países (o "directório franco-alemão ou seja a dupla Merkel-Sarkozi) começaram a impor, na UE, sob a subserviência de Barroso, que esses países deveriam adoptar rígidos planos de austeridade para atingirem rapidamente o reequilíbrio dos seus défices orçamentais.
4 -A Grécia, a Irlanda, Espanha, Itália..., e claro  Portugal sabem do que estamos a falar: com situações de desemprego a crescer, esses países viram-se forçados pela dupla conservadora Merkel-Sarkozi a enveredarem por políticas de recessão económica, provocando milhares de falências em PME antes viáveis, e atirando para a insolvência milhares de famílias que antes conseguiam cumprir normalmente os seus compromissos.
5 -Simultâneamente as Agências de Rating aproveitavam quaisquer sinais de dificuldade política dos governos desses países, para forçarem notações próximas ou mesmo de "lixo", para forçarem esses países a submeterem-se ao resgate financeiro e correlativo controlo colonial da TROIKA (FMI/UE e BCE), pois as agências de rating de forma cirúrgica colocavam esses países (um de cada vez) no "lixo", ou seja fora dos mercados financeiros.
III - O caso de PORTUGAL até 2012 inclusive:
1 -O Presidente da República e os Banqueiros (privados e Banco de Portugal)   tiraram o tapete ao governo do PS, e logo o PSD/CDS e demais oposição, embarcaram na provocação da crise política (demissão forçada de Sócrates), a qual serviu às mil maravilhas para as agências de Rating colocarem imediatamente Portugal no "lixo" e logo nos braços da dita TRÓIKA. Ou seja Cavaco, Passos Coelho, Paulo Portas, e os Banqueiros (privados e Banco de Portugal) foram de facto os responsáveis imediatos pelo situação de Portugal ser colocado no "lixo" e de ser confrontado com o resgate financeiro. O PCP e o BE alinharam na mesma onda!
2 - Mas antes de isso acontecer, o Ministro das Finanças de Sócrates (Teixeira dos Santos) resolveu fazer um enorme frete aos barões do PSD que cometeram elevadas fraudes no BPN, dizendo, sem nunca o demonstrar, que para evitar um risco sistémico, resolveu nacionalizar o BPN! Foi um rombo superior a 8 mil milhões de euros (superior ao défice orçamental) que caiu como uma bomba em cima dos contribuintes. (Se os eleitores tivessem poder de impugnação, essa medida anti-democrática e prejudicial da economia, seria imediatamente revogada).
3 - Para agravar a situação um outro barão do PSD (agora na Madeira) resolveu esconder dívida pública superior a 6 mil milhões de euros ... (mais rombo nas contas públicas ) e continua a (des)governar a Madeira, alegre e contente a praticar o despesismo habitual!
4 - Na sequência da crise política que ajudou a desencadear, o PSD (que vamos passar a designar como o PNSD -Partido Não Social Democrata, pois alinha com os partidos conservadores europeus e até está integrado no Partido Popular Europeu da Srª Merkel), ganhou as eleições, à custa de dizer que jamais subiria os impostos e ou cortaria rendimentos dos trabalhadores e reformados.
5 - Após tomar o poder, o PNSD não fez outra coisa senão aumentar impostos, cortar rendimentos aos trabalhadores e reformados, e de retirar-lhes direitos ao mesmo tempo que esmagava o seu rendimento disponível por todas as formas e recorrendo ao aumento colossal dos preços dos serviços públicos. Assim foi em 2012 , com as medidas de austeridade do agrado da Srª Merkel, que cortou subsídios de férias e de natal aos funcionários públicos, ao mesmo tempo que aumentava as jornadas de trabalho, a redução do pagamento das horas extraordinárias e a redução dos subsídios de despedimento em geral.
6 - Mas as medidas de austeridade que visavam, nas palavras de Gaspar e Passos Coelho reequilibrar as contas públicas, só serviram para provocar uma brutal recessão económica (superior a 3%), um brutal desemprego, um brutal nº de PME falidas e um brutal nº de famílias em insolvência. O défice orçamental não foi conseguido por que as receitas fiscais afinal baixaram: devido como sabemos à brutal recessão económica que gerou miséria económica e social por tudo quanto é sítio em Portugal.
IV - A proposta de orçamento do PNSD para 2013
1- O PNSD pela voz doce de Gaspar, anunciou um aumento enorme de impostos para os trabalhadores e reformados portugueses (aumento da carga fiscal em mais de 30%!!!), anunciando que a recessão económica em 2013 seria de 1% e taxa de desemprego se situaria nos 16,4% .
2 - Como os eleitores já não acreditam nos governantes deste (des)governo, rapidamente fizeram contas e concluíram que a recessão no mínimo seria o dobro da anunciada por Gaspar, e o desemprego cresceria em flecha, dados os novos milhares de PME e de famílias que entrariam na insolvência como consequência da espoliação fiscal dos seus já parcos rendimentos disponíveis!
3 - Passos Coelho,  Gaspar  e Paulo Portas (este evidenciando a ira de quem foi traído perante o seu eleitorado ), nada ligaram  às críticas dos eleitores (transversais: desde o PR -calado e aguardando a posição da AR -, aos partidos da oposição, António José Seguro, aos Economistas do PNSD (MF Leite) e do CDS (Bagão Félix), e apresentaram essa proposta "abismal" do orçamento no Parlamento.
4 - Todos sabemos, e o Governo também, que retirar mais poder de compra aos portugueses é condena-los á insolvência (PME e famílias), e que por isso as metas do défice não são para serem levadas a sério, pois não vão ser atingidas e por outro lado que a dívida soberana vai aumentar!
5 - O Gaspar, o Passos Coelho e demais "côrte política" (isto é fundamentalistas da austeridade!) do PSD e CDS (deputados destes partidos incluídos) defendem-se, dizendo que isto (este crime colossal contra a economia e os portugueses) é necessário, para voltarmos aos mercados financeiros. Mas não explicam como vão agir as empresas de Rating: vão tirar Portugal do lixo, sendo que não vamos ter os défices das contas públicas atingidos, mas vamos ter as PME do mercado interno em geral falidas, as famílias da classe média baixa insolventes, sem habitação, sem filhos a estudarem nas universidades e sem dinheiro para pagarem alimentação dos filhos que estão no ensino obrigatório!
6 - Pois é, Portugal irá continuar no "lixo" do rating internacional, e se não for o chapéu do BCE a salvar-nso, teremos elevadas taxas de juro a pagar nos mercados financeiros, e teremos rapidamente de caminhar para um novo resgate da TROIKA. Este orçamento para 2013 só serve mesmo para empobrecer profundamente e de forma estrutural o país e os portugueses, e rigorosamente para mais nada!
V - E que dizem os responsáveis do FMI, UE ...e a TRÓIKA?
1 - Esta proposta de orçamento deste governo PNSD/CDS, surge num contexto em que o FMI (Srª Lagarde) diz que as medidas de austeridade  aniquilam a economia dos países, e provocam desemprego galopante, os responsáveis da UE (Hollande e outros sociais democratas da UE) dizem o mesmo e impõem um caminho contrário (defendido também e desde sempre por António José Seguro) ou seja o caminho de rigor nas finanças públicas, mas com crescimento económico e criação de postos de trabalho, e na mesma onda os países aflitos da Espanha e Grécia embora governados por partidos não social democratas (da cor política do PNSD português de Passos Coelho).
2 - O actual (des) governo português, para além de não ter legitimidade eleitoral para aplicar seja que austeridade for, resolve manter a originalidade à portuguesa, e quer à viva força seguir o caminho contrário ao apontado pelos responsáveis do FMI e da UE (até  Barroso já entendeu a nova onda e pasme-se a própria Merkel está a dar alguns passos nesse sentido), ou seja teima em retirar poder de compra dos parcos rendimentos dos trabalhadores e reformados portugueses, sabendo que as consequências óbvias são as já por demais conhecidas: maior recessão económica^=> mais uns milhares de PME falidas (ainda há PME no sector interno?) => mais milhares de famílias insolventes (ainda há famílias que não fugiram do país?) => mais desemprego galopante => menos recitas fiscais que as calculadas => mais desvio no défice orçamental => maior necessidade de novas medidas de austeridade =>...
3 - Este governo comandado pelo PNSD de Passos Coelho faria melhor mandar-nos para a Alemanha para sermos gaseados de vez ao invés de andarmos por aí tipo "mortos-vivos"!
4- No meio disto tudo e contrariando os responsáveis, os técnicos da TRÓIKA procurando ingloriamente dar a mão a este (des)governo vêm hipocritamente dizer que o caminho seguido pelo Governo é um bom caminho! Nota-se pelo que aconteceu á Grécia!
VI - DEMITIR O GOVERNO É PROVOCAR UMA CRISE POLÍTICA?
1 - Esta vem sendo a defesa de um Governo que está a provocar a crise política todos os dias (ao afrontar todo o povo português) ao mesmo tempo que lança o país no desastre económico-social.
Mas o desastre económico-social não se supera a curto ou médio prazo, enquanto mudar um Governo se faz em poucos dias. Então o que é preferível: deixar continuar este (des)governo a mandar-nos para o abismo, ou evitarmos o abismo e substituirmos o Governo?
2 - O PR não pode lavar as mãos como Pilatos e será responsabilizado pelo mal que este Governo está a fazer à economia e aos portugueses se não agir como lhe compete nos termos da CRP: este Governo não tem legitimidade eleitoral para tomar as medidas propostas neste orçamento e estas medidas só arrasam ainda mais com o país.  
VII - QUE DEVEMOS FAZER NÓS ELEITORES PORTUGUESES?
1 - Infelizmente não temos ainda poderes de impugnação das decisões ruinosas tomadas pelos governantes, pois se tivéssemos as fraudes do BPN cometidas por barões do PNSD  nunca seriam nacionalizadas, o barão AJJ já estaria na barra dos tribunais, e este (des) Governo "já era" há muito tempo.
2 - Resta-nos utilizar a CRP a nosso favor (uma vez que não temos um PR actuante na defesa da CRP), e nos termos do artº 21º resistirmos a este assalto fiscal que este Governo de forma ilegítima nos quer impor!
3 - Temos de fazer uma manifestação gigantesca, com tachos, panelas, vassouras, tambores, em redor do Parlamento e de lá não sairmos enquanto este Governo não se demitir ou for demitido! Esta será a via menos custosa para o nosso país e para nós portugueses. A outra saída seria avançar com uma "greve geral ilimitada" até que o Governo pedisse a sua demissão ou fosse demitido!
4 - Urge a nomeação de um Governo independente dos partidos, que possa imediatamente encetar negociações a sério com o FMI, a UE e o BCE, no sentido de ser negociada adequadamente a dívida soberana (prazos e taxas não superiores às do BCE) e renegociar mais prazo para atingirmos o equilíbrio orçamental. E deverá ter como missão convocar eleições gerais antecipadas, pois só após eleições o Governo que sair das mesmas terá legitimidade para aplicar medidas de austeridade, se for esse o compromisso eleitoral assumido perante os eleitores, e se ganhar as eleições.
5 - Esta será a forma correcta de sairmos deste atoleiro em que nos está a meter este (des)governo com os seus sádicos pacotes de austeridade que não resolvem nada:
   - não é possível regressarmos aos mercados financeiros enquanto estivermos no "lixo" das agências de rating internacionais;
   - naõ é possível sairmos do "lixo" financeiro sem antes revelarmos pujança económica para crescermos e por essa via combatermos os défices das contas públicas e o desemprego galopante;
   - não é empobrecendo cada vez mais que damos melhores garantias aos nossos credores internacionais!  
  

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