sábado, 7 de janeiro de 2012

DO "ORGULHOSAMENTE SÓS" À PERDA DA SOBERANIA NACIONAL !

Verifica-se alguma constestação ao facto de ter sido uma empresa Chinesa a ganhar o leilão recentemente efectuado em relação a 21% do capital da EDP, que ainda pertencia ao Estado Português, esquecendo-se que "a economia não se rege por leis morais" (Prof. Alfredo de Sousa).

E a economia de mercado rege-se apenas por leis de mercado. Num leilão como foi o caso, da EDP, ganha quem dá mais e oferece melhores garantias de crescimento e expansão internacional da empresa.

A proposta da empresa chinesa era a melhor em termos económico-financeiros para a EDP.

O que deveria ser discutido seria, a seu tempo, a possibilidade de aceitar que na aquisição da EDP participassem por um lado capitais públicos de outros países soberanos (mas já havia o precedente de Espanha), e por outro lado, de abrir o concurso  apenas a países que respeitassem os direitos humanos inscritos na DUDH, e respeitassem o direito integral á soberania histórico cultural de outros países -o que não está acontecendo relativamente ao Tibete.

Não SABEMOS  como Portugal o poderia fazer, até porque em Portugal os direitos á segurança jurídica dos cidadãos nem sequer é respeitada, como o demonstra o roubo de rendimentos aos trabalhadores e reformados por parte do Governo português.

E como o demonstra a condenação efectuada pelo Governo a "trabalho forçado" aos trabalhadores portugueses, sem que estes tenham cometido algum crime. Ainda por cima trata-se de trabalho forçado para enriquecer ilicitamente os seus patrões, os quais podem nem ser portugueses, e podem até ter o negócio sediado em paraísos fiscais, não pagando por isso impostos. 

Portanto com que autoridade o Governo Português que aplica aos seus cidadãos  legislação NAZI, iria impedir a China de concorrer à aquisição da EDP em concurso aberto internacionalmente

Outra questão que se poderia pôr seria a relativa ao facto de o Governo Português alienar totalmente o património de uma empresa pública não só com interesse estratégico, mas também com interesse geo-estratégico para a economia portuguesa, já que a EDP é a empresa mãe da EDP renováveis, a qual tem dos maiores investimentos em energias renováveis nos EUA?

Já temos a PT, a GALP e agora a EDP em posse de capital estrangeiro, pelo que de facto cada vez mais  Portugal  é menos dos cidadãos portugueses, e mais dos cidadãos estrangeiros, donos do dinheiro.

Obviamente que Portugal está a ser colonizado pelo capital estrangeiro, para o qual os portugueses são simples mão de obra barata a explorar ao máximo, e essa tendência é crescente, e daqui a dois anos possivelmente não deteremos o mínimo controle estratégico e geo-estratégico da nossa economia, e antes seremos um mero joguete da geo-estratégia económica dos grandes grupos económicos que são donos da nossa riqueza, e dos seus respectivos governos.

Concluindo, estamos a caminho de ficarmos totalmente cilindrados pelo capital estrangeiro, e na prática somos já ou vamos a caminho acelerado de o sermos uma sua  colónia (de Angola, da China , da Alemanha, do Brasil,...). Os nossos recursos económicos estão a caminho de ficarem totalmente sob controlo de países  estrangeiros, e quem domina os recursos domina o resto (domina o poder político, e passará a dominar o nosso futuro histórico-cultural).

Curioso caminho o do povo português,que por via das forças armadas ,no 25 de Abril de 1974 "enterrou" um regime político que pregava o "orgulhosamente sós" e se pretendia colonial, e acabamos seguindo um caminho , que nos torna totalmente dependentes do capital estrangeiro e uma colónia de mão de obra barata ao seu dispor!

Do nosso Presidente da República, já sabemos nada de bom termos a esperar. De facto nem se devia ter recandidatado, já que estava manchado no anterior mandato por um escandalo (o das escutas de Belém) o qual a acontecer por exemplo nos EUA ou no UK, levaria à sua imediata resignação.  Depois o facto de após a sua reeleição, ter ajudado a atirar  o país para uma grave crise política , aproveitada pelas fraudulentas empresas de rating , para nos pôr no lixo, a par do seu envolvimento indirecto em escandalos financeiros, nada augura de bom quanto à sua autoridade moral para saber e poder defender adequadamente quer um Estado de Direto, quer a soberania nacional.

Só nos resta perguntar: será que o Instituto de Altos Estudos Militares Portugueses, também já foi adquirido pelo capital estrangeiro?   

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