segunda-feira, 26 de março de 2012

PORQUÊS DA MISÉRIA SOCIAL DOS TRABALHADORES EM PORTUGAL !


No nosso país não há organizações que defendam verdadeiramente os interesses de quem trabalha e já trabalhou.
Se há crescimento económico, as centrais sindicais vão atrás da inflação, e se estamos num ciclo de recessão económica, as centrais sindicais limitam-se a fazerem algumas greves, e entretanto as condições laborais degradam-se, o desemprego aumenta e nada é feito para contrariar as prepotências dos lobbies patronais, nomeadamente se no poder estiverem partidos de direita neo-liberal, como é o caso presente.
O PCP e o BE ficam satisfeitos por terem mais trabalhadores /desempregados a manifestarem-se nas ruas, mas como não apresentam alternativas eleitorais ganhadoras, os trabalhadores/desempregados estão sempre a perder.
E se o PS, que é um partido mais ligado à equidade social e a uma melhor repartição da riqueza nacional (desde que não tenha corruptos a dirigi-lo) está no poder, o PCP e o BE não descansam enquanto o não substituem por partidos de direita.
Resultado, neste país tudo se conjuga para a crescente escravização de quem trabalha, e actualmente o salário mínimo está já abaixo do limiar de pobreza. Neste contexto em que os trabalhadores são sugados até ao tutano por um patronato que se comporta não como gestor empresarial, mas como um comerciante que quer ganhar o máximo lucro no mais curto prazo de tempo, não restam incentivos à maior produtividade do trabalho, pois trabalhar torna-se num sacrifício, já que tornado uma escravatura.
Para haver crescimento de produtividade teríamos de ter patrões com capacidade empresarial, que soubesse criar um clima de motivação e de satisfação no trabalho dentro das suas empresas, por forma a que os trabalhadores gostassem efectivamente de produzir mais e com mais qualidade e inovação.  Infelizmente é o contrário que faz a regra muito pela miopia dos partidos políticos de direita, e dos lobbies empresariais os quais tendem a acentuar os desequilíbrios na repartição da riqueza nacional  em desfavor dos trabalhadores.    
Uma vergonha para os sindicatos e para os partidos políticos, mas também vergonha para os lobbies empresariais, os quais não combatem a subida dos preços monopolistas dos combustíveis ou da electricidade, mas desancam sem dó nem piedade nos seus trabalhadores, arrastando-os para a miséria económico-social, e arrastando para o empobrecimento a nossa economia.
Depois a nossa democracia , derivado de ser meramente representativa, tem proporcionado "cleptocracias" (partidos e governos de ladrões) as quais levam os cidadãos a abster-se em eleições e absterem-se de participar na vida política. Aí têm culpa também os eleitores.
Ora é o caminho contrário que necessita de ser percorrido: votação massiva nas eleições, vigilância apertada do eleitorado sobre a governação do país, e participação crescente dos eleitores nas decisões públicas através seja da democracia semi-directa como acontece na Suíça, seja através da democracia directa (demo-ex) como está sendo experimentado já na Suécia.
Enquanto não houver em Portugal uma democracia aprofundada e participada como definido na CRP, quem trabalha tenderá a ser escravo e quem é patrão tenderá a ser um senhor esclavagista, já que os jogos políticos do poder favorecem no nosso país claramente o domínio da direita, ou seja dos partidos que defendem os interesses dos lobbies patronais, contra os trabalhadores e contra uma economia desenvolvida em Portugal

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