quinta-feira, 21 de junho de 2012

1º Aniversário do governo PSD/CDS : país e cidadãos portugueses mais pobres, mas capital estrangeiro mais rico!

Qual o balanço de um ano de governo PSD/CDS ?

I - Os mais afectados negativamente foram:
      1 - as PME que laboram para o mercado interno;
      2 - os trabalhadores e reformados;
      3 - os pequenos accionistas.

1. As PME do mercado interno, devido à forte redução do poder de compra dos consumidores em geral, viram as suas vendas baixarem drasticamente, e perfilaram-se no caminho da insolvência.

2. Os trabalhadores e reformados deixaram de ter segurança jurídica com este Governo, o qual lhes arrasou os direitos (o trabalhador pode ser facilmente despedido com um pontapé mal disposto do seu patrão, e sai da empresa com uma mão à frente , outra atrás, e sem perspectivas de novo emprego (fica sem a casa, fica sem saber como alimentar os filhos, e a melhor opção será mesmo emigrar se puder, ou suicidar-se se tiver coragem para tal). Antes que entregue os filhos à segurança social para o drama não ser ainda maior!

3. Os pequenos accionistas viram as suas poupanças esvoaçarem para o bolso dos especuladores da bolsa: perderam em média 70% das suas poupanças (no caso de acções dos bancos, perderam mais de 90% da poupança)!!!

II - Os que mais beneficiaram:
   
      1. O CAPITAL ESTRANGEIRO, que abocanhou as boas empresas privadas (acções a preço de pechincha na bolsa) e as boas empresas públicas (EDP, REN, ...) as qauis em regra representam monopólios naturais, que irão beneficiar os seus novos proprietários com lucros supra-normais;
     2. O PATRONATO EM GERAL,  que beneficiou de uma reforma laboral a seu favor, com o aval da amarela UGT: os trabalhadores passaram a trabalhar mais sete dias por ano, mais horas, e a ganhar menos (calcula-se em cerca de 7 mil milhões de euros o ganho mínimo do patronato com essa reforma laboral! Ora sabendo-se que a riqueza nacional repartida pelo trabalho nem chega aos 40% , vamos portanto a caminho de um sistema esclavagista sem tirar nem pôr! (No final só o patronato ligado ao sector de exportações ganhou, pois o outro patronato faliu, juntamente com o poder de compra dos trabalhadores em geral)!


III - A reforma geral do aparelho de Estado está agora a avançar, mas com muita propaganda e muita trapalhice: é uma reforma ADOC, na qual os serviços públicos vão mingando e subindo de preço os seus serviços. Ficamos a ter menos Estado e pior Estado (quando deveria ser menos Estado e melhor Estado). A preocupação é despejar trabalhadores do Estado para a rua e para a amargura!

IV - Défices orçamentais



Lá vão diminuindo por força também de muitos malabarismos e trapalhadas (transferências de fundos de pensões), e também à custa do sacrifício dos trabalhadores do estado e das PME comerciais e industriais do mercado interno, que vendem muito menos, pois os consumidores estão depenados  (pelo Governo).
Um perigo a assinalar: corremos o risco de ficar sem sectores de produção de bens de substituição de importações, com maior dependência futura das importações desses bens (lá virão  outra vez as máquinas da Alemanha!).
As receitas fiscais do Estado, apesar do aumento incessante de impostos directos e IVA, estão já a DIMINUIR, o que demonstra que a margem de manobra do Estado sobre os impostos e rendimentos já não existe! Se calhar deveria mesmo pensar em baixar pelo menos o IVA, pois a recessão económica já atinge negativamente os défices orçamentais.



V-  Dívida Soberana


Sempre a subir, e torna-se crescentemente insuportável a carga de juros dessa dívida! Está mais que visto que não vamos ter capacidade alguma para solver os nossos compromissos internacionais, e isso para contentamento do FMI e da UE que alegremente nos vão continuar a colonizar e a apoderarem-se dos nossos recursos naturais soberanos.


Conclusões:


Balanço positivo:
- para o capital estrangeiro (mais gordinho e na posse das nossas boas ex-empresas públicas);
- para os lobbies empresariais (enganador, pois quanto mais escravos se tornam os trabalhadores mais pobre será o mercado interno, e a ganhar só ficam as empresas exportadoras);
Balanço negativo:
-para a economia que empobreceu (objectivo pre-determinado do Governo), e que corre o risco de ficar presa no ciclo de empobrecimento (mercado interno arrasado);
-para os trabalhadores e reformados que perderam sucessivamente direitos e rendimentos directos e indirectos, devido ás políticas económicas neo-liberais do governo, e por que das políticas imbecis de austeridade do governo resultou um exército avassalador de desempregados que pressionam para baixo ainda mais os direitos e os salários dos "felizardos" que ainda conseguem trabalho!;

-para a soberania portuguesa: ficamos sem os nossos recursos naturais soberanos e com maior dívida soberana, a par da maior dependência de importações de bens, que antes eram produzidos internamente!  


Em suma, só mesmo o capital estrangeiro pode cantar vitória, pois passou a deter o melhor da nossa economia (acções das boas empresas privadas, e monopólios naturais ex-públicos), para além de continuar a deter o poder chantagistico e colonizador da dívida soberana (que não parou, nem vai parar de aumentar) sobre o poder político-económico do nosso país, sendo que na nossa economia apenas se salvaram as empresas exportadoras: tudo o demais se transformou por força das ditas medidas de austeridade numa pobreza extrema e num deserto industrial!


       

      

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