sábado, 27 de outubro de 2012

EGOÍSMO NATURAL DO SER HUMANO E "CAPITALISMO SELVAGEM" "!

Nós somos portadores da matriz da mãe natureza, e ela persiste em toda a nossa vida!
Tal como todos os animais somos portadores do instinto da sobrevivência, o qual nos faz ser egoístas quanto baste. 
Egoísmo individual e de grupo.
As actuais sociedades de economia de mercado, dão expressão a esse egoísmo, quando não refreado, já que este tende a não reconhecer onde para a sua liberdade e onde começa a liberdade do próximo!
Esse egoísmo se não refreado leva por exemplo os seres humanos a serem gananciosos na acumulação e concentração da riqueza, e como tal a criarem condições para explorarem outros seres humanos, outros animais e a própria natureza!
Hitler por exemplo na sua vontade indomável e hiper-egoística de submeter e mandar na Europa, não foi capaz de reconhecer a dignidade dos cidadãos judeus, e de forma egoísta e favorecendo o seu grupo (o povo alemão) extorquiu-lhes os bens e condenou-os ao gaseamento nos fornos de Auschwitz.
Mais actual ainda, temos o exemplo da Srª Merkel, que de forma egoística (e colonialista claro) condenou enquanto pôde e enquanto teve o apoio dos subservientes Sarkozi e Barroso os povos do sul da UE, a medidas gravíssimas de austeridade que conduziram esses países a enorme crescimento de desemprego e ao pagamento de elevadas taxas de juro, enquanto a Alemanha da Srª Merkel beneficiava de taxas de juro próximo do zero (situação que ainda se mantém!). E de forma egoística e não reconhecendo os apelos à coesão social, a Srª Merkel impediu enquanto pôde o BCE de financiar directamente os Estados Membros da zona euro, os quais como foi o caso de Portugal, Grécia, Espanha, ..., tiveram de pedir emprestado aos bancos a taxas na ordem dos 4% enquanto estes tinham o empréstimo do BCE a taxas de 1%! (só os juros da dívida são suficientes para esmagar o orçamento protuguês, não lhe permitindo usufruir de educação, saúde e habitação dignos desse nome)! 
Por isso convém reflectirmos não só sobre a nossa matriz natural (comum a todos os animais) mas também sabermos integrar positivamente os valores culturais, os quais apelam milenarmente, ao respeito pelo próximo como a nós mesmos, e a sabermos e aceitarmos que a nossa liberdade (o nosso egoísmo e egocentrismo)) termina onde começa a liberdade de outrem (os direitos de outrem).
O humanismo reconhece os direitos dos seres humanos em geral a serem mutuamente respeitados e até estabelece a igualdade de direitos e oportunidades como princípio basilar das sociedades.
Mas o humanismo é compatível com a exploração de seres humanos por outros seres humanos , por que os detentores do poder económico influenciam de forma determinante, a seu favor e contra o interesse público,  o poder político na elaboração das leis, sendo que o respeito pela lei acaba por continuar a impor a permissão da apropriação da riqueza social pelos detentores do poder económico, e por isso as nossas sociedades actuais, de economia de mercado se caracterizam por concentrar a riqueza em poucas mãos e em generalizar a pobreza e a marginalização pela maioria das populações.
Igualmente o humanismo não se tem revelado capaz de defender os direitos e a dignidade dos outros animais, e claro se a sociedade se caracteriza pela exploração do homem pelo homem então tudo se torna mais fácil em gerar a "aceitação" de os seres humanos explorarem, mesmo exercendo violência cruel, os outros animais, em nome do máximo lucro  (o qual marca o expoente máximo do egoísmo e egocentrismo do ser humano).
Daí que só mesmo a evolução cultural positiva da civilização humana possa conduzir à adopção e prática de valores éticos universais , respeitadores da dignidade e dos direitos de todos os seres e da natureza.
Quando assim for, teremos pela certa uma economia mais solidária, com maior equidade e justiça social na qual será prosseguido o desenvolvimento sustentável (o qual só será digno desse nome se respeitar igualmente todos os outros animais e a natureza).
Neste ponto, o egoísmo natural estará norteado positivamente para o bem comum e não para a felicidade individual obtida à custa da infelicidade do próximo (sendo o próximo, todos os seres e a natureza que nos rodeia).
Nesse estado de evolução da humanidade a Solidariedade humanística, animal e ambiental será uma prática normal quotidiana, na qual não haverá lugar para o capitalismo selvagem (que o actual governo português quer impor a ferro e fogo no nosso país), nem para o ser humano selvagem que prossegue a lei da selva (a lei do mais forte), `*a custa de submeter pela razão da força a força da razão que devia presidir à organização jurídico-económica das sociedades. Mas o ser humano poderá em contrapartida desenvolver ao máximo as suas faculdades mentais e físicas em benefício próprio e da sua comunidade!
O estádio mais avançado das sociedades humanas , será marcado pela adopção normal de valores éticos universais, os quais orientarão de forma normal e rotineira a organização jurídica e económica assente na solidariedade económico-social e no respeito de todos os seres sencientes e da natureza, e prosseguindo os objectivos do  desenvolvimento sustentável: respeito pelos recursos naturais e pela natureza, respeito pelos habitats animais, e economia solidária baseada no desenvolvimento regional integrado!
 

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