sábado, 19 de novembro de 2011

PORTUGAL: O PAÍS DO HARAKIRI E AUTOFAGIA QUOTIDIANA DOS TUGAS GASPARIANOS !

I - O HARAKIRI E A AUTOFAGIA DOS PORTUGUESES

Foi noticiado o aumento do preço do gás natural para o 2º semestre: aumentos na ordem dos 3%.
Para justificar esse aumento foi dito (tudo mentira) que esse aumento se deve ao aumento do custo das infra-estruturas ...

Mas lá veio a principal razão: é necessário aumentar os preços do gás, por que os consumidores estão a consumir menos!!!!!!

Ou seja em qualquer país normal, com habitantes normais, e com concorrência normal entre produtores e consumidores, se o consumo, ou seja a procura desce, então para restabelecer o equilíbrio da lei da oferta e procura, o natural, o normal, seria que os preços descessem, para induzir um maior consumo, ou seja uma maior procura, e assim se chegar a um preço que restabeleça o equilíbrio entre a procura e a oferta.

Mas os portugueses não são normais, são quando muito GASPARIANOS, ou seja 
se é necessário obter mais receita, aumenta-se o preço, ainda que se saiba á priori que essa subida de preço irá necessáriamente provocar uma descida de receita ainda maior, pois a procura será ainda menor, o consumo será ainda menor, ..., e lá vem o produtor português maluco (maluco por que monopolista e com proteção do Governo) aumentar ainda mais o preço. seja do gás natural, seja dos combustíveis, seja da eletricidade, ....

Portanto nós portugueses estamos sujeitos à lei da loucura monopolística, a qual está disponível para aumentar sempre e cada vez mais o preço dos produtos monopolísticos (gás natural, combustíveis, eletricidade, ...) para responder á retração do consumo dos consumidores em resposta a preços demasiado elevados!

E no plano fiscal, essa loucura total e absurda é-nos evidenciada por um ministro das finanças completamente maluco (só possível de o ser em Portugal, um país de malucos pacíficos ...), o qual como explicado no ponto seguinte, aumenta com auto-satisfação imbecil enormemente os impostos, sabendo que com isso vai empobrecer os cidadãos , a economia, e ...obter menores receitas fiscais!!!

Mas que fazer num país de malucos, quando a própria loucura atinge o seu Presidente que ao invés de cumprir e fazer cumprir a CRP pactua e é cumplice explícito de uma política governamental que atenta abertamente e de forma bombástica contra o bem estar dos cidadãos?

A única solução (se não fossemos malucos)  residiria numa paralização do país por tempo indeterminado, para que este Governo se demitisse ele próprio, e parasse de vez  com a sua política de doidos e de endoidecimento dos portugueses. 

Mas não é isso que vai acontecer! O mais certo será as CGTP e UGT continuarem de forma maluca e inconsequente a fazerem greves e manifestações, botarem discurso, e todos os maluquinhos (que se não o fossem já tinham mandado abaixo de Braga os dirigentes dessas centrais sindicais) continuarão a ir para casa, com a certeza de que no dia seguinte terão menos direitos, mais obrigações fiscais, e preços mais elevados do gás, da luz, da gasolina, da água, dos selos, ...enfim uma loucura total, num país  que já nem pertence a esses malucos portugueses ou gasparianos como se lhes queira chamar (os recursos soberanos estão todinhos nas mãos do capital estrangeiro...)! 

Os monopolistas com a cumplicidade do governo esperam que os portugueses tenham  mesmo de consumir um mínimo de eletricidade, gás, combustível, água, ..., e por isso estão prontos a subirem os preços desses produtos até ao infinito ....

Mas e se estiverem enganados: se os tugas começarem a tomar banho nos rios, a urinarem nas esquinas, a alimentarem-se de fruta crua, a andarem de bicicleta, ...

Bem aí pode ser que os monopolistas privados, donos dos bens que antes eram públicos, comecem a perceber que afinal há limites, mesmo para os tugas, por mais "gasparianos" que sejam ....  


II - O CANIBALISMO FISCAL GASPARIANO !

O momento actual da sociedade portuguesa é típico de uma autêntica tragicomédia nacional.

Por um lado, tivemos eleições recentes, sobre as quais pendia a espada da TROIKA, ( o que na prática quer dizer que essas eleições não foram livres, pois o eleitorado votou chantageado pela TROIKA: ou votas nos partidos que negociaram o plano TROIKA ou não há financiamento à economia), as quais com uma minoria de votos (em relação ao total de eleitores) puseram o PSD e o CDS , a governarem com maioria absoluta.

Logo nos primeiros dias o Governo actual contrariou ostensivamente as suas promessas eleitorais: em nome de um défice colossal não explicado, retirou-nos o direito a 50% do nosso subsídio de Natal, aumentou o IRS e aumentou descaradamente o IVA sobre produtos essenciais.

Mas na sua proposta de lei para o Orçamento de 2012, o Governo anunciou as suas intenções: retirada de direito ao subsídio de Natal e de Férias dos funcionários públicos e aos reformados em geral.

Estamos perante medidas próprias de um Estado Totalitário, já que não respeitam minimamente a segurança juridico-económica dos cidadãos.

Basta pensarmos num cidadão reformado que tenha prestações a pagar pela sua casa ao banco: por uma decisão unilateral do Governo é atirado para a insolvência! E trata-se de uma decisão governamental que atenta contra os direitos contratuais adquiridos.

No mínimo os Governantes deveriam ter o cuidado de deduzirem fiscalmente ao rendimento desses cidadãos, as prestações contratuais a que os mesmos estão sujeitos, caso contrário os governantes tornam-se responsáveis directos pela insolvência desses cidadãos.

Por outro lado, constatamos que enquanto o IRC (incidente sobre as pessoas colectivas) é calculado com base no lucro das empresas (Rendimentos-custos totais), no caso do IRS os mimpostos são lançados sobre a totalidade dos rendimentos dos particulares, isto é não são deduzidos a totalidade  dos seus custos de sobrevivência normais (casa, pão, saúde educação) estando portanto em causa uma flagrante violação da CRP, à qual como já vem sendo hábito o PR e a PGR fecham os olhos.

Uma outra vertente da incidência da austeridade imposta pelo governo, é que essas medidas agravam deliberadamente a recessão económica e o desemprego futuro, ao mesmo tempo que provoca inúmeras dificuldades de viabilidade económica às PME, que não conseguem vender os seus produtos, porque não há poder de compra disponível nos bolsos dos portugueses.

A redução  do défice orçamental de forma demasiado acelerada com recurso a uma política económica de austeridade/subida de impostos, como está sendo imposto pela UE/Comissão Europeia , BCE e FMI, pode ter o efeito de "boomerang" : a recessão económica e o desemprego associado a essas medidas de austeridade provocam uma redução das receitas fiscais do Estado, ao mesmo tempo que o PIB decai. Simultaneamente a carga dos juros da dívida soberana canibalizam o orçamento, impondo inclusive uma subida da dívida soberana, a qual se torna por essa via impagável!

Isto é, o Governo esmaga com medidas de austeridade, a economia, esmaga as PME e as famílias , e chegados ao fim do ciclo podemos estar (como de facto estamos) piores no que à dívida soberana se refere, para além de termos já alienado as melhores e mais rentáveis empresas públicas ao capital privado e público (!!!) estrangeiro.

Está já demonstrado que a crise da dívida soberana é um problema global ao nível da U.E., e só com medidas tomadas globalmente pela própria U. E. se poderá inverter o caminho da crise soberana. Essencialmente o problema coloca-se ao nível do BCE, o qual tem de ganhar competências de emissão de moeda, de emissão de eurobonds, de financiamento directo aos estados da zona euro, e de intervenção ilimitada nos mercados financeiros secundários, por forma a impôr uma baixa taxa de juro nesse mercado secundário.

O obstáculo do artº 123º do tratado de Lisboa tem de ser superado, mesmo contra a vontade da Alemanha, caso contrário a UE e o Euro caminharão em grande velocidade em direcção ao abismo.Também neste campo da intervenção inadiável do BCE, o Governo actual vem fazendo uma triste figura, jurando fidelidade à Srª Merkel, e tornando-se parte do problema.

A incoerência  da UE e do FMI de afirmarem através dos seus responsáveis de que é necessária a aplicação urgente de medidas de política económica visando o desenvolvimento económico, no minimo para suster o desemprego galopante,  e ao mesmo tempo enviarem "cães raivosos" (os seus  técnicos da TROIKA) para obrigarem os países submetidos a resgate financeiro (e são os países da UE  mais necessitados de solidariedade política e económica) a continuarem a afundar a recessão económica, tem de acabar!

 AJS mostrou grande discernimento ao responsabilizar diretamente a UE/FMI pela política económica que nos conduziu ao desastre económico e à ruptura social, e que ainda teimam em afundar mais! Só pararão quando não houver mais empresas públicas para vender, ou quando os trabalhadores portugueses fizerem uma greve geral ilimitada, e aconselharem, por uma questão de sobrevivência, todos os dez milhões de portugueses a emigrarem massivamente para Bruxelas?

Quando a loucura de um ministro das Finanças, chega ao ponto de subir enormemente os impostos, como o fez no orçamento para 2013, sabendo que a curva do impacto de mais imposto nas receitas fiscais já é descendente (isto é qualquer subida de imposto já provoca maior descida da receita fiscal) e essa política fiscal de loucura pura (que para além do mais afunda o que resta ainda da economia, das PME e das famílias portuguesas, e aumenta o défice orçamental e aumenta a dívida soberana) ,  é caucionada pelos deputados da Assembleia da Republica, e pelo Presidente da República, isso é sinal inequívoco, de que já estamos todos endoidados, e de que o país e os portugueses ao consentirem em tal política económica canibal, se tornou colectivamente esquizofrénico, perante o espanto de todo o mundo, dos nobeis da economia, e também dos burocratas do FMI e da UE (que se fingem apenas espantados, já que são os reais mandantes do auto-canibalismo que nos estão a sujeitar)!






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