sexta-feira, 11 de novembro de 2011

PERDOAR AS TOURADAS? COMO ?

A tourada, na qual o toureiro, os organizadores e os patrocinadores, e o próprio público que assiste, sabem e não podem ignorar que é infligido uma tortura e sofrimento ao animal touro, apenas para mero divertimento (e lucro?) dos chamados apaniguados (desse sofrimento e tortura sobre outrem?).
Como perdoar esta situação, premeditada e repetida de forma psicopática, pelos seres humanos, fazendo sofrer o animal touro?
Que direito têm esses seres humanos, de espetarem ferros atrás de ferros no dorso do animal, e que sentido tem essa diversão?
Ficaremos com a nossa alma em paz, ao perdoarmos tais actos de violência e terror extremos cometidos sobre o animal touro?
Claro que se considerarmos que o touro é um animal senciente, não podemos perdoar esses actos premeditados e repetidos com enorme sadismo por quem os pratica!
Só ficaremos com a nossa alma em paz, se abolirmos de vez com esse espectáculo de tortura que entra pelos lares dentro e vai atormentar inclusive as crianças que assistam eventualmente à televisão. Dizemos às crianças que os animais são nossos amigos, e como poderíamos tolerar que elas pensassem que ficávamos com a nossa alma em paz, se não nos revoltássemos contra tão repugnante espectáculo?
Por isso só ficaremos com a alma em paz, quando alterarmos o código civil, por forma a que este deixe de considerar os animais como meras coisas, e só poderemos ficar com a alma em paz, quando conseguirmos abolir com esses espectáculos, que são a causa imediata do sofrimento dos animais.
As pessoas podem ganhar dinheiro dedicando-se a negócios que não façam sofrer outrem, por isso o ganhar dinheiro não pode ser aceite como desculpa para existirem esses espectáculos sanguinários da tourada.
O perdão como prática religiosa ou espiritual (perdão incondicional), sempre que estão em causa actos premeditados e repetidos de violência extrema sobre outrem (seja um ser humano ou não humano), é um tremendo erro, já que conduz a tolerar essas práticas psicopatas e sádicas sobre animais (humanos ou não) inocentes e incapazes de se defenderem.
Esse tipo de perdão perante actos criminosos repetidos, de forma amoral, favorece o abuso do poder político-social, favorece o assédio moral nas empresas, favorece a prática do "bullying" nas escolas e universidades, e  perdoar, sem correspondente arrependimento esses abusos repetidos é na prática favorecer a sua ocorrência.
Por isso caros amigos, perdão, só com arrependimento concreto, e com remoção das causas que originam o sofrimento e tortura em causa. Só a partir daí a nossa alma pode estar em paz consigo mesma!

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