terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O FIM DA TELENOVELA "GOVERNO - PRESIDENTE DA REPÚBLICA" !


Enquanto a Merkel  estiver "borrando" a pintura, e impedindo o financiamento directo do BCE aos estados membros da Zona Euro, ao mesmo tempo que de forma antidemocrática lhes impõe planos de austeridade descabidos, os países periféricos estão condenados a serem cada vez mais pobres, a terem mais desempregados, a terem mais PME e famílias na insolvência e investimento privado e público negativo (pois nem o investimento de substituição é assegurado, já que com o reduzido poder de compra dos cidadãos nenhuma empresa escoa os seus stocks).


E o erro é dos políticos não dos economistas, pois os economistas inclusive os prémios Nobel, alertaram para a burrice desta situação provocada pelos planos de austeridade, os quais só agravam as crises das dívidas soberanas e do desemprego. Os políticos economistas ao serviço da ideologia neo-liberal, mentem sim declaradamente ao pretenderem que não há alternativa a esta política imbecil imposta pela Alemanha!
São os políticos (Partido da Merkel, partido do PSD, partido do Paulo Portas) que estão a impor e a alinhar com planos deliberados de recessão económica e desemprego crescente!


A recente telenovela relativa a Cavaco Silva pôs a nú as jogadas palacianas dos politiqueiros deste país:


-enquanto o Governo nos retirava poder de compra seja pela adopção de medidas totalitárias de espoliação de rendimentos, seja pela subida dos impostos (IVA e IRS), Cavaco Silva fazia de conta que se preocupava com as repercussões sociais negativas dessa política do "Bota Abaixo"  do Governo do seu partido e do CDS;


-enquanto o Governo prosseguia a sua política corrosiva de retirada de todos os direitos aos trabalhadores, por forma a melhos os poder escravizar, Cavaco Silva fazia-se incomodado, ao mesmo tempo que intervia nos corredores para que a UGT assinasse a sua concordância com mais dias de trabalho, sem mexida nos salários, para os trabalhadores;


-enquanto o Governo PSD/CDS começou a desmantelar o sector público da economia soberana estratégico, entregando-o ao capital estrangeiro, conduzindo o país a tornar-se numa colónia do capital estrangeiro (ou seja de países estrangeiros), Cavaco Silva ao invés de obrigar a cumprir a CRP, faz de conta que resmunga e assina tudo!


A máscara de Cavaco Silva caiu no dia em que mostrou vontade de ganhar mais do que os 10 000 euros mensais que recebe, sendo que a esse montante ainda acrescem mais de 2 000 euros para despesas, para além de ter tudo pago e com direito a ajudas de custo, à custa do contribuinte português! Cavaco Silva perdeu a credibilidade e já nem tem coragem de se afirmar como cidadão honesto, depois dos escândalos relacionados com o BPN, documentados nos jornais respectivos.


Agora que Lagarde (FMI), reconhece que estas políticas são desastrosas para as economias e para o desemprego, a parvalheira deste Governo começa a aparecer com toda a frontalidade perante o povo português: a sua preocupação reside tão somente em liquidar os serviços públicos da Saúde, do Ensino Público, da Segurança Social, e favorecer descaradamente os interesses económicos privados, nem que para isso provoque, como o está fazendo, o descalabro económico do país, o desaparecimento de milhares de PME e de micro-empresas, a insolvência de inúmeras famílias.

Trata-se de um Governo ideológico, baseado numas eleições que enganaram o povo português, dotado da maior incompetência e sem um plano de desenvolvimento sustentável para o país, permitindo-se além do mais  invadir a administração pública com os seus "baronetes" criando uma administração pública paralela, a qual se deixada á solta promoverá a corrupção total dos interesses do país e dos cidadãos portugueses, em benefício apenas dos interesses económicos particulares bem representados no presente Governo.


Ou este Governo é travado pelos cidadãos imediatamente, ou prosseguirá a sua política económica desastrada, corrupta e conducente aos Adeus Pátria dos trabalhadores tornados desempregados, e ao Adeus Pátria, da soberania económica portuguesa, a qual será crescentemente alienada em benefício do capital estrangeiro, o qual está abocanhando com grande apetite as boas e muito rentáveis empresas públicas portuguesas, e com elas a gestão dos recursos naturais soberanos.    

Sem comentários:

Enviar um comentário