sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A POLÍTICA ECONÓMICA DO GOVERNO É CORROSIVA !

A estratégia definida por este Governo Passos Coelho / Paulo Portas parece tornar-se clara:

-1º assustar quem trabalha, retirar-lhe direitos e criar um clima de medo!!
Retirar direitos aos trabalhadores, sacar-lhe directamente os rendimentos, aumentar os impostos sobre os rendimentos do trabalho, e aumentar o imposto sobre o consumo!
Tudo isso está a ser feito por Passos Coelho / Paulo Portas e com má fé, pois até inventa "desvios colossais" no défice público, para sacar dinheiro de quem trabalha, quando afinal se trata de tapar o buraco fraudulento cometido pelos seus amigos (e militantes do mesmo partido) no BPN.
Por outro lado Passos Coelho e o seu Ministro da Economia Álvaro Pereira, não hesitam em recorrer à mentira e ao embuste, ao referirem que os direitos de quem trabalha, são um estorvo ao aumento da produtividade do trabalho!
Trata-se de uma sacanice e desonestidade intelectual inadmíssível, pois se Passos Coelho tirou um curso de Economia numa Universidade Privada, já Álvaro Pereira licenciado pela FEUC deveria ter vergonha na cara ao recorrer a estas falsidades para enganar o povo, demonstrando ser uma nulidade ao nível da deontologia e ética profissional inerente à FEUC e à Ordem dos Economistas..
A produtividade do trabalho está ligada à capacidade de gestão empresarial e do produto, e quanto mais motivados estiverem os trabalhadores, ou seja quanto mais qualitativas e dignas forem as relações de trabalho, maior será essa produtividade, como o demonstram as boas práticas de "corporate governance" das melhores empresas, e como o sabe Álvaro Pereira, mas prefere mentir descaradamente!

-2º entregar donos do dinheiro ,a saúde, o ensino e a Segurança Social públicas!
Obrigar os cidadãos a fazerem seguros de saúde privados (e até já pôs o Gestor de Negócios dos donos da sáude privada (Nogueira Leite) à frente da CGD para comandar a privatização (ou seja a entrega desse negócio aos seus verdadeiros patrões) desses seguros de saúde!
O mesmo irá acontecer ao ensino (mais dinheiros públicos para o ensino privado (nomeadamente para o ensino privado controlado pela Igreja católica) e mais dificuldades para o ensino público);
Idem aspas para a segurança social: com a redução da TSU às empresas, o verdadeiro objectivo é criar dificuldades à Segurança Social Pública, e encaminhar os cidadãos para o sector financeiro privado (os donos do negócio privado bancário).

-3º Entrgar aos "donos do negócio", as mais rentáveis empresas públicas!
Como já aconteceu com a GALP, a PT, e a EDP (todas já com capital maioritário estrangeiro), e a funcionarem em regime de oligopólio (ou seja com preços superiores ao de concorrência);
Vão seguir-se a CGD, a REN, e se não houver oposição popular significativa, as próprias Águas (se tal for efectivado, vamos pagar a água aos preços europeus mais elevados, como já acontece com os combustíveis, apesar de sermos o povo com mais baixos salários da UE (o nosso salário mínimo é cerca de 60% do salário mínimo praticado na Grécia!

-4º Aumentar o IRS e o IVA para transferir esses dinheiros para as empresas!
Como as empresas não pagam IRC (na prática só 5% da totalidade das empresas pagam imposto) e ainda por cima o IRC é calculado sobre o lucro das empresas sujeito aos malabarismos do planeamento fiscal e da contabilidade criativa, o Ministro das Finanças, para dar mais dinheiro para as empresas, baixou-lhes a TSU (passam a pagar menos para a Segurança Social Pública) e em contrapartida aumenta o IRS e o IVA (ou seja transfere dinheiro dos trabalhadores (via IRS) e dos cidadãos (IVA) para as empresas que pagam menos TSU.

Claro que esta política económica no cenário actual de crise da procura (as pessoas têm baixo poder de compra) acentua essa crise (o Governo insiste em reduzir ainda mais o poder de compra de quem trabalha e dos cidadãos).
As empresas não conseguem vender pois não há compradores, os preços que deviam baixar não baixam porque o Governo sobe o IVA, e neste clima falha redondamente a estratégia do Governo de induzir mais investimento privado: nenhum investidor vai investir se não há mercado de procura dos seus produtos, por mais dinheiro que o Governo lhes propicie!

Obama até fez o contrário: como havia crise da procura, passou cheques às famílias mais desfavorecidas para aumentarem o consumo e assim animarem a economia. Mas o correcto no caso português seria descer o IVA, não subir o IRS , e deixar o mercado funcionar: os preços desceriam e haveria mais mercado da procura dos produtos.

Para piorar o Governo até resolveu (temos um governo totalitário pois não respeita a certeza e segurança jurídica dos cidadãos!) ficar com parte do Subsídio de Natal de quem trabalha. E porquê? Porque esse dinheiro é necessário para cobrir o buraco do BPN, feitos fraudulentamente, pelos conhecidos barões do PSD.

Como diria Pedro Abrunhosa: ASSIM NÃO DÁ!

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